Translate

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Et Si Tu N'existais Pas

Um dia tão especial e o que eu poderia escrever para ti? Como representar verdadeiramente minha gratidão a Deus por tua existência e a ti, por estar junto a mim, cuidando e sendo cuidada, amando e sendo amada?

É teu aniversário, para agradecer vou mostrar como me sentiria sem ti. Para isso, recorri a uma canção pouco conhecida aqui, mas famosa há tempos em outro país. Et Si Tu N'existais Pas, de Joe Dassin. Na música ele ressalta três dúvidas: Por que existir, para quem existir e como existir sem quem se ama... Perguntas que hoje em dia sinto serem minhas, pois não enxergo meus dias sem ti.




Obrigado por cada segundo de nossos dias amada! Que você seja sempre muito feliz, assim o serei junto a ti.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Retrato do Socialismo

Recebi esse texto sem o nome do autor, mas achei interessante. Bom para refletirmos.

"Professor reprova a turma inteira"
Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe inteira.

Essa classe em particular havia insistido que o socialismo realmente funcionava: com um governo assistencialista intermediando a riqueza ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.

O professor então disse:
"Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas."

Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas'. Todos receberão as mesmas notas, o que significa que, em teoria, ninguém será reprovado, assim como também ninguém receberá um "10".

Após calculada a média da primeira prova todos receberam "7".

Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Já aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Como resultado, a segunda média das provas foi "4".

Ninguém gostou...
Depois da terceira prova, a média geral foi um "1".

As notas não voltaram a patamares mais altos mas, as desavenças entre os alunos, a busca por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe.

A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e o senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma.

No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala...

Portanto, todos os alunos repetiram aquela disciplina...

Para sua total surpresa, o professor explicou:

"O experimento socialista falhou porque quando a recompensa é grande o esforço pelo sucesso individual é grande". Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros para dar aos que não batalharam por elas, então ninguém mais vai tentar ou querer fazer seu melhor.
Tão simples quanto o exemplo de Cuba, Coréia do Norte, Venezuela... E o Brasil e a Argentina, estão chegando lá"...

1. Você não pode levar o mais pobre à prosperidade apenas tirando a prosperidade do mais rico;

2. Para cada um recebendo sem ter que trabalhar, há uma pessoa trabalhando sem receber;

3. O governo não consegue dar nada a ninguém sem que tenha tomado de outra pessoa;

4. Ao contrário do que prega o socialismo, é impossível   multiplicar as riqueza tentando dividi-las;

5. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.

É o mais puro retrato do Brasil .

Não acabe com o nosso país.

Ensine  o que realmente é o socialismo...

É um buraco sem volta!!!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Sem inspiração

Nas últimas semanas tem me sido muito difícil escrever qualquer coisa.

Já tentei sem sucesso encontrar o motivo, e mais ainda tentar inspirar-me, mas não tenho tido resultado algum. Parece uma entressafra, onde tudo que pula a mente são as mesmas ideias, que geraria textos muito parecidos e aborrecidos.

Semana passada desenterrei um escrito perdido nos rascunhos e alterei uma parte dele. Não me lembro ao certo se escrevi tudo aquilo de própria ideia ou se me baseei em algo que li, mas uma boa parte do rascunho não condizia com meu pensamento, por isso precisei alterar... Será que mudei tanto meu pensamento assim? Não sei ao certo, é possível, o que me levaria a reler cada texto aqui escrito para ter certeza.

Creio ser normal mudarmos com o tempo. Desde que fundamentados, sou adepto de mudar de opinião, de evoluir o pensamento com o tempo. É saudável, desenvolve o raciocínio, a mente. Talvez por isso tem me faltado tanta inspiração. Tenho lido pouco nos últimos tempos; graças ao tempo dispendido para concluir a pós graduação, minhas leituras ficaram atrasadas. Bem atrasadas.

Por outro lado, esse blog tem sido um trabalho solitário, sem retorno... Poucas foram as vezes em que surgiu algum comentário, poucas foram as vezes que tive ciência realmente de que o que escrevi foi lido. Por mais que de início seja algo egoísta (eu escreva para esvaziar a mente), saber que em algum lugar determinado texto foi lido, motiva a frequência do escrever. Questões aguçam a curiosidade para responder e motivam mais ainda.

No fim, tudo que fico sabendo são os +1 que aparecem. Já é a certeza que alguém pelo menos teve o trabalho de clicar, mesmo que não leia. Caso tenha resolvido ler esse, agradeço pelo seu "+1".

Fiquei sabendo de um serviço da Saraiva que permite publicar livros eletrônicos pelo site deles. Eles ficam com um percentual considerável de cada venda, mas acho uma boa iniciativa e começo para quem deseje publicar. Pensei em juntar os melhores (ou menos ruins) textos daqui e montar um arquivo para colocar lá. Caso algum dos quatro ou cinco leitores ocasionais queira sugerir textos para compor essa coletânea, por favor deixe sua opinião nos comentários.

Aguardarei um tempo por sugestões. Caso não existam, eu mesmo escolherei.

Peço desculpas pela postagem meio estúpida de hoje, mas se até os melhores escritores tem dias ruins, imagina os ruins como eu.

Fique com Deus. E um Feliz 2017 a todos, pois ainda é tempo.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Interpretação: La Maison Dieu

A "Casa de Deus". Esse é o significado do título da brilhante canção da Legião Urbana intitulada “La Maison Dieu”, do último álbum com canções inéditas da banda, “Uma Outra Estação”, de 1997, lançado já após a morte de Renato Russo. Infelizmente, segue sendo uma das músicas menos conhecidas da banda.

Sabe-se que os militares mantiveram inúmeras “casas” de tortura, oficiais ou clandestinas, tais como a “Casa da Morte” em Petrópolis ou a “Casa Azul” no Araguaia. É provável que disso tenha derivado o título da música.


 Se dez batalhões viessem à minha rua 
E vinte mil soldados batessem à minha porta 
À sua procura 
Eu não diria nada 
Porque lhe dei minha palavra 

Teu corpo branco já pegando pêlo 
Me lembra o tempo em que você era pequeno 
Não pretendo me aproveitar 
E de qualquer forma quem volta 
Sozinho p'rá casa sou eu 

Sexo compra dinheiro e companhia 
Mas nunca amor e amizade, eu acho 
E depois de um dia difícil 
Pensei ter visto você 
Entrar pela minha janela e dizer 
- Eu sou a tua morte 
Vim conversar contigo 
Vim te pedir abrigo 
Preciso do teu calor 

Eu sou 
Eu sou 
Eu sou a pátria que lhe esqueceu 
o carrasco que lhe torturou 
o general que lhe arrancou os olhos 
o sangue inocente 
de todos os desaparecidos 

O choque elétrico e os gritos 
- Parem por favor, isso dói 

Eu sou 
Eu sou 
Eu sou a tua morte 
Vim lhe visitar como amigo 
Devemos flertar com o perigo 
Seguir nossos instintos primitivos 
Quem sabe não serão estes 
Nossos últimos momentos divertidos? 

Eu sou a lembrança do terror 
De uma revolução de merda 
De generais e de um exército de merda 
Não, nunca poderemos esquecer 
Nem devemos perdoar 
Eu não anistiei ninguém 

Abra os olhos e o coração 
Estejamos alertas 
Porque o terror continua 
Só mudou de cheiro 
E de uniforme 

Eu sou a tua morte 
E lhe quero bem 
Esqueça o mundo, vim lhe explicar o que virá 
Porque eu sou, eu sou, eu sou

É uma música mais longa do que o normal para a banda (6 minutos e 53 segundos) e possui uma letra repleta de simbolismos, cujo significado varia drasticamente à partir das experiências vividas por quem ouve. No entanto, todas as músicas da Legião são assim, e é isso que torna cada mínimo detalhe cada vez mais fantástico...

A letra gira em torno de questões e fatos ocorridos durante a época do Regime Militar no Brasil, apresentando a tortura, violência e opressão sofridas no período. Como pode ser percebido, inicialmente, a partir de "A pátria que lhe esqueceu".

A seguir, vemos a questão de aproveitar cada momento como se fosse o último: faça o que deseja e gosta, pois pode não haver outra chance. Hoje você come e bebe, mas amanhã seu corpo pode estar destinado à podridão em uma vala qualquer. Basicamente, "Carpe Diem"

(Quem sabe não serão estes
Nossos últimos momentos divertidos?)

Temas como revolta, vingança e rancor também estão presentes, pois "não devemos perdoar".

No entanto, isso não é nenhum passado, mas sim uma realidade vivida até os dias de hoje, pois "o terror continua, só mudou de cheiro". Assim sendo, estamos em uma situação parecida, mas nem um pouco divulgada pela mídia, pois civil torturado pelo estado "não vende jornal"... E cresce a criminalidade e as "vítimas da sociedade" são protegidas enquanto as vítimas da violência não contam com nenhum proteção real.

Vemos que somente de uns poucos anos pra cá essa discussão tem tomado contornos de verdadeiro movimento de massas, que apesar de tudo ainda tem muito a crescer.  Naquele momento, ou seja, há quase vinte anos atrás essa ainda era uma discussão restrita aos círculos de familiares e militantes mais consequentes.

 Além disso, ia-se na metade dos difíceis anos de 1990, auge da ofensiva ideológica contrarrevolucionária. Mesmo os artistas que nos anos 80 haviam minimante se preocupado com os destinos e a luta de nosso povo, ou caíam no esquecimento ou se vendiam para sobreviver.

Exatamente aí, nesse contexto, a banda lança essa canção-protesto. Que infelizmente continua atemporal...