Mesmo assim resolveu que devia algumas histórias verídicas para aqueles olhos e ouvidos ansiosos, que dispuseram-se a parar tudo para ouvi-lo.
O Torço
Suas andanças mal haviam começado. De fato Mago ainda não ganhara nem mesmo essa alcunha que lhe acompanharia por muitos anos. Estava agora em um ambiente novo, no meio de pessoas que tinham vindo de diversos lugares para formar aquele grupo, que ficaria ali por alguns anos cumprindo o que lhes fora confiado. Mago já sabia que a partir daquele momento viveria uma jornada dupla, durante um tempo indeterminado em sua vida. Duas equipes, em dois momentos em um mesmo dia. Trabalho difícil e cansativo, mas esperava que o esforço valesse a pena.
Logo pela manhã encontrou Torço, que assim como ele estava sozinho, enquanto alguns outros que já se conheciam de batalhas anteriores, formavam pequenos grupos no acampamento. Nunca tivera oportunidade de conviver com ele, mas o conhecia de vista de campanhas anteriores. Depois de uma piada de Torço para quebrar o silêncio conversaram e descobriram, pelo menos naquele ano, participariam das mesmas equipes. De fato seria bom começar uma campanha em um ambiente totalmente desconhecido, tendo algum rosto familiar.
Com o tempo agregando participantes para seu grupo em ambos campos e equipes. No ano seguinte, estavam na mesma equipe em apenas uma parte do dia, na outra equipes distintas em campos de batalha iguais. Mesmo depois de encerrada aquela campanha, mantiveram contato nas passagens, até que o tempo fez seus caminhos divergirem.
Mago guarda a lembrança e sabe que outras histórias entrelaçam-se com essa, dando-lhe mais sentido.
Continua
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