Caminho como faço há muito tempo. Já não tenho mais a força de outrora, mas mantenho meus passo, mesmo que nem tão firmes, sem desistir.
Olho e ao longe vejo uma figura conhecida: Anjo. Vejo sem ser visto, e quem o acompanha também conheço, ambos personagens de velhas histórias contraditórias. Fazem parte de passos já dados, lições já aprendidas, e histórias já recontadas ou simplesmente esquecidas. Mas me traz uma certeza já antiga, de que nunca de fato tivera um escudeiro presente.
Houve tempo em um povoado chamado tukrO que se dizia que Anjo acompanhava um certo guerreiro, já há tempos. Questionara-o a respeito, que negou veementemente, com ressalvas de indignação com tal informação.
Hoje olho e sorrio. Talvez já o acompanhe desde a época que me prometera presença nos campos de batalha, mas cumpriu sua missão mesmo que em campos ilusórios. Fora um grande aprendizado sem dúvida, mesmo por vezes tendo meu escudo desamparado, caído ao chão me expondo ao perigo. Sobrevivi, isso foi o importante.
Olho novamente e não mais os vejo. Sento em uma pedra, e olho a vastidão a minha frente, um deserto conhecido, no qual me sinto seguro. Resolvo escrever algumas linhas com um velho carbono. Uma via será queimada, para que o vento decida aonde levar. A outra será enterrada nas areias, a espera que alguém a encontre. Não sei ao certo quantas serão escritas, talvez três, talvez trezentas. Talvez sejam todas de uma vez, ou uma a cada século... O importante é colocar no papel as palavras, e deixar que se decidam que rumo tomar.
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