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sexta-feira, 20 de julho de 2018

Crônicas de Mago - Capítulo 2

Doutor, Vermelho e Girão

Era tempo de batalhas concomitantes para Mago, algo que com o tempo viraria rotina em sua vida. Aquilo era pouco perto do que ainda viveria ao longo dos anos.

Mas foi naquele início de dupla jornada que conhecera o Doutor. Austero e inteligente, era um fortíssimo candidato a se tornar um sábio com os anos, mas por enquanto era apenas mais um batalhando naquela guerra. Inicialmente, formara com Mago e Bizarro um trio, depois com a saída desse último daquela campanha, tornaram-se uma dupla até o fim daquela batalha.

Após aquela batalha, Doutor seguiu em lutas de grande aprimoramento, e conforme Mago imaginava foi se tornando cada vez mais sábio, aprimorando seu conhecimento e se destacando no caminho que escolheu. Mago passou por uma fase de aprendizado e contato com uma nova realidade que o acompanharia pelo resto de seus dias.

Depois de um tempo de busca, encontrou um lugar onde conheceu dois aprendizes, que chegaram logo após ele: Vermelho e Girão. Cada um tinha uma história, uma meta e ao longo de mais de um ano compartilharam experiências e aprendizados.

Cumprido seu tempo, Mago saiu dali em busca de novos ares, começando uma caminhada que a partir daquele momento teria poucas paradas, mas muito mais aprendizados.








Continua

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Crônicas de Mago - Capítulo 1

Já velho e cansado, Mago senta numa pedra em um pequeno povoado. Logo um grupo de crianças, e outras nem mais mais tão crianças assim, senta ao seu redor pedindo que conte algumas de suas aventuras pelos vastos caminhos do mundo. Olha com carinho para aquelas pobres almas, que tantas mentiras devem ter escutado a seu respeito. Ele sabe disso, afinal quando criança também ouvira histórias de andarilhos e heróis, cada uma mais fantasiosa que a outra, e no fim nada era como ouvira.

Mesmo assim resolveu que devia algumas histórias verídicas para aqueles olhos e ouvidos ansiosos, que dispuseram-se a parar tudo para ouvi-lo.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Copa do Mundo

Copa do mundo. Mais uma vez o futebol, "ópio do povo" como alguns dizem, ganha destaque para criar uma penumbra na atordoada e sofrida vida do povo.

Passo pelas ruas e vejo pessoas com a camisa da seleção. Outras se vestem com as cores da bandeira. Não tenho nada contra, só acho muito pouco. Pouco e mesquinho para falar a verdade, se vestir com as cores da bandeira, entoar cantos patrióticos de "brasil brasil", apenas para torcer por futebol.

Pouco porque eu gostaria de ver as pessoas de verde-amarelo-azul-branco para exigir condições dignas de vida para si e seus compatriotas. Gostaria de ver um canto inflamado e orgulhoso de que nosso país é respeitado e visto como um ótimo lugar para se viver, de um povo feliz de verdade, sem medo, que vive em segurança, com saúde e bem estar.

É mesquinho torcer com tanta veemência pelo futebol, por ser fácil. É fácil esperar uma vitória da seleção no futebol, bem mais fácil do que esperar uma vitória na política, esperar que os políticos façam algo que seja benéfico não apenas a seus bolsos. Se vestir, pintar as cores da bandeira e entoar cânticos pseudo-patrióticos é moleza. Juntar-se em multidões para mudar o rumo do país é complicado, não se tem a certeza da vitória, e certas vezes a chance é diminuta.

Quero ver o povo unido, enrolado na bandeira na hora do voto, não elegendo corruptos e corruptores, e depois exigindo que sua vontade seja aceita, sem manobras eleitorais. Quero ver críticas e gritos de ordem contra quem lesa o povo e a pátria. Quero ver todos unidos, não apenas cantarolando o hino, mas vivendo sua letra: Paz no futuro e glória no passado.

Quem sabe assim não possamos comemorar a conquista de um título muito mais importante que qualquer torneio esportivo: um lugar onde possamos viver, sonhar, batalhar sem medo, sem receios, com muito mais saúde, educação, segurança. Um país melhor para todos.