O início dessa história começa em:
http://erranteescritor.blogspot.com/2015/10/novo-mundo-prologo.html
Opiniões, comentários e assuntos do momento, diretamente da cabeça de um escritor errante porque não para no meio do caminho e também erra.
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quarta-feira, 28 de outubro de 2015
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Novo mundo - Capítulo I
O início dessa história começa em:
http://erranteescritor.blogspot.com/2015/10/novo-mundo-prologo.html
http://erranteescritor.blogspot.com/2015/10/novo-mundo-prologo.html
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Novo mundo - Prólogo
Estava cansada.
Mais uma vez chegara de viagem, após fechar mais um pomposo negócio para a empresa na qual trabalhava. Era sempre igual, quando o acerto estava difícil, sempre mandavam ela, viajava, conversava, negociava e no fim conseguia.
Sabia da sua capacidade, mas se sentia muito desvalorizada ali. As pessoas achavam que ela conseguia o que queria apenas por ser uma linda mulher e não por ser persistente e capaz. Se esforçava, deixava muitas vezes de lado sua vida pessoal para vistar clientes em potencial, muitas vezes aturando gracinhas, para receber apenas um tapinha nas costas e um olhar desconfiado dos colegas preguiçosos, que não gostavam de levantar o traseiro de suas cadeiras para fazer o trabalho.
Não via a a hora daquela sexta-feira terminar e poder ir pra casa. Tiraria aquele fim de semana para si, arrumar sua casa, suas coisas, esquecer do mundo a seu redor. Recusou todos os convites que recebeu para o fim de semana, para happy hour, confraternizações e afins. Que se dane tudo. Só queria chegar em casa.
Morava sozinha desde que seus pais morreram num fatídico acidente de carro, sua mãe na hora,e seu pai por uma doença decorrente do acidente, digna dos mais célebres e elaborados episódios de House. Nem ela sabia até hoje realmente o que levara seu pai. Só sabia que agora estava só. Bem, não totalmente só, era a caçula de cinco irmãos, mas filha única do segundo casamento de seu pai, que casara com sua mãe após ficar viúvo. Os irmãos brigavam pelos poucos pertences que o pai deixara, e ela se afastara dessa briga, ficando apenas com o pequeno apartamento que agora morava. Gostava dos irmãos, mas não suportava a relação de amor e desprezo que tinham por ela. Ao que parece eles não gostaram da ideia do pai se casar apenas três meses depois da morte da primeira esposa, e acabavam, sem perceber, descontando na irmã mais de vinte anos mais nova.
Quase se casara, alguns anos atrás, mas desistira a tempo. Chegou a preparar tudo para casar, mas percebeu que não era o que queria para si, ia se casar apenas por "medo" de ficar sozinha com um amigo de seu irmão mais novo. Terminara tudo, mas por muito tempo o ex noivo ainda mantinha as esperanças de que fosse apenas um adiamento. Mas para ela era mesmo o fim, mesmo com as constantes investidas dele.
Estava realmente cansada. De tudo e de todos: trabalho, família, ex-noivo, falsos amigos interesseiros... Precisava de novos ares, novas conquistas, conhecer pessoas diferentes. Mas era sempre a mesma coisa quando conhecia alguém, antes de conhecê-la já a julgava por ser bela e simpática. Os homens ficavam interessados, e já jogavam piadinhas, e as mulheres que não faziam o mesmo (tinha horror disso!), ficavam com inveja, julgando-a uma ameaça que ela nunca quis ser.
Ligou o computador para ler seus emails e as notícias do dia. No email lixo e mais lixo. As notícias, cada uma pior que a outra. Ah se pudesse criar um mundo novo! Virar uma personagem de sua própria história, em um mundo isento de cobranças e problemas.
Olhou no alto da página de notícias, o ícone do bate-papo. Iria criar seu próprio personagem no mundo virtual, conhecer pessoas de todos os lugares, encontrar alguém para conversar que não a veria nem se influenciaria por sua aparência antes de conhecê-la de verdade.
E é nesse momento que a história que mudará sua vida começa...
Mais uma vez chegara de viagem, após fechar mais um pomposo negócio para a empresa na qual trabalhava. Era sempre igual, quando o acerto estava difícil, sempre mandavam ela, viajava, conversava, negociava e no fim conseguia.
Sabia da sua capacidade, mas se sentia muito desvalorizada ali. As pessoas achavam que ela conseguia o que queria apenas por ser uma linda mulher e não por ser persistente e capaz. Se esforçava, deixava muitas vezes de lado sua vida pessoal para vistar clientes em potencial, muitas vezes aturando gracinhas, para receber apenas um tapinha nas costas e um olhar desconfiado dos colegas preguiçosos, que não gostavam de levantar o traseiro de suas cadeiras para fazer o trabalho.
Não via a a hora daquela sexta-feira terminar e poder ir pra casa. Tiraria aquele fim de semana para si, arrumar sua casa, suas coisas, esquecer do mundo a seu redor. Recusou todos os convites que recebeu para o fim de semana, para happy hour, confraternizações e afins. Que se dane tudo. Só queria chegar em casa.
Morava sozinha desde que seus pais morreram num fatídico acidente de carro, sua mãe na hora,e seu pai por uma doença decorrente do acidente, digna dos mais célebres e elaborados episódios de House. Nem ela sabia até hoje realmente o que levara seu pai. Só sabia que agora estava só. Bem, não totalmente só, era a caçula de cinco irmãos, mas filha única do segundo casamento de seu pai, que casara com sua mãe após ficar viúvo. Os irmãos brigavam pelos poucos pertences que o pai deixara, e ela se afastara dessa briga, ficando apenas com o pequeno apartamento que agora morava. Gostava dos irmãos, mas não suportava a relação de amor e desprezo que tinham por ela. Ao que parece eles não gostaram da ideia do pai se casar apenas três meses depois da morte da primeira esposa, e acabavam, sem perceber, descontando na irmã mais de vinte anos mais nova.
Quase se casara, alguns anos atrás, mas desistira a tempo. Chegou a preparar tudo para casar, mas percebeu que não era o que queria para si, ia se casar apenas por "medo" de ficar sozinha com um amigo de seu irmão mais novo. Terminara tudo, mas por muito tempo o ex noivo ainda mantinha as esperanças de que fosse apenas um adiamento. Mas para ela era mesmo o fim, mesmo com as constantes investidas dele.
Estava realmente cansada. De tudo e de todos: trabalho, família, ex-noivo, falsos amigos interesseiros... Precisava de novos ares, novas conquistas, conhecer pessoas diferentes. Mas era sempre a mesma coisa quando conhecia alguém, antes de conhecê-la já a julgava por ser bela e simpática. Os homens ficavam interessados, e já jogavam piadinhas, e as mulheres que não faziam o mesmo (tinha horror disso!), ficavam com inveja, julgando-a uma ameaça que ela nunca quis ser.
Ligou o computador para ler seus emails e as notícias do dia. No email lixo e mais lixo. As notícias, cada uma pior que a outra. Ah se pudesse criar um mundo novo! Virar uma personagem de sua própria história, em um mundo isento de cobranças e problemas.
Olhou no alto da página de notícias, o ícone do bate-papo. Iria criar seu próprio personagem no mundo virtual, conhecer pessoas de todos os lugares, encontrar alguém para conversar que não a veria nem se influenciaria por sua aparência antes de conhecê-la de verdade.
E é nesse momento que a história que mudará sua vida começa...
Continua
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
Tempo de adeus.
É chegado o tempo de dizer adeus.
Por muito tempo ignorou-se, e esse momento era adiado inutilmente. Os fatos e evidências ocorriam e eram simplesmente ignorados por todos. Mas isso não é momento para tristeza,nem qualquer tipo de alarde. Tampouco é momento para saudosismos. É tempo de pensar que tudo tem seu tempo, não se pode nem se deve lutar contra os desígnios de Deus ou lutar contra nossas próprias escolhas.
O tempo de batalhas, o tempo de porquês já passou há muito tempo, só não foi devidamente percebido, e por não enxergar, se concluiu que o outrora se misturara com o agora e ainda se fez a utopia de solidez e liberdade.
Não existe liberdade para pássaros que optam por viver em gaiolas; quando nascem, vivem fora delas e depois optam por entrar e ficar, mesmo que nessa prisão não existam grades e a porta esteja sempre aberta. Se foi por vontade própria e assim continua sendo, sempre será.
Por isso, decidi não interagir. Já fui além da conta, o suficiente para não serem entendidas minhas palavras, nem as escritas nem as faladas. Hoje, mesmo quando ouço o gorjeio dos pássaros,apenas respiro fundo sorrio e sigo em frente. Nada de passos atrás, por batalhas passadas e já concluídas.
Nada de lutar batalhas alheias, mesmo que me peçam. Cada um tem suas próprias batalhas, e para isso existe o tempo de seguir em frente "só". E esse tempo já chegou há muito, só não se percebeu.
É chegado o tempo do adeus.
Por muito tempo ignorou-se, e esse momento era adiado inutilmente. Os fatos e evidências ocorriam e eram simplesmente ignorados por todos. Mas isso não é momento para tristeza,nem qualquer tipo de alarde. Tampouco é momento para saudosismos. É tempo de pensar que tudo tem seu tempo, não se pode nem se deve lutar contra os desígnios de Deus ou lutar contra nossas próprias escolhas.
O tempo de batalhas, o tempo de porquês já passou há muito tempo, só não foi devidamente percebido, e por não enxergar, se concluiu que o outrora se misturara com o agora e ainda se fez a utopia de solidez e liberdade.
Não existe liberdade para pássaros que optam por viver em gaiolas; quando nascem, vivem fora delas e depois optam por entrar e ficar, mesmo que nessa prisão não existam grades e a porta esteja sempre aberta. Se foi por vontade própria e assim continua sendo, sempre será.
Por isso, decidi não interagir. Já fui além da conta, o suficiente para não serem entendidas minhas palavras, nem as escritas nem as faladas. Hoje, mesmo quando ouço o gorjeio dos pássaros,apenas respiro fundo sorrio e sigo em frente. Nada de passos atrás, por batalhas passadas e já concluídas.
Nada de lutar batalhas alheias, mesmo que me peçam. Cada um tem suas próprias batalhas, e para isso existe o tempo de seguir em frente "só". E esse tempo já chegou há muito, só não se percebeu.
É chegado o tempo do adeus.
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