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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Carta: Passado, presente e futuro

Estou há muito tempo para lhe escrever. Na verdade, diversas vezes mentalizei tudo que escreveria a ti, mas na hora que parava para fazê-lo, as ideias se embaralhavam e nada conseguia sair.

Hoje apenas parei e comecei a escrever, sem tentar me lembrar do que imaginava escrever. Simplesmente parei o que estava fazendo e vim dar vida a essas linhas sem imaginar por onde começar ou como terminar. Deixar fluir, como sempre deveria fazer.

Estive remexendo em velhas pastas de arquivos e encontrei muita coisa que acreditava estar perdida. Fiquei feliz em encontrar, fiquei feliz em relembrar histórias antigas, coisas pelo que passei, muitas que havia trancado em algum lugar de minha mente e de meu coração. Me senti transportado de novo para aqueles momentos, vivendo as alegrias e tristezas de outrora, sorrindo e segurando o choro, este nem sempre tão intenso por saber hoje que o desfecho não fora tão trágico quanto o pensado na ocasião.

Incrível a capacidade de selecionarmos as lembranças e guardar bem lá no fundo algumas sejam elas boas ou ruins. E então ficamos com o que sentimos muitas vezes consolidado em cima de lembranças guardadas e basta um clique para que lembremos de tudo, cada capítulo, cada emoção, as conquistas e derrotas de cada dia. Tudo aquilo que nos formou e moldou para sermos o que somos hoje.

Valeu a pena? "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena (...)". Fernando Pessoa escreveu esses versos com muita propriedade, ressaltando que quem quer passar para o caminho das alegrias, das conquistas , tem que passar também pela dor e dificuldades.

E no fim, acho que passei por tudo isso. Mudaria alguma coisa? É bem sábio e poético dizer que se passasse por todos os momentos faria tudo igual porque aprendeu muito e blá blá blá. Mas a verdade não é essa, nem poderia ser. Com a sabedoria de hoje não conseguiria dar os mesmos passos que dei antes, nem os certos nem os errados. Possivelmente acertaria em muitos pontos onde errei, e cometeria novos erros, outros acertos e muita coisa seria distinta.

E assim seria um grande paradoxo se pensarmos em destino. Se determinado acontecimento fosse "predestinado" por mais diferente que agíssemos, no fim convergiria para ele, sem mudanças drásticas. Se destino a gente que constrói, acabaríamos construindo um novo, diferente e não necessariamente mais feliz ou mais triste, apenas diferente.

Mas o que nos daria a segurança de interagir (se possível fosse) com nosso próprio passado sem medo? O mesmo que me inspirou a começar a escrever hoje: as lembranças. E também a ausência delas, pois o que nos impediria de interagir plenamente seria a simples comparação com o caminho seguido antes. Então, se tivéssemos a sabedoria e a maturidade, sem todas as lembranças de cada consequência a curto, médio e longo prazo, nos entregaríamos plenamente a essa utopia de reviver o passado, não para corrigi-lo e sim para vivermos com a intensidade não vivida por falta de sabedoria.

Assim seria possível seguir conforme a canção: "(...)E vivermos o futuro não o passado (...)".  Viver o passado é triste, remoer tristezas, arrependimentos, saudades. O melhor é usar o passado como sabedoria para novos capítulos, com velhos e novos personagens, nessa grande história que é nossa vida, um filme sem roteiro definido, sem contra-regra para nos lembrar das falas, sem ensaio. Um filme gravado no dia a dia e ao vivo, sem chance de reencenar as falhas. Quem sabe um dia não possam inventar uma máquina que permita o "remake" dos "melhores momentos"? Seria bom, mas até lá vamos viver cada dia com a intensidade que pudermos, sem medo de ser feliz, sem deixar para outro dia a palavra que deve ser dita, deixar para outro dia o que deve ser feito. Por quê? Porque hoje pode ser o grande dia, o dia "Gran Final" de nossa história, e pode ser que um dia a ciência possibilite voltar no tempo, mas voltar dos mortos... Só no apocalipse zumbi!

Findo aqui está carta e esse texto com a forma como muitos acreditam que terminará o mundo. Para mim não, para mim o fim será o dia em que não mais puder escrever para ti e você não puder mais ler o que escrevo. Nesse dia terei certeza que meu coração parou de bater, por não ser mais necessário.

Porque o que era, continua sendo e sempre será. Coma graça de Deus.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

PADRE ZEZINHO RESPONDE A UM EVANGÉLICO MAL INFORMADO.

Reproduzo hoje um texto de um caso que aconteceu há um tempinho. Que sirva de esclarecimento para aqueles que não entendem nem respeitam a admiração de nós, católicos, por Maria Santíssima, Nossa Senhora, mãe de Deus e nossa.

"Maria não pode nada.
Menos ainda as imagens dela que vocês adoram.
Sua Igreja continua idólatra.
Já fui católico e hoje sou feliz porque só creio em Jesus.
Você, com suas canções é o maior propagador da idolatria Mariana.
Converta-se enquanto é tempo, senão você vai para o inferno com suas canções idólatras..."
Paulo Souza, São Paulo - SP.

RESPOSTA ENVIADA PELO PADRE ZEZINHO

Paulo.

Paz no Cristo que você acha que achou!

Sua carta chega a ser cruel.

Em quatro páginas você consegue mostrar o que um verdadeiro evangélico não deve ser.

Seus irmãos mais instruídos na fé sentiriam vergonha de ler o que você disse em sua carta contra nós católicos e contra Maria.

O irônico de tudo isso é que enquanto você vai para lá agredindo a Mãe de Jesus e diminuindo o papel dela no cristianismo, um número enorme de evangélicos fala dela, hoje, com o maior carinho e começa a compreender a devoção dos católicos por ela.

Você pegou o bonde atrasado e na hora errada e deve ter ouvido pastores errados, porque, entre os evangélicos, tanto como entre nós católicos, Maria é vista como a primeira cristã e a figura mais expressiva da evangelização depois de Jesus.

Eles sabem da presença firme e fiel de Maria ao lado do Filho Divino.

Evangélico hoje, meu caro, é alguém que pautou sua vida pelos evangelhos e por isso respeita os outros e não nega Maria.

Pode haver diferenças, mas para ser um bom evangélico não é preciso agredir nem os católicos nem a Mãe de Jesus.

Você é muito mais antimariano do que cristão ou evangélico.

Seu negócio é agredir Maria e os católicos.

Nem os bons evangélicos querem gente como você no meio deles.

Quanto ao que você afirma, que nós adoramos Maria, sinto pena de você. Enquanto católico, segundo você mesmo afirma, já não sabia quase nada de Bíblia por culpa da nossa Igreja, agora que virou evangélico parece que sabe menos ainda de Bíblia, de Jesus, de Deus e do Reino dos Céus.

Está confundindo culto de veneração com culto de adoração, está caluniando quem tem imagens de Maria em casa ao acusá-los de idólatras.

Ora, Paulo, há milhões de católicos que usam das imagens e sinais do catolicismo de maneira serena e inteligente.

Se você usava errado teria que aprender.

Ao invés disso foi para outra Igreja aprender a decidir quem vai para o céu e quem vai para o inferno. Tornou-se juiz da fé dos outros.

Deu um salto gigantesco em seis meses, de católico tornou-se evangélico, pregador de sua Igreja e já se coloca como a quarta pessoa da Santíssima Trindade, porque está decidindo quem vai para o céu e quem vai para o inferno.

Mais uns dois anos e talvez, de lá do alto de sua sabedoria eterna, talvez dê um golpe de Estado no céu e se torne a primeira pessoa.

Então talvez, mande Deus vir avisar quem você vai pôr no céu ou no inferno.

Sua carta é pretensiosa.

Sugiro que estude mais evangelismo e, em poucos anos, estará escrevendo cartas bem mais fraternas e bem mais serenas do que esta. Desejo de todo coração que você encontre bons pastores evangélicos.

Há muitíssimos homens de Deus nas Igrejas evangélicas que ensinarão a você como ser um bom cristão e como respeitar a religião dos outros. Isso você parece que perdeu quando deixou de ser católico.

Era um direito que você tinha: procurar sua paz.

Mas parece que não a encontrou ainda, a julgar pela agressividade de suas palavras.

Quanto a Maria, nenhum problema: é excelente caminho para Jesus.

Até porque, quem está perto de Maria, nunca está longe de Jesus.

Ela nunca se afastou.

Tire isso por você mesmo.

Se você se deu ao trabalho de me escrever uma carta para me levar a Jesus, e se acha capaz disso, imagine então o poder da Mãe de Deus!

De Jesus ela entende mais do que você.

Ou, inebriado com a nova fé, você se acha mais capaz do que ela?

Se você pode sair por aí escrevendo cartas para aproximar as pessoas de Jesus, Maria pode milhões de vezes mais com sua prece de mãe.

Ela já está no céu e você ainda está por aqui apontando o dedo contra os outros e decidindo quem vai ou quem não vai para lá.

Grato por sua carta.

Mostrou-me porque devo lutar pela compreensão entre as Igrejas.

É por causa de gente como você.

(Pe. Zezinho, scj)


quarta-feira, 10 de junho de 2015

Depende de nós


"Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite.

É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.

Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.

Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.

Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.

Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.

Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.

Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.

Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.

Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.

O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.

Tudo depende só de mim."




Charles Chaplin.   

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Babilônia…

Trago hoje para vocês um texto para refletirmos um pouco do que vem acontecendo em nosso país e no mundo como um todo.

"Infelizmente mentes ímpias querem ressuscitar Babilônia! Agora made in Brasil! O nome desta famosa cidade bíblica se refere também à torre de Babel. Em Babilônia havia cinquenta e três templos pagãos onde perdurava o sincretismo. Sob o comando de Nabucodonosor (uma espécie de Hitler da época) Babilônia destruiu a Cidade Santa de Jerusalém em 597 a.C.

Falando de grosso modo, pensando no Apocalipse, este título faz referência à prostituição, entendida com seus crimes e pecados cometidos contra Deus e seus filhos. O próprio livro explica o significado secreto de Babilônia: “A grande Babilônia, mãe de todas as prostitutas e de todas as pessoas imorais do mundo”( Ap 17, 5).

O que dizer de duas senhoras de oitenta e seis anos se beijando? Babilônia!

Cenas casuais de sexo e assassinato? Babilônia!

Golpe do baú e traição? Babilônia!

Triangulo amoroso e prostituta de luxo? Babilônia!

Público pronto? Tratar com naturalidade? Espaço para o amor? Romance sério? Noite feliz? Beijo gay de terceira idade?

Não! Isto não pode ser amor nem aqui nem no inferno! Felicidade? Jamais! Romance? Decadência! Naturalidade? Monstruosidade!

Que público? Espaço? Nos nossos lares? Só quem for conivente e babilônico! Somente daqueles que já transformaram suas igrejas domésticas e santuários da vida em torres de babel!

De fato, este é outro golpe baixo do baú do diabo que vem com toda sujeira, corrupção e decadência do mal deste mundo jogando na sala da tua casa, na tua cara e na cara dos teus filhos.

Que decadência, católico! Que decadência, evangélico! Que decadência, homem e mulher de boa índole!

Em um momento tão crítico da história deste país, Babilônia e Big Brother não podem nos trazer luz, paz e esperança.

Desperta povo! Deus destruiu Babilônia! Não permita que ela seja levantada com o material e mão de obra do Brasil! Não precisamos de Babilônia! Queremos Jerusalém! Queremos ordem e progresso!
Queremos Deus e os valores autênticos e imortais! Queremos o amor e a paz! Queremos a segurança, o respeito e a prosperidade completa!

Unidos pelo Avivamento da nova Jerusalém e pela destruição da nova Babilônia!"

Pe. Eduardo Braga 

"Encontro minha alegria na Vossa Palavra, como a de quem encontra um imenso tesouro".
(Sl 118, 162)