A vida é feita de capítulos escritos diariamente, passo a passo, letra a letra. Por vezes, precisamos ter a humildade de voltar e reescrever algumas linhas, alguns capítulos. Mas essa série não é é sobre voltar e mudar o rumo de sua vida.
Quando se escreve diversas vezes, os fatos mudam, opiniões mudam e se faz mister voltar, e reescrever o texto, atualizá-lo, segundo os dias, pensamentos e a realidade atual. Mas essa série não é sobre reescrever velhos escritos.
Na verdade, essa série é sobre tudo isso e mais alguma coisa. Escritos novos que falam da ficção da própria realidade: passado, presente e futuro interlaçados e misturados. E esta é a primeira parte.
Tudo a seu tempo, e tudo ao sabor do tempo. O tempo que para alguns era para relógio, cansou-se e fez-se prevalecer. Um folclórico narrador dizia: "O tempo vai passando, a barba vai crescendo...".
E cresce. E se amadurece e a espera eterna por novos tempos perde o sentido. Ilusões e sonhos perdem a força quando a realidade vem a tona. E ela vem, avassaladora, e no fim sobra algo que não é sempre bom: a retribuição, que ora é agradável como a gratidão pelas paredes derrubadas, ora é triste como a vingança amarga e insensata.
O tempo. Ele cobra seu preço, não há dúvida. Agride fortes e fracos, ricos e pobres. E não perdoa quem crê em sua imparcialidade, quem o espera passar. Ele passa tão rápido que quando se percebe é tarde demais. O tempo passou. O tempo certo, o momento.
Pensar no futuro, viver o presente, não sendo refém ou espectador do tempo e sim colaborador, o fazendo agir para si.
Porque o tempo não pára.
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