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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Já 2016....

Segunda semana do ano, e me peguei pensando nos anos que se passaram, pensando em como era a vida há dez anos atrás e percebi que estou realmente ficando velho.

Pensar em dez anos atrás, me vem logo a mente a década de noventa e não 2006! Realmente parece que foi ontem a primeira década dos anos 2000... Sou da geração de transição, assim com alguns dos meus três ou quatro leitores esporádicos. Nasci quando computador ainda era um sonho distante nas casas e os telefones eram de disco, a linha era uma posse (e cara) que levava muito tempo para conseguir uma.  Vi os primeiro celulares, apesar de nunca ter tido um desses: um tijolo que mais parecia um comunicador de filmes de guerra. Para geração nova que vê a "ode" ao Nokia tijolinho nas redes sociais, naquelas inúmeras piadas que dizem que "a bateria durava uma semana", "caia no chão e quebrava o piso", acreditem, aquele celular já era dos pequenos.

Fonte: www.culturamix.com


Lembro de usar pela primeira vez um computador na casa de um colega "mais abastado": tela verde, onde a maior sensação era o processador de texto (acessado via DOS) e a impressora matricial dele. Depois o computador já com tela colorida (caixotão) e a diversão de usar o paint, jogar campo minado ou paciência.

Internet? A maioria só usava de madrugada ou fim de semana ( a partir de sábado depois das 14h) para pagar reduzido na conta telefônica. E tudo numa velocidade de no máximo 28 kbps, depois inigualáveis 56 kbps, através dos modems "guinchantes" e ocupando a linha telefônica o tempo todo.

Lutava-se muito para dividir os arquivos para guardar nos disquetes de 8", depois 5 1/4", e depois nos modernos de 3 1/2", diminuía o tamanho e aumentava a capacidade... Imagina a alegria com a chegada do gravador de CD, com capacidade de quase 500 disquetes de 3 1/2"!

Resultado de imagem para disquete 5 1/4

Está na rua e quer ligar? Use o "orelhão" e tenha fichas para isso! Muitas fichas e não esqueça de por mais uma antes da ficha cair!

Resultado de imagem para orelhão de ficha

Claro que depois veio o cartão e não precisávamos mais ficar andando com dezenas de fichas. Mas sem celulares, se você estava na rua ninguém te encontrava.

Nada de música em mp3, você tinha que usar os LPs e com cuidado para não arranhar nem quebrar a agulha da vitrola. Ah! Claro! Tinha a sensação dos cassetes, mais práticos e ainda te possibilitava gravar músicas do rádio ou sua própria voz se tivesse um gravador. Depois é que vieram os "discos lasers" bem maiores que os conhecidos CDs. 

Resultado de imagem para aparelho de disco laser 

Mas esses duraram pouco assim como o betamax da sony, que perdeu espaço para o mais popular VHS. Alugar várias fitas no fim de semana para entregar na segunda-feira. Rebobinada para não pagar multa!. Programar o video cassete para gravar programas na TV, às vezes usando a qualidade EP ou SLP para caber seis horas de gravação às custas da qualidade de imagem.

Resultado de imagem para betamax     Resultado de imagem para vhs

Jogo eletrônico era no fliperama, às custas de várias fichas. Em casa, os clássicos do atari, jogos sem fim... Não passei pela fase dos 8 bits, "pulei" do Atari para os 16 bits do Mega Drive. Sempre lembrando que se o jogo não funcionar, tem que assoprar o cartucho que funciona! 

 Resultado de imagem para atari

Minha vida de jogos parou no Mega... Só depois de "velho" troquei o videogame...

Velho e saudosista. Vi todo esse passado e estou vendo o presente como algo que nunca se imaginava como "futuro". 

Sinceramente, parafraseando Raul Seixas: "confesso abestalhado que estou decepcionado". Hoje temos muito mais recursos, muito mais tecnologia, mais facilidades e não fazemos nada de bom com isso. Éramos mais felizes, porque dependíamos muito mais um dos outros e menos das tecnologias. Hoje vejo pessoas absortas em seus telefones, com redes sociais, joguinhos e afins, deslocadas do mundo externo. Sinto que temos muito mais acesso a informação e uns aos outros, mas não fazemos nada de útil com isso. Em vez de aproximação nos afastamos com teorias vazias de minorias, maiorias e segregações para evitar segregação... 

Uma pena... Evoluímos para sermos menos. Bate uma tristeza lembrar de tudo isso, não por saudosismo de 15, 20, 25 anos atrás, mas por perceber que as novas gerações não terão esse gostinho que tive, que tivemos de viver isso. Somos a última geração da transição. Transição para que? Espero que para algo melhor, que ainda esteja por vir... EU quero acreditar.


Fonte das imagens sem referências: "Grande Pai Google"



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