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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Análise: Sagrado Coração -Legião Urbana


Um tempo atrás analisei algumas músicas do álbum "Tempestade ou O Livros dos Dias", o último lançado com Renato Russo vivo. Porém algumas músicas já estavam gravadas, pois esse álbum era para ser duplo, mas para evitar onerar o preço com um álbum duplo, resolveram que lançariam depois. Para gravadora acabou sendo uma ótima coisa, pois o álbum "Uma Outra Estação" foi lançado um ano após sua morte, atraindo os saudosos fãs.


Renato Russo,diante de um quadro irreversível, debilitado e pesando em média 45 quilos, escreve a canção "Sagrado Coração", que só vem a ser divulgada no último disco “Uma Outra Estação”, 1997, no ano seguinte de sua morte. Essa música no disco é apenas instrumental. Infelizmente não houve tempo para que Renato Russo gravasse os vocais, mas nos presenteou deixando a letra dessa bela canção.


SAGRADO CORAÇÃO

Sei que tenho um coração
Mas é difícil de explicar
De falar de bondade e gratidão
E estas coisas que ninguém gosta de falar

Falam de algum lugar
Mas onde é que está?
Onde há virtude e inteligência
E as pessoas são sensíveis
E que a luz no coração
é o que pode me salvar
Mas não acredito nisso
Tento, mas é só de vez em quando

Onde está este lugar?
Onde está essa luz?
Se o que vejo é tão triste
E o que fazemos tão errado?

E me disseram!
Este lugar pode estar sempre ao seu lado
E a alegria dentro de você
Porque sua vida é luz

E quando vi seus olhos
E a alegria no seu corpo
E o sorriso nos seus lábios
Eu quase acreditei
Mas é tão difícil

Por isso lhe peço por favor
Pense em mim, ore por mim
E me diga:
- Este lugar distante está dentro de você
E me diga que nossa vida é luz
Me fale do sagrado coração
Porque eu preciso de ajuda 




Quando leio ou escuto Renato Russo, assim como faço quando ouço Cazuza, não me atenho à sua história de vida e sim ao significado de suas letras para mim. Às vezes nós, muitas vezes imbuídos de arrogância e prepotência não atentamos para a condição interna de alguém com um coração aflito e cansado, alguém machucado não apenas pelas dores físicas, mas principalmente pela dor de sentir sua existência se esvaindo sem a certeza do que estava por vir. Renato roga por uma resposta, “Onde está este lugar? Onde está essa luz ?” e nesta hora lembro de uma passagem bíblica: Deus “pôs no coração do homem o anseio pela eternidade”(Ecl 3.11), e esse sentimento só será preenchido quando lhe for colocado o Sagrado Coração sensível a voz de Deus.

“Me fale do sagrado coração porque eu preciso de ajuda”, são as últimas palavras dele em sua canção. Nesse instante, Renato não clamava pela cura da AIDS, por algum antídoto medicinal ou paliativo que aliviasse suas dores, a sua dor era existencial de reconhecimento de morte iminente, sob a sensação de partir para outra com a ausência da certeza de sua existência. Dúvidas como todos temos, mas refutamos pensar nisso até sentirmos a morte espreitando pelos cantos: o que teremos, o que seremos após nosso fim. Por mais que muitos digam que nada existe após a morte, quando é chegada a hora da sua, essa ansiedade pelo porvir o domina. Renato, no fim, sentia-se apenas como um poeta distante de Deus que clamava por Ele sem saber como.

Abaixo a melodia, como foi lançada no último álbum: Um Outra Estação:


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Dia de São Sebastião

A imensa quantidade de brasileiros que ostenta o nome Sebastião permite imaginar o quanto aquele santo militar romano é admirado e venerado em nosso país, o que também ocorre em numerosas outras nações, especialmente do Ocidente. Crianças são batizadas com seu nome, paróquias o têm por padroeiro, igrejas o festejam como titular, bairros e cidades também a ele se vinculam na devoção ao santo que é tido como padroeiro dos soldados, arqueiros e atletas, sendo muito invocado no combate às epidemias. A Cidade Maravilhosa, uma das mais conhecidas em todo o mundo, tem por nome oficial “São Sebastião do Rio de Janeiro” (assim como a importante arquidiocese ali sediada), uma homenagem ao santo cujo nome era ostentado pelo então soberano português reinante à época em que a localidade recebeu a nominação.

Quem foi, porém, São Sebastião?


Os registros oficiais são escassos a seu respeito, o que não impede que dele possamos ter muitas informações que emanam da feliz e indissociável combinação entre a história e a piedade popular, e que permite retratar, ainda que não exatamente a realidade, ao menos (o que é o mais importante) o espírito da realidade com que um militar cristão, servindo no exército de um dos mais sanguinários imperadores romanos, ajudou numerosas almas a não enfraquecerem na fé, consolando-as e permitindo-lhes trilhar de cabeça erguida o caminho do Paraíso; ademais, ele próprio não deixou, no momento oportuno, de declarar-se cristão, dando o testemunho e servindo de exemplo a numerosos outros seguidores de Jesus que enfrentavam as perseguições da Era dos Mártires, como foi chamado o período de busca e morte aos fiéis conforme ordenado pelo sanguinário imperador Deocleciano.
Já antes do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo os romanos chamavam Mare Nostrum (“nosso mar”) ao Mediterrâneo, uma vez que todas as terras por ele banhadas faziam parte do império. Foi em uma região costeira, na província da Gália, correspondendo à atual cidade de Narbonne (França), que Sebastião veio ao mundo. Sua família era de Milão (na atual Itália), e não era ele inclinado à carreira das armas, tendo-a seguido por causa do desejo de servir aos irmãos na fé, que sofriam as perseguições.
Sebastião desempenhou corretamente seus deveres como soldado, mas por baixo das vestes militares estava um verdadeiro cristão, e dentro de seu corpo pulsava um coração ardente de desejos de apoiar os perseguidos e ajudá-los a seguir o Divino Mestre, não só durante esta vida mas também quando se encontravam prestes a partir para a outra. Mantinha em segredo sua fé, como era comum entre os cristãos nas épocas de perseguição, pois assim podia ajudar os que dele precisavam, mas não tinha receio de perder seus bens ou sua própria vida.
Uma de suas ações apostólicas refere-se aos irmãos gêmeos Marcos e Marceliano, que haviam sido aprisionados em Roma, os quais eram visitados diariamente por Sebastião. Submetidos a chicotadas, apesar de serem membros de família de senadores, foram condenados à decapitação, tendo seus familiares obtidos do administrador romano, chamado Cromácio, um prazo para que se tentasse mudá-los quanto à opinião. Mantidos acorrentados na casa do escriba da prefeitura, Nicóstrato, eram submetidos a tentativas de convencimento por parte de seus pais, suas esposas e seus filhos ainda pequenos, além de amigos, mas quando estavam em risco de fraquejar foram as palavras de Sebastião que os reanimaram, as quais impressionou a todos que as ouviram.
Zoé, esposa de Nicóstrato, discernindo em Sebastião um homem de Deus, atirou-se aos seus pés e por gestos indicou-lhe a doença de que padecia: uma doença lhe fizera perder a capacidade de falar. Sebastião fez o sinal da cruz sobre a boca de Zoé e pediu em voz alta a Nosso Senhor Jesus Cristo que a curasse, e imediatamente ela recuperou a dicção e pôs-se a louvar aquele homem, acrescentando que acreditava em tudo o que ele acabara de dizer. Diante da cura da esposa, o próprio Nicóstrato lançou-se aos pés de Sebastião e pediu perdão por ter mantido os dois cristãos aprisionados, libertando-os em seguida e declarando que se sentiria feliz se viesse a ser aprisionado e morto em lugar deles. E os dois irmãos, naquele momento libertados, recusaram-se a abandonar a luta para a ela expor outra pessoa, firmando-se na fé ao ver a ação de Deus, que anulou todos os esforços feitos para fazê-los abandonar a Igreja, além de nela ingressarem os donos da casa em que estiveram aprisionados.

Nas horas que se seguiram, outras pessoas também abraçaram a fé cristã, sendo 68 o número de pessoas convertidas e batizadas por São Policarpo, ali chamado por Sebastião: Nicóstrato, sua esposa Zoé, toda a família de Nicóstrato, seu irmão Castor, o carcereiro Cláudio com dois filhos e sua esposa Sinforosa, o pai dos gêmeos, chamado Tranquilino, com sua esposa Márcia e seis amigos, as esposas dos gêmeos, e dezesseis outros encarcerados.
Sem saber os detalhes – pois houvera sido enganado – o prefeito de Roma, Cromácio, que havia concedido aos gêmeos o período de espera para que renunciassem à fé, chamou o pai de ambos, Tranquilino, determinando que eles oferecessem incenso aos deuses; Tranquilino então afirmou-se cristão, acrescentando que assim houvera sido curado de uma enfermidade da qual o prefeito também padecia. Cromácio disponibilizou dinheiro para conseguir a cura da enfermidade, arrancando de Tranquilino risos, tendo este assegurado que para ser curado bastaria recorrer a Cristo.
Após um instrutivo catecumenato, no qual foi explanada a superioridade da fé sobre a simples cura de sua doença, Cromácio e seu filho se tornaram também cristãos, permitindo que fossem quebradas mais de duzentas estátuas de ídolos que eram por eles adorados, bem como que fossem destruídos os instrumentos que eram utilizados para astrologia e outras práticas divinatórias. Porém não apenas aquele pai e seu filho se tornaram cristãos em sua casa, mas um total de 1.400 pessoas, incluindo escravos a quem deu a liberdade dizendo que os que passaram a ter Deus por pai não mais podiam ser escravos de um homem.
Diocleciano, tendo assumido o império romano, conservou Sebastião no posto, e lhe deu o cargo de capitão da primeira companhia de guardas pretorianos em Roma, depositando nele muita confiança.

Chegou, porém, o momento em que Sebastião afirmou-se cristão, depois de ter cuidado para que muitos trilhassem o caminho do Paraíso. Inconformado o imperador o enviou para a morte: foi preso a um tronco, e teve o corpo perfurado por flechas. Crendo-o morto, foi abandonado pelos que o supliciaram, mas uma piedosa viúva, que pretendia sepultá-lo com honras cristãs, encontrou-o vivo, tendo dele cuidado para que se recuperasse. Algum tempo depois, ei-lo apresentando-se a Diocleciano (que se surpreendeu ao vê-lo vivo), a quem censurou pela injustiça com que perseguia os cristãos, pois estes rezavam pelo império e por seus exércitos, mas eram supliciados como se fossem inimigos do estado.

O cruel imperador, obstinado em seus erros, mandou que Sebastião fosse imediatamente levado a um local próximo, onde foi morto a bordoadas. Foi sepultado na catacumba que atualmente leva seu nome, sobre a qual se ergue uma das sete principais igrejas de Roma, a Basílica de São Sebastião, na Via Appia..


Extraído de : http://revistacatolica.com.br/doutrina/santos-e-anjos/historia-dos-santos/sao-sebastiao/?ref=ads&pesq=sao-sebastiao&gclid=CjwKEAiA2ve0BRDCgqDtmYXlyjkSJACEPmdwyQaQ7QdqGiaB1uoP2VxyFQMuH9iRitZd3eyqwY01-BoC9CHw_wcB


quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Já 2016....

Segunda semana do ano, e me peguei pensando nos anos que se passaram, pensando em como era a vida há dez anos atrás e percebi que estou realmente ficando velho.

Pensar em dez anos atrás, me vem logo a mente a década de noventa e não 2006! Realmente parece que foi ontem a primeira década dos anos 2000... Sou da geração de transição, assim com alguns dos meus três ou quatro leitores esporádicos. Nasci quando computador ainda era um sonho distante nas casas e os telefones eram de disco, a linha era uma posse (e cara) que levava muito tempo para conseguir uma.  Vi os primeiro celulares, apesar de nunca ter tido um desses: um tijolo que mais parecia um comunicador de filmes de guerra. Para geração nova que vê a "ode" ao Nokia tijolinho nas redes sociais, naquelas inúmeras piadas que dizem que "a bateria durava uma semana", "caia no chão e quebrava o piso", acreditem, aquele celular já era dos pequenos.

Fonte: www.culturamix.com


Lembro de usar pela primeira vez um computador na casa de um colega "mais abastado": tela verde, onde a maior sensação era o processador de texto (acessado via DOS) e a impressora matricial dele. Depois o computador já com tela colorida (caixotão) e a diversão de usar o paint, jogar campo minado ou paciência.

Internet? A maioria só usava de madrugada ou fim de semana ( a partir de sábado depois das 14h) para pagar reduzido na conta telefônica. E tudo numa velocidade de no máximo 28 kbps, depois inigualáveis 56 kbps, através dos modems "guinchantes" e ocupando a linha telefônica o tempo todo.

Lutava-se muito para dividir os arquivos para guardar nos disquetes de 8", depois 5 1/4", e depois nos modernos de 3 1/2", diminuía o tamanho e aumentava a capacidade... Imagina a alegria com a chegada do gravador de CD, com capacidade de quase 500 disquetes de 3 1/2"!

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Está na rua e quer ligar? Use o "orelhão" e tenha fichas para isso! Muitas fichas e não esqueça de por mais uma antes da ficha cair!

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Claro que depois veio o cartão e não precisávamos mais ficar andando com dezenas de fichas. Mas sem celulares, se você estava na rua ninguém te encontrava.

Nada de música em mp3, você tinha que usar os LPs e com cuidado para não arranhar nem quebrar a agulha da vitrola. Ah! Claro! Tinha a sensação dos cassetes, mais práticos e ainda te possibilitava gravar músicas do rádio ou sua própria voz se tivesse um gravador. Depois é que vieram os "discos lasers" bem maiores que os conhecidos CDs. 

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Mas esses duraram pouco assim como o betamax da sony, que perdeu espaço para o mais popular VHS. Alugar várias fitas no fim de semana para entregar na segunda-feira. Rebobinada para não pagar multa!. Programar o video cassete para gravar programas na TV, às vezes usando a qualidade EP ou SLP para caber seis horas de gravação às custas da qualidade de imagem.

Resultado de imagem para betamax     Resultado de imagem para vhs

Jogo eletrônico era no fliperama, às custas de várias fichas. Em casa, os clássicos do atari, jogos sem fim... Não passei pela fase dos 8 bits, "pulei" do Atari para os 16 bits do Mega Drive. Sempre lembrando que se o jogo não funcionar, tem que assoprar o cartucho que funciona! 

 Resultado de imagem para atari

Minha vida de jogos parou no Mega... Só depois de "velho" troquei o videogame...

Velho e saudosista. Vi todo esse passado e estou vendo o presente como algo que nunca se imaginava como "futuro". 

Sinceramente, parafraseando Raul Seixas: "confesso abestalhado que estou decepcionado". Hoje temos muito mais recursos, muito mais tecnologia, mais facilidades e não fazemos nada de bom com isso. Éramos mais felizes, porque dependíamos muito mais um dos outros e menos das tecnologias. Hoje vejo pessoas absortas em seus telefones, com redes sociais, joguinhos e afins, deslocadas do mundo externo. Sinto que temos muito mais acesso a informação e uns aos outros, mas não fazemos nada de útil com isso. Em vez de aproximação nos afastamos com teorias vazias de minorias, maiorias e segregações para evitar segregação... 

Uma pena... Evoluímos para sermos menos. Bate uma tristeza lembrar de tudo isso, não por saudosismo de 15, 20, 25 anos atrás, mas por perceber que as novas gerações não terão esse gostinho que tive, que tivemos de viver isso. Somos a última geração da transição. Transição para que? Espero que para algo melhor, que ainda esteja por vir... EU quero acreditar.


Fonte das imagens sem referências: "Grande Pai Google"



quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Dia de Reis

No dia 06 de janeiro comemora-se o dia de Reis, que na tradição cristã foi o dia em que os três reis magos levaram presentes a Jesus Cristo.

Cada um dos reis magos saiu de sua localidade de origem, ao contrário do que pensamos - que viajaram juntos.

Baltazar saiu da África, levando para o menino mirra, um presente ofertado aos profetas. A mirra é um arbusto originário desse país, onde é extraída uma resina para preparação de medicamentos.

O presente do rei Gaspar, que partiu da Índia, foi o incenso, como alusão à sua divindade. Os incensos são queimados há milhões de anos para aromatizar os ambientes, espantando insetos e energias negativas, além de representar a fé, a espiritualidade.

Melchior ou Belchior partiu da Europa, levando ouro ao Messias, rei dos reis. O ouro simbolizava a nobreza e era oferecido apenas aos deuses.

Em homenagem aos reis magos, os católicos realizam a folia de reis, que se inicia em 24 de dezembro, véspera do nascimento de Jesus, indo até o dia 06 de janeiro, dia em que encontraram o menino.

A folia de reis é de origem portuguesa e foi trazida para o Brasil por esses povos na época da colonização.

Durante os festejos, os grupos saem caminhando pelas ruas das cidades, levando as bênçãos do menino para as pessoas que os recebem. É tradição que as famílias ofereçam comidas aos integrantes do grupo, para que possam levar as bênçãos por todo o trajeto.

Os integrantes do grupo da folia de reis são: mestre, contramestre, donos de conhecimentos sobre a festa, músicos e tocadores, além dos três reis magos e do palhaço, que dá o ar de animação à festa, fazendo a proteção do menino Jesus contra os soldados de Herodes, que queriam matá-lo. Além desses personagens, os foliões dão o toque especial, seguindo o cortejo.

Uma tradição bem diferente da nossa acontece na Espanha, onde as crianças deixam sapatos nas janelas, cheios de capim ou ervas, a fim de alimentar os camelos dos Reis Magos. Contam as lendas que em troca, os reis magos deixam doces e guloseimas para as crianças.

Em alguns países fazem a comemoração repartindo o Bolo Rei, que tem uma fava no meio da massa. A pessoa que for contemplada com a fava deve oferecer o bolo no ano seguinte.

Na Itália a comemoração recebe o nome de Befana, uma bruxa boa que oferece presentes às crianças. No país não existe a tradição de se presentear no dia 25 de dezembro, mas no dia 06 de janeiro, dia de reis.

O dia de reis é tão importante na Europa que se tornou feriado em todo o continente.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia


BARROS, Jussara De. "Dia de Reis"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-de-reis.htm>.