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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Despedida de um guerreiro

Nobre companheiro de batalhas,

Quantas guerras lutamos juntos? Quantas vezes em meio de diversas infantarias, entramos na luta para combater o bom combate e no fim, poucos além de nós restaram? Perdi a conta companheiro, do número de batalhas, o número de vitórias ou derrotas. Hoje, números já não importam.

É tempo de despedida. Foi-se o tempo das batalhas, das guerras e revoluções que lutávamos até o fim. Foi-se o tempo e só sobraram as cicatrizes de lembrança, e elas devem nos bastar. Apenas elas e nada mais.

Não adianta mais saudosismos, as batalhas agora são outras, as frentes são outras, as razões de lutar também, por isso só nos atrasaria tentar manter velhos hábitos de trincheiras passadas. O mundo evolui, os armamentos também, e nossas velhas trincheiras, e tudo que possa haver nelas são inúteis agora.

É hora de partir, fazer como os antigos navegadores e partir em busca de mares nunca antes navegados. Essa é minha vontade, isso devo fazer, já tenho a nau e tripulação completa para tal, e parto ainda hoje, nobre guerreiro.

Quanto a ti, deves seguir teu caminho, teu rumo, combater o bom combate com tua nova equipe; caso ainda não a tenha, busque e encontrará, és um guerreiro experiente, tua liderança pode levar qualquer equipe à vitória. Batalhar sozinho durante um tempo pode parecer agradável, mas com o tempo o peso das batalhas passa a ser um fardo pesado demais para carregar-se só. Descobri isso já nas primeiras guerras, e a partir daí passei a fazer parte de equipes fiéis a nosso regimento. E tenho orgulho e gratidão por ter feito parte de tua equipe diversas vezes. Pude aprender muito, e as cicatrizes não me deixaram esquecer.

Siga teu rumo, seguirei o meu. Guarde apenas o lema do regimento: "No que sempre foi e no que nunca será. Com a benção de Deus, um bom combate sempre lutar".

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