Então é Natal... Não, não caro leitor. Não recitarei nem colocarei aqui a velha e recorrente música da época de Natal gravada pela cantora Simone. Tampouco colocarei uma mensagem de Natal, como de costume. Essa é mais uma mensagem de esperança.
Pelo segundo ano seguido, temos um Natal em meio a dúvidas, medos e receios por causa dessa pandemia global. Caso você esteja lendo esse texto bem depois, saiba que os anos de 2020 e 2021 foram bem complicados em todo o mundo. Pandemia de um vírus que dizimou uma boa parte das pessoas e afetou tantas outras. Só no Brasil passamos do meio milhão de óbitos pela COVID19. E mais uma vez, chegamos ao Natal em meio a tudo isso. Dessa vez temos vacina, e o ritmo de mortes e contaminações diárias parecem ter desacelerado um pouco, mas ainda está alto o bastante para não relaxar nos cuidados.
E esta é a grande esperança. Celebramos o nascimento de Jesus, para os que creem filho de Deus feito homem que nasceu e viveu dentre nós, e morreu por nossa ignorância e pecado. Morreu pela soberba humana, pelo medo de perderem o poder e a influência do povo. Para os que não creem é apenas uma festa pagã, onde muitos trocam presentes e confraternizam. Para ambos casos, insisto em dizer ser um tempo de esperança.
Em sete dias o ano se encerra, e vem a grande pergunta, presente até na música cita anteriormente: o que você fez? O ano termina e nasce outra vez... O que queremos do ano que está chegando? O que aprendemos com esse ano que passou? O que levamos de tudo que passamos e o que deixamos para trás?
Talvez eu já tenha respondido grande parte dessas questões ao longo dos poucos textos que escrevi este ano, mas mesmo assim posso resumir, respondendo a cada pergunta. Algo como uma confissão de fim de ano.
Fiz pouco, ou bem pouco do que pretendia esse ano, assim como todos os que iniciam o ano planejando. Cada vez tenho planejado menos e mesmo assim não cumprindo tudo. Estou vivo, e diante das intempéries que andam tendo no mundo isso é um lucro grande. Quero um ano de paz, de renovação e ajustes. É complicado, porém, a verdade é que no fim 2021 foi mentalmente muito mais exaustivo que o ano anterior. Aprendi que por mais que tente, muitas coisas não mudam, muitas pessoas têm uma dificuldade grande de aceitar que não estão sempre certas, que discordar nem sempre é um ato anárquico e sim de sabedoria e paz de espírito. Levo comigo esse aprendizado que as pessoas se perdem e por mais que tentemos ajudar, muitas vezes não querem ajuda ou não conseguem aceitar a ajuda. E como o resgate de um afogado, arriscamos nos afogar tentando ajudar, a diferença é que nem sempre é possível desacordar alguém para puxar para margem. Em muitos casos a pessoa tem que perceber ser o caminho certo, e não vir sem sentido., pois se assim o fizer, voltará para as "águas profundas" para afogar-se. Deixo para trás muito mais do que gostaria, e muito menos que precisava. Deixo grande parte da culpa que nunca tive, da mágoa que nunca foi provocada e de outros sentimentos similares que nunca foram sentidos. No entanto, deixo também a memória de pessoas especiais que se foram, vítimas da pandemia e da imprudência, principalmente governamental, agora estão junto ao Pai. A saudade fica, mas as lembranças também. E a esperança de um recomeço no novo ano.
Não será um ano fácil. Recomeços nunca são, mas é preciso enfrentar as mudanças, superar o desanimo, vencer o ócio e passar pelos dias difíceis. Os dias bons retornarão. Eu tenho fé.
Feliz e abençoado Natal. E um novo ano de mudanças e paz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caro leitor, fique a vontade para dar sua opinião: