A priori, quero me desculpar com quem tem o hábito de acompanhar meus escritos semanalmente aqui. Tirei umas semanas de férias de tudo, principalmente para pensar um pouco no que escrevo, no porque escrevo, pensar no próprio ato de pensar e escrever.
Talvez se não fosse pelos meus dois ou três leitores habituais, eu não me forçasse a escrever aqui toda semana, talvez deixasse para escrever apenas quando o tempo permitisse e a vontade viesse. Não vou fazer média, nem bancar uma de "escritor puxa-saco", dizendo que escrevo para os leitores e por causa deles. Escrevo porque preciso, porque as palavras precisam ser ditas, precisam sair de mim, para que eu possa organizá-las.
E esse tempo afastado, me ajudou a por muitas ideias no lugar, inclusive algumas que tinham ficado seriamente abaladas por acontecimentos fora de meu controle, mas que de alguma forma sou co-responsável. Na verdade eu sempre o sou, pelo menos assumo ser, pois é mais fácil lidar com os problemas quando se crê ter participação neles.
E no fim, acho que todos os pensamentos, conclusões e afins, se resumiriam em uma única palavra: Tempo.
Certa vez alguém me disse que tempo era para relógio. Na ocasião quis acreditar nisso, mas é uma ideia bastante mentirosa. O relógio apenas marca o tempo físico que "criamos" para nos nortear, pois o tempo é para tudo e para todos.
Há o tempo de insistir, persistir, lutar por sonhos, ideais, por pessoas que querem ir antes da hora e "contra" outras que insistem em ficar quando deveriam ter partido. Mas há o tempo de deixar.
Deixar que o tempo siga seu rumo, se acomodar um pouco para respirar, para viver a realidade e fazer desta melhor que qualquer sonho. Deixar que o tempo faça sua mágica, leve consigo os passantes e deixe aqueles que devem ficar, mesmo que você não entenda porque uns devem ir e porque outros devem ficar mais tempo.
O tempo é relativo, e na relatividade do tempo devemos seguir, mesmo que às vezes sem entender bem como nem porque. Siga, viva, deixe viver. Sonhe e realize. E nunca desista.
Opiniões, comentários e assuntos do momento, diretamente da cabeça de um escritor errante porque não para no meio do caminho e também erra.
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quarta-feira, 30 de setembro de 2015
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
O que passou...
Certas vezes, algumas ocasiões em nossas vidas nos fazem pensar um pouco. Olhamos o passado, o presente, e de alguma forma tentamos enxergar o futuro.
Em uma ocasião dessas, olhei para trás e percebi que eu já não era mais o mesmo. Se mudei em alguns aspectos para melhor, em outros não gosto tanto do que fui me tornando: apto para o mundo de hoje, inapto para o mundo que eu gostaria que existisse.
Nesse momento, me lembro de algo que aprendi nos tempos de escola, nas aulas de histórias sobre o iluminismo, a teoria de um filósofo francês chamado Rosseau. A teoria do bom selvagem.
“A teoria do bom selvagem”, de Jean Jaques Rosseau surgiu em 1755, e diz que o homem por natureza é bom, nasceu livre, mas sua maldade advém da sociedade que em sua presunçosa organização não só permite, mas impõem a servidão, a escravidão, a tirania e inúmeras outras leis que privilegiam as elites dominantes em detrimento dos mais fracos firmando assim a desigualdade entre os homens, enquanto seres que vivem em sociedade.
Me sinto o bom selvagem, que foi modificado, estragado pela sociedade corrompedora e vil. Não que me ache uma pessoa má, alguém ruim, sinto ser bom em diversos aspectos, mas se melhorei em algumas coisas com o passar dos anos, em outros aspectos me tornei mais amargo e descrente de melhoras no mundo.
Deixei de lado toda fé que tinha na humanidade como um todo, invertendo a ideia da existência de uma minoria ruim no meio de uma maioria que só quer o bem. Hoje acredito em uma minoria que conhece o caminho certo, que pratica o bem verdadeiramente, em meio a uma imensidão de pessoas que se perdem entre serem más e outras que se deixam influenciar pela maioria. Criei um sentimento de repulsa ao que é ruim, muito maior do que sentimento de compreensão do porquê.
Perdi totalmente a paciência com pessoas que não conhecem a si mesmas, que mudam de opinião conforme a moda, que não procuram entender as ideias que defendem, muito menos entender os argumentos de quem pensa diferente. Não suporto mais quem ora está sorrindo contigo, ora apunhala-te pelas costas.
Perdi a paciência com pessoas que criam preconceitos na desculpa de combatê-los. Pessoas que segregam o que sempre foi unido, mesmo que na base da brincadeira com as diferenças de iguais. Em vez de garantir educação e emprego para todos, criam cotas para separar a sociedade em parcelas distintas de pessoas iguais. E criam cotas e leis segundo tom de pele, gênero e gostos, em vez de simplesmente garantir que todos sejam tratados iguais.
As autoridades, que deviam zelar pelo bem estar do povo ( e que são pagas, e bem pagas para isso) roubam descaradamente enquanto saímos de casa sem saber se conseguiremos voltar, tamanha insegurança. Nossas vidas são constantemente ameaçadas pela violência, crescente e cada dia mais presente em cada passo que damos. Já não olhamos com simpatia para as pessoas que passam por nós na rua, em vez disso olhamos com desconfiança, pois o crime não tem rosto ou vestimenta. Foi-se o tempo da premissa que todos são inocentes até provarem o contrário. Agora todos são culpados, até que provem que são gente de bem.
Felizes são as crianças, que por sua inocência ainda não enxergam o mundo como ele é atualmente. E infelizmente até isso estão querendo tirar das crianças, empurrando ensinamento nas escolas de cartilhas de conteúdo sexual, ensinamentos políticos,exposição constante de músicas e programas cheios de conteúdos eróticos etc.
Mesmo assim, mesmo não sendo o "bom selvagem" paciente e crédulo que eu fora, ainda sonho com dias melhores. Sonhos cada dia mais distantes, que já não acredito que verei, mas quem viver verá, e lembrará de minhas palavras de tristeza pelo hoje, e de saudade pelo ontem, e de dúvida pelo amanhã.
Em uma ocasião dessas, olhei para trás e percebi que eu já não era mais o mesmo. Se mudei em alguns aspectos para melhor, em outros não gosto tanto do que fui me tornando: apto para o mundo de hoje, inapto para o mundo que eu gostaria que existisse.
Nesse momento, me lembro de algo que aprendi nos tempos de escola, nas aulas de histórias sobre o iluminismo, a teoria de um filósofo francês chamado Rosseau. A teoria do bom selvagem.
“A teoria do bom selvagem”, de Jean Jaques Rosseau surgiu em 1755, e diz que o homem por natureza é bom, nasceu livre, mas sua maldade advém da sociedade que em sua presunçosa organização não só permite, mas impõem a servidão, a escravidão, a tirania e inúmeras outras leis que privilegiam as elites dominantes em detrimento dos mais fracos firmando assim a desigualdade entre os homens, enquanto seres que vivem em sociedade.
Me sinto o bom selvagem, que foi modificado, estragado pela sociedade corrompedora e vil. Não que me ache uma pessoa má, alguém ruim, sinto ser bom em diversos aspectos, mas se melhorei em algumas coisas com o passar dos anos, em outros aspectos me tornei mais amargo e descrente de melhoras no mundo.
Deixei de lado toda fé que tinha na humanidade como um todo, invertendo a ideia da existência de uma minoria ruim no meio de uma maioria que só quer o bem. Hoje acredito em uma minoria que conhece o caminho certo, que pratica o bem verdadeiramente, em meio a uma imensidão de pessoas que se perdem entre serem más e outras que se deixam influenciar pela maioria. Criei um sentimento de repulsa ao que é ruim, muito maior do que sentimento de compreensão do porquê.
Perdi totalmente a paciência com pessoas que não conhecem a si mesmas, que mudam de opinião conforme a moda, que não procuram entender as ideias que defendem, muito menos entender os argumentos de quem pensa diferente. Não suporto mais quem ora está sorrindo contigo, ora apunhala-te pelas costas.
Perdi a paciência com pessoas que criam preconceitos na desculpa de combatê-los. Pessoas que segregam o que sempre foi unido, mesmo que na base da brincadeira com as diferenças de iguais. Em vez de garantir educação e emprego para todos, criam cotas para separar a sociedade em parcelas distintas de pessoas iguais. E criam cotas e leis segundo tom de pele, gênero e gostos, em vez de simplesmente garantir que todos sejam tratados iguais.
As autoridades, que deviam zelar pelo bem estar do povo ( e que são pagas, e bem pagas para isso) roubam descaradamente enquanto saímos de casa sem saber se conseguiremos voltar, tamanha insegurança. Nossas vidas são constantemente ameaçadas pela violência, crescente e cada dia mais presente em cada passo que damos. Já não olhamos com simpatia para as pessoas que passam por nós na rua, em vez disso olhamos com desconfiança, pois o crime não tem rosto ou vestimenta. Foi-se o tempo da premissa que todos são inocentes até provarem o contrário. Agora todos são culpados, até que provem que são gente de bem.
Felizes são as crianças, que por sua inocência ainda não enxergam o mundo como ele é atualmente. E infelizmente até isso estão querendo tirar das crianças, empurrando ensinamento nas escolas de cartilhas de conteúdo sexual, ensinamentos políticos,exposição constante de músicas e programas cheios de conteúdos eróticos etc.
Mesmo assim, mesmo não sendo o "bom selvagem" paciente e crédulo que eu fora, ainda sonho com dias melhores. Sonhos cada dia mais distantes, que já não acredito que verei, mas quem viver verá, e lembrará de minhas palavras de tristeza pelo hoje, e de saudade pelo ontem, e de dúvida pelo amanhã.
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