Conheceu mundos fora do seu, universos dos quais não poderia fazer parte. Algumas vezes até tentou se inserir, mas nunca lhe era permitido. Por vezes sentia-se só, mesmo acompanhado.
Foi dupla, foi trio, foi grupo, sempre pelo tempo que era de interesse. Não tem porque se queixar, usufruiu do benefício pelo tempo que lhe permitiram, tanto quanto outros. Mas sentiu falta, e certas vezes ainda sente, da veracidade do "para sempre" que lhe fora prometido, principalmente quando o "para sempre" funcionava para outros, não para ele.
Percorreu caminhos, tentou ser ele mesmo, tentou ser outro, por vezes caía, mas acabava levantando e seguindo, ora mais rápido, ora mais devagar. Por vezes viveu, em outras ocasiões apenas sobreviveu. Mas isso foi o bastante para não desabar de vez.
Hoje está cansado, anda devagar, sem pressa, sentindo os sabores e dissabores de estar vivo. Por vezes apenas senta numa pedra em algum povoado por onde passa, e conta suas histórias, pausadamente. E cada vez que conta, um detalhe novo aparece, outro acaba sendo omitido, sem perder a essência do que é contado.
E essas histórias é que serão contadas aqui, pouco a pouco, sem pressa, sem fim...
continua
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