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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Heróis

Como toda criança, tive meus heróis. Como toda criança, levei a ideia de herói para fora dos gibis e da TV.
Com o tempo e bem rápido, Jaspion, Changeman, He Man e similares ficaram para trás.

No mundo dito "real", tinha três heróis, cada qual com seu "super poder" do mundo real, ao olhos de uma criança. Eram meus heróis, "ídolos", exemplos. Pessoas que eu, uma criança sonhadora me espelhava para crescer, viver, seguir meu rumo. Porém, o ruim dos "heróis reais" é que eles não duram para sempre, algumas vezes Deus os leve, outras eles demostram que foram superestimados.

Perdi meu primeiro herói entre 10 e 11 anos. Ele era um dos exemplos que tinha e de uma hora para outra, me decepcionou fortemente. Não fez nada para mim, antes o tivesse feito. Fez contra própria irmã, sangue de seu sangue e do meu sangue. Em alguns minutos ao telefone com ela, ele despencou do patamar que eu o colocara desde de infante. Creio que ele tenha se arrependido, e ela o perdoado, mas eu... Infelizmente a marca ficou talvez mais em mim do que neles, um fato que peço a Deus que me faça esquecer. assim desconstruiu-se a imagem que eu tinha, assim "perdi" meu primeiro herói.

Anos mais tarde, quis Deus que eu perdesse mais um "herói". Quinze anos de minha vida, escutando suas histórias, conhecendo seu exemplo de vida, de trabalho árduo por onde passou, sua forma de não desistir,, vencer as dificuldades, ser sempre sincero doa a quem doer. Mesmo não tendo "papas na língua", todos o respeitavam e gostavam muito dele, creio que exatamente por ele dizer o que devia ser dito "na cara". Seus últimos quatro anos, convivemos diariamente, até o dia em que, talvez com seu orgulho ferido de não conseguir mais assinar o próprio nome, seu coração achou que fosse hora de partir. Noventa e um anos de muita história de meu herói-ídolo número 2, pois mesmo não estando mais entre nós o considero ainda como um dos dois heróis.

O número 1 não poderia ser outro: um dos principais responsáveis de eu ser quem sou hoje. Uma pessoa que lutou muito, deixando sua terra natal jovem e poucas vezes retornando lá, apenas a passeio. Trabalhou arduamente, diante de todo tipo de discriminação que havia, lutou o bom combate, conquistou, formou sua família. Alguém que não tenho palavras para descrever, tampouco tenho palavras para expressar minha gratidão. Não apenas responsável por eu estar vivo, mas pelo aprendizado de vida que tenho, às vezes muito mais pelo exemplo do que por palavras. Assim como acontecia com meu outro herói, hoje não me canso de ouvir suas histórias, mesmo que repetidas.

Quando criança tinha três heróis. Hoje tenho um que olha por mim junto a Deus, outro que me mostrou o que não ser/fazer, a quem peço a Deus que me ajude a perdoar de coração, e um terceiro que sempre será para mim o primeiro de todos, por quem peço a muito a Deus que o mantenha são por muito tempo junto a nós.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Longe do Meu Lado

Hoje uma música que sempre me fez pensar muito.

Quem nunca se apaixonou, nunca se feriu por causa de uma paixão que inflama e dói (por isso chamo de paixonite)? Quem nunca passou por isso, ainda não viveu de verdade. A pessoa se apaixona, crê que ama antes mesmo de saber o que é isso, sofre com a ruptura, sofre com a distancia, sofre com a falta. Mais do que a falta da outra pessoa, mas a falta de uma parte sua doada a outrem.

Essa música fala exatamente disso: Alguém que se apaixonou, se doou inteiramente e hoje tem um "coração cicatrizado"

Se a paixão fosse realmente um bálsamo
O mundo não pareceria tão equivocado
Te dou carinho, respeito e um afago
Mas entenda, eu não estou apaixonado

A paixão já passou em minha vida
Foi até bom mas ao final deu tudo errado
E agora carrego em mim
Uma dor triste, um coração cicatrizado

E olha que tentei o meu caminho
Mas tudo agora é coisa do passado
Quero respeito e sempre ter alguém
Que me entenda e sempre fique a meu lado
Mas não, não quero estar apaixonado

A paixão quer sangue e corações arruinados
E saudade é só mágoa por ter sido feito tanto estrago
E essa escravidão e essa dor não quero mais

Quando acreditei que tudo era um fato consumado
Veio a foice e jogou-te longe
Longe do meu lado

Não estou mais pronto para lágrimas
Podemos ficar juntos e vivermos o futuro, não o passado
Veja o nosso mundo
Eu também sei que dizem
Que não existe amor errado
Mas entenda, não quero estar apaixonado ¹

O áudio pode ser apreciado no vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=BW0tRRkyw-w

Talvez o leitor esteja curioso, e matarei essa curiosidade: graças a Deus carrego um coração cicatrizado. Por que graças a Deus? Porque vivi, aprendi, e graças às cicatrizes hoje não carrego uma dor triste. Olhando para as cicatrizes aprendi a não cometer os mesmos erros pude cometer novos erros, e muitos mais acertos. Contudo, apesar de muitas vezes ter dito a frase do verso final; "(...)não quero estar apaixonado(...)", admito que me apaixono todo dia e a cada dia pela mesma pessoa, e ela sabe disso...


1\Música: Longe do Meu Lado
Composição: Renato Russo 

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Escreva

Fiz uma pausa para escrever esse texto. Tenho tido de fato ideias mil do que escrever aqui, todas apenas necessitadas de desenvolvimento. Opiniões, histórias e estórias, fatos, versões, imaginações.


Mas hoje não gostaria de escrever sobre nenhuma dessas ideias. Quereria apenas escrever sobre escrever.

Talvez quem não tenha o hábito de escrever não entenda a importância de fazê-lo. Através da escrita, as informações, histórias e estórias foram passadas por gerações. Mas hoje, gostaria de destacar uma importância mais pessoal, mais individual.

Escrevendo as ideias fluem, se organizam, encontram o descanso. Ao escrever o turbilhão de pensamentos, se tornam unos, sequenciam-se e, em assuntos que necessitam de decisões, se aproximam da solução, ou do método para esta.

A escrita é a melhor forma de comunicação com os demais e consigo mesmo.

Lanço uma proposta: Escreva. Qualquer coisa que passar por sua mente, mesmo que comece com pouco, você verá o quanto será útil para você.