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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Perdido

Perdido em pensamentos, em palavras que entram por meus ouvidos, e ecoam em minha mente. Em alguns segundos, as palavras cessam da mesma forma que surgiram, e o silêncio enche de vazio meu ser.

Olho para o lado, para todos os lados, e para dentro de mim, vejo crescer uma sensação que não sei explicar, como se um ser estranho tomasse conta de meus pensamentos, vontades, atos. Sei que não sou eu, sei que não deixo de sê-lo. Não. Não mais.

Envolto na confusão de palavras, silêncios, pensamentos e ausência deles, perco-me num tempo que já não existe.Passado, presente, futuro tornam-se uma coisa só, e  já não se diferenciam, tudo é passado, tudo é presente, e por isso, não vejo o futuro. Péssimo, triste e real.

Não era para ser, mas é. Não por culpa minha, não por culpa de outrem. Não por culpa do tempo, não por culpa de alguém, de algo. Não existem culpados. Não existem inocentes. Eu estou aqui, como estive ontem, e antes disso. Como estarei amanhã e depois também. Por quanto tempo? Pelo tempo necessário. Não vejo, não sinto, não enxergo como ser diferente.

Continuarei, seja no silêncio ou turbilhão de palavras. Mesmo que nada adiante, continuarei na certeza de estar fazendo minha parte.

Essa é uma ilustração de uma típica confusão mental, que todos já tivemos em algum momento. Vê-se a princípio que não se sabe o motivo de tal confusão e no fim o eu-lírico começa a demostrar estar chegando a um motivo, mesmo que não tenha certeza de que aquilo é o principal responsável. E pode realmente não ser, mas é alguma coisa que veio a tona naquele momento. Tão importante quanto ir descobrindo os "motivos", é o sentimento de não se abater, de enfrentar o motivo, de não desistir diante daquilo que perturba, daquela dificuldade que não vê solução.

É importante continuar, mesmo diante de qualquer dificuldade, se há a certeza de estar certo. Se não existe essa certeza, deve-se procurar outro caminho, aquele que crê ser o melhor. Se apegar a ele e seguir em frente, e nunca duvidar de sua capacidade. Se a dúvida começar a surgir, é hora de rever suas metas, suas decisões. Não há vergonha em corrigir o rumo da vida. O importante é não desistir.

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