Não somos
uma constante... Entre altos e baixos seguimos em frente… Porque também não
temos muita escolha... Não nascemos multimilionários, então temos que
seguir…
Muitas
vezes me senti só mesmo quando acompanhado… Em vários momentos da vida, em
momentos que hoje vejo que foram altos, baixos, médios… Já me questionei e por vezes me pego ainda
questionando o porquê de tudo... Já
cansei e deixei de pensar besteira por medo... Hoje eu nem tenho medo…
Talvez o medo maior seja/fosse do "insucesso" da besteira. Já tive medo da "punição" divina se
algo fosse feito. Mas hoje nem penso mais em dar um fim absoluto a tudo porque
não me cabe decidir isso. Não cabe a ninguém. O fim é algo orgânico e
natural... Aguardarei sem pressa.
Os
faladores de "capa de livro" diriam: seja grato pelo que tem… Tem
gente em situação pior, etc. Mas cada um sabe onde seu calo mais aperta. A gratidão pelo que se tem, pelo que se pode
conquistar, vem muito mais das atitudes e do continuar do que ficar pensando em
ser grato. Não peço nunca um fardo
menor... Só peço e tento pensar que estou sempre no momento baixo… Que em
breve vai subir... Mas por vezes parece
que demora tanto... Quem sabe somos como
carne... Se ficar macerando no tempero pelo tempo certo fica ótima... Se
passar disso fica passada e ruim. E o
tempo máximo/certo é impreciso... Se dois pedaços de carne não são iguais,
imagina pessoas... Analogias nos ajudam
muito... No fim, não nós entendemos tanto quanto entendemos o cozinhar, por
exemplo: precisamos mesmo entender porque estamos aqui? Por que precisamos encontrar um porquê para
tudo? Se não tenho resposta para todos, melhor não procurar respostas para
nenhum.
Tem um show
do Legião Urbana, que em determinado momento Renato Russo diz: “As pessoas
dizem que tenho as respostas... Mas eu não sei qual é a pergunta!" Cada
dia eu me convenço mais que não quero saber a pergunta. Nenhuma.
Da mesma
forma, outro dia, vi um bate-papo do filósofo Pondé com o religioso Caio Fabio.
O primeiro é um ateu declarado. Caio Fábio disse que Deus precisa de mais
pessoas como Pondé que dizem que Deus não existe, porque de fato Ele não
existe. Não é uma existência palpável, Deus não existe. Deus é. Na mesma ideia,
Nietzsche escreveu que Deus está morto. Porque matamos a ideia de Deus querendo
explicá-lo e encaixotá-lo em dogmas, regras, templos e vicissitudes humanas. E
se Ele é, e somos partes de um todo, então somos, sem porque, sem precisar de por quê.
Há uma
linha tênue entre essa lógica e a alienação e passividade. Tem que estar do
lado da lógica… Não há um porquê, mas
se pode fazer algo para melhorar, façamos… Se está ruim reclame, faça sua
parte. Mas não procure um porquê, uma justificativa divina ou cármica para isso,
só vai aumentar a dor e o sofrimento.
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