Nessa época de Sé Vacante muito tem se falado e escrito. Somos bombardeados com textos analisando supostos favoritos, opiniões de como deve ser o novo papa, além de críticas, diretas e indiretas, ao agora Papa Emérito Bento XVI.
Seguindo o que parece ser o "assunto do momento", também gostaria de opinar.
Primeiramente expressar minha admiração por Bento XVI. Renunciar foi uma postura humilde e corajosa, que muitos papas antes dele pensaram em fazer mas nunca o fizeram. Por que ele renunciou? Só Deus e o próprio Papa o sabem, mas tenho minhas suposições.

Quando Cardeal, Bento XVI viu o declínio de saúde e forças de João Paulo II. Mais que isso, viu com o tempo a Sé ser comandada por assessores, que tinham que tomar as decisões no lugar do Papa enfermo. O cardeal Ratzinger (Bento XVI), provavelmente era um dos que tocavam o leme nessa época, e, estando ali, deve ter percebido que muitas dessas decisões eram contrárias à vontade do Papa. Estando dentro da "Cúpula", como cardeal e posteriormente como Papa, percebeu que muitas coisas precisavam (e precisam) serem ajustadas. Durante esses oitos anos Bento XVI fez o que pode, até perceber que suas forças ficavam escassas, e, pensando não no que pensariam dele, mas pensando no bem da Igreja, optou por sair, abrir lugar para alguém que tenha forças para ir até onde ele não pôde. Melhor deixar que entre um Papa com forças para guiar a Igreja que deixar a Igreja sob os cuidados dos assessores quando sua saúde declinasse. Nesse ponto, estando "de fora" ele deve crer que ajudará mais.
Há quem enxergue em tudo isso conspirações. Admito ser um aficionado em ler sobre isso, e nesse caso não foi diferente. Quem quer ler sobre o assunto pode pesquisar na internet coisas sobre Terceiro Segredo de Fátima, Fim do Mundo, Profecias diversas etc.
O que acho sobre isso? Não é o escopo dessa reflexão. Em outra ocasião escreverei sobre isso.
Quanto ao bombardeio de candidatos e favoritos acho tudo uma grande bobagem. De 2005, quando houve o conclave que escolheu Bento XVI, até hoje houve muitas mudanças no Colégio de Cardeais. Muitos cardeais completaram 80 anos deixando de serem eleitores e elegíveis, outros tantos foram nomeados nesse período. Temos no momento diversos cardeais que nunca tiveram a oportunidade de se conhecerem. Essas reuniões pré-conclave são os momentos em que se conhecerão, e passarão a ter uma opinião um dos outros, para depois reunidos e isolados na Capela Sistina escolherem o novo Papa.
Que Deus os abençoe, proteja e guie para que, inspirados pelo Espírito Santo e não influenciados pelos homens, possam escolher o novo pontífice.