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quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Pensamentos

 Não somos uma constante... Entre altos e baixos seguimos em frente… Porque também não temos muita escolha... Não nascemos multimilionários, então temos que seguir…  

 Muitas vezes me senti só mesmo quando acompanhado… Em vários momentos da vida, em momentos que hoje vejo que foram altos, baixos, médios…  Já me questionei e por vezes me pego ainda questionando o porquê de tudo... Já cansei e deixei de pensar besteira por medo... Hoje eu nem tenho medo… Talvez o medo maior seja/fosse do "insucesso" da besteira.  Já tive medo da "punição" divina se algo fosse feito. Mas hoje nem penso mais em dar um fim absoluto a tudo porque não me cabe decidir isso. Não cabe a ninguém. O fim é algo orgânico e natural... Aguardarei sem pressa.

 Os faladores de "capa de livro" diriam: seja grato pelo que tem… Tem gente em situação pior, etc. Mas cada um sabe onde seu calo mais aperta. A gratidão pelo que se tem, pelo que se pode conquistar, vem muito mais das atitudes e do continuar do que ficar pensando em ser grato.  Não peço nunca um fardo menor... Só peço e tento pensar que estou sempre no momento baixo… Que em breve vai subir... Mas por vezes parece que demora tanto... Quem sabe somos como carne... Se ficar macerando no tempero pelo tempo certo fica ótima... Se passar disso fica passada e ruim. E o tempo máximo/certo é impreciso... Se dois pedaços de carne não são iguais, imagina pessoas... Analogias nos ajudam muito... No fim, não nós entendemos tanto quanto entendemos o cozinhar, por exemplo: precisamos mesmo entender porque estamos aqui?  Por que precisamos encontrar um porquê para tudo? Se não tenho resposta para todos, melhor não procurar respostas para nenhum.

 Tem um show do Legião Urbana, que em determinado momento Renato Russo diz: “As pessoas dizem que tenho as respostas... Mas eu não sei qual é a pergunta!" Cada dia eu me convenço mais que não quero saber a pergunta. Nenhuma.

 Da mesma forma, outro dia, vi um bate-papo do filósofo Pondé com o religioso Caio Fabio. O primeiro é um ateu declarado. Caio Fábio disse que Deus precisa de mais pessoas como Pondé que dizem que Deus não existe, porque de fato Ele não existe. Não é uma existência palpável, Deus não existe. Deus é. Na mesma ideia, Nietzsche escreveu que Deus está morto. Porque matamos a ideia de Deus querendo explicá-lo e encaixotá-lo em dogmas, regras, templos e vicissitudes humanas. E se Ele é, e somos partes de um todo, então somos, sem porque, sem precisar de por quê.

 Há uma linha tênue entre essa lógica e a alienação e passividade. Tem que estar do lado da lógica…  Não há um porquê, mas se pode fazer algo para melhorar, façamos… Se está ruim reclame, faça sua parte. Mas não procure um porquê, uma justificativa divina ou cármica para isso, só vai aumentar a dor e o sofrimento.

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