Os ventos que sopravam, ainda sopram em meu rosto. Deixei o deserto que caminhava, e por entre vales ensolarados repletos de frutíferas, construí minha morada.
Os ventos ainda sopram em meu rosto.
Deve ser algum defeito em minha sensação. Sinto o leve frescor do vale, e o morno vento do deserto... Esse vale pode ser melhor do que o nunca alcançado oásis.
Mas os ventos ainda sopram em meu rosto.
Talvez nunca deixem de soprar... Talvez me martirize eternamente com esses ventos mornos que antes impulsionavam em busca do oásis prometido. Talvez me martirize eternamente nessa dúbia sensação: a brisa fresca e segura dos vales, e o cálido vento do deserto...
Não deixarei o vale... mas sempre sentirei o vento que sopra.
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