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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Um ano mais...

Um ano mais termina, um ano mais começa. E nesse dia que é o último desse ano, gostaria de me unir a todos que nesse dia lembram dos dias que passaram e planejam o que diferente fariam.

Não, não. Não faço promessas, não sei como será o amanhã, por mais que eu saiba o que gostaria de fazer, não sou o "dono do mundo", nem o "senhor dos acontecimentos", e o que ocorre à nossa volta influencia e muito o que conseguimos ou não fazer.

Tudo o que posso prometer é tentar acertar onde errei, e errar de uma forma que não prejudique ninguém além de mim mesmo. Suporto meus erros, e aprendo com eles, não me iludo imaginando que não vou errar. Sou imperfeito e sei que errarei e muito no próximo ano, tanto ou até mais que esse ano. Mas quero erros novos, coisas que ainda não aprendi, e não repetir erros sem volta.

O que eu pediria se pudesse realizar um desejo? Pediria que assim que virasse o ano, fosse dia 1º de janeiro de 2014. Sim, dois mil e quatorze, o início desse mesmo ano que termina. Não foi o ano de nenhuma grande conquista, nem nenhum grande acontecimento em minha vida. Foi um ano comum, um ano normal, que acabou com o meu velho ciclo dos anos pares que já durava cerca de 20 anos.

Em geral, pouca coisa acontece nos anos impares para mim. Nos últimos 20 anos o único ano ímpar que aconteceu algo muito importante para mim foi 2009. Fora esse todos os anos pares nesse mesmo período teve algum acontecimento impactante em minha vida.

Quero viver novamente 2014, cometer os mesmos erros, transformar outros em acertos, cometer novos erros. Quero novamente não me sentir frustrado ao celebrar o ano novo num quarto de pousada numa cidade que mal solta fogos nesse dia, mas que é muito agradável. Quero novamente fugir do carnaval, para entrar em gélidas águas para depois ficar torcendo no ônibus, para que a Escola de Samba mais perto da minha casa não ganhasse e assim eu conseguisse chegar rápido em casa. Quero novamente me decepcionar com a arbitragem que anula gol legítimo do meu time e valida gol impedido do outro, tirando o título merecido do time que eu torço. Quero ficar irritado com quem comanda meu time por sua incompetência por não honrar o tamanho da instituição.

Quero tirar férias para poder fazer tudo que não faço. Quero comer o que posso e às vezes o que não posso, passando ou não mal por isso. Quero beber o que devo e quanto devo (ou não), mesmo sabendo das consequências. Quero repetir os muitos almoços, jantares, em casa e fora com a pessoa que amo.

Quero fazer o que sei fazer, e novamente arriscar o que não tenho prática, mesmo as custas de contusões e machucados. Quero conhecer pessoas e deixar outras que querem partir seguirem seu caminho.

Quero tanta coisa novamente... E tudo que quero simplesmente é viver, seja errando ou acertando. Esse ano, dois mil e quatorze não volta mais, por mais que eu queira. Só me resta batalhar para que o próximo ano, dois mil e quinze, possa ser melhor, quem sabe assim ao menos ele seja igual. E que assim seja a cada ano, melhor, melhor, melhor...

Um novo ano de muita paz a todos. Um ano abençoado por Deus e edificado por nós.



Um ano mais... Que todos tenham felicidades..


quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

É Natal...

Natal.

Uma vez mais, é Natal. E a que Natal chegamos?

Ao natal de comidas, bebidas, presentes? Ao Natal de estarmos em família, comemorando, celebrando? Você tem o poder de decidir qual Natal você quer para você, para sua família e amigos.

Faça do Natal uma verdadeira ode a vida. Celebre a vida que você tem, agradeça por ela, agradeça pela vida das pessoas que estão contigo. Lembre-se da origem do Natal, que é celebrar o nascimento de Jesus. Independente de qual é sua religião e até mesmo se você não tem religião, deve admitir que Ele foi o cara. Nasceu pobre, mas isso não o impediu de seguir e lutar por seus ideais, pelo que era certo. Reuniu junto a si não grandes chefes, nem poderosos, e sim pescadores, trabalhadores braçais, pobres, doentes, marginalizados, pecadores ao olhos da sociedade da época. Sem fazer nenhuma revolução, revolucionou o mundo a ponto de incomodar os poderosos da época, que fizeram de tudo e não descansaram até vê-lo morto. Mal sabiam que o matando, tornaram sua presença ainda maior.

Jesus Cristo foi tão representativo na história, que até hoje influencia a vida das pessoas a ponto de até aqueles que não creem nele, param tudo quando é época de Páscoa, recordando sua morte e ressurreição, e agora, uma vez mais, para "celebrar seu nascimento", comemorar seu aniversário.

Em homenagem a esse dia especial e também ao humorista Bolanos que morreu esse ano, um vídeo de Natal de seu personagem mais famoso, deixando uma bela mensagem. Simples e pura, como era seu humor.


Desejo a vocês um Natal iluminado e de muita paz.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Nova ortografia? Por quê?

Compartilho com vocês hoje um texto enviado por um grande amigo, cujo autor eu desconheço. Caso alguém saiba por favor me informe para que eu possa dar o devido crédito.

O texto fala da questionável reforma ortográfica que tivemos em nossa língua portuguesa... Ainda me questiono por que a tivemos? Antes de minha opinião o texto:


Quando eu escrevo a palavra acção, por magia ou pirraça, o computador retira automaticamente o C na pretensão de me ensinar a nova grafia.

De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda, eu próprio vou tirando as consoantes que, ao que parece, estavam a mais na língua portuguesa.

Custa-me despedir-me daquelas letras que tanto fizeram por mim.

São muitos anos de convívio.

Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes CCC's e PPP's me acompanharam em tantos textos e livros desde a infância.

Na primária, por vezes gritavam ofendidos na caneta vermelha da professora:  - não te esqueças de mim!

Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda, como quem diz, sei que não falas, mas ainda bem que estás aí.

E agora as palavras já nem parecem as mesmas.

O que é ser proativo?

Custa-me admitir que, de um dia para o outro, passei a trabalhar numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns também nos frangos, que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os meus sapatos.

Depois há os intrusos, sobretudo o R, que tornou algumas palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou autorretrato.

Caíram hifenes e entraram RRR's que andavam errantes.

É uma união de facto, e  para não errar tenho a obrigação de os acolher como se fossem família. Em 'há de' há um divórcio, não vale a pena criar uma linha entre eles, porque já não se entendem.

Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os EEE's passaram a ser gémeos, nenhum usa (^^^) chapéu.

E os meses perderam importância e dignidade; não havia motivo para terem privilégios. Assim, temos  janeiro, fevereiro, março, são tão importantes como peixe, flor, avião.

Não sei se estou a ser suscetível, mas sem P, algumas palavras são uma autêntica deceção, mas por outro lado é ótimo que já não tenham.

As palavras transformam-nos.

Como um menino que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos.

Sei que tudo vai correr bem, espero que a ausência do C não me faça perder a direção, nem me fracione, e nem quero tropeçar em algum objeto.


Porque, verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem atuante com um C a atrapalhar.

Só não percebo porque é que temos que ser NÓS a alterar a escrita, se a LÍNGUA É NOSSA ...? ! ? ! ?
 

Os ingleses não o fizeram, os franceses desde 1700 que não mexem na sua língua e porquê nós?

 Ou atão deichemos que os 35 por cento de anal fabetos  fassão com que a nova ortografia imponha se bué depréça !

No fim respondo minha pergunta: é mais fácil alterar a ortografia para todos os lusofônicos do que garantir que todos saibam-na corretamente.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Os sete sem razão...

Loucura, falta de razão... Até onde consegue ir a insanidade das palavras, dos atos, das ações, dos pensamentos... Não há limite para o que possa ser ou deixar de sê-lo. Não o sou, nunca o fui, mas talvez um dia ainda o seja.

A gula, a fome de coisas materiais, que inflam o corpo, entorpecem o cérebro e destroem a alma. Tão fraca,tão servil sem serventia. Não me anima essas coisas, não me seduz, não me faz inveja. Ah! Inveja... Inveja de quem consegue levar sua vida sem se preocupar, sem saber do que se passa e sem passar da alegria a tristeza em um piscar de olhos. Inveja das conquistas que eu mesmo tive, inveja de quem age sem culpa. Pena de quem vive assim.

Quereria uma vida assim, sustentada e tranquila, sem medos nem devaneios, sem loucuras ou "sensatezas", apenas uma vida vivida. Ah! Se a tivesse, avaro seria, e essa então seria minha única avareza. Ou seria avareza cuidar e zelar pelo que é seu? Melhor não, porque me orgulho do que tenho, do que conquistei, nem tanto do que fiz ou faço, alguns erros, alguns em falso passos. Aqui dentro da mente e fora dela também. Erros conscientes, erros coniventes. Não me orgulho disso, nem de nada mais.

Pensando em tantos erros, a ira me sobe a mente, mas com ninguém além de mim. Olho ao redor, e tudo que vejo é uma luxúria desenfreada, uma luxúria sem luxo e depravada. Nas ruas, nas casas, no meio de quem deveria nos defender, quem deveria governar nosso país, estado, cidade. Mais que luxúria, a palavra certa seria "putaria" mesmo, pois a luxúria em sua origem já invadiu nossas casas pelas telas: Tvs, computadores e afins. Quem busca encontra, quem não busca também.

Perdoe-me Deus, perdoe-me. Por tanta sandice, e insanidade, por tanta entrega sem razão e resistência sem sentido. Só me resta vencer a preguiça de mudar, de ser o que sou, mas não como sou e sim como seria se simplesmente fosse.

Do fundo do ser e de qualquer pensamento que jaz por ter. Enquanto durar a chama crepitante do ser.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

É tempo do advento...

Mais um ano passa em uma velocidade difícil de acompanhar e mais uma vez chegamos ao Tempo do Advento, que são as quatro semanas que antecedem o Natal.

Tempo de reflexão, tempo de meditação, tempo de olharmos para dentro de nós e pensarmos de que forma chegaremos a mais um Natal. Melhor que no ano anterior? Igual? Pior?

Vamos deixar um pouco de lado todo esse clima consumista e glutão que embutem à festa natalina, com esse pensamento de presentes, ceia etc. Não entremos também por enquanto na parte religiosa, da celebração do nascimento de Cristo, nos concentremos em nós, como chegaremos a esse próximo Natal, em estado de espírito, humor, vida.

Há quem faça promessas nessa época, prometem fazer mais, se chatear menos e chatear menos aos outros, alguns prometem trabalhar mais, trabalhar menos, ou simplesmente trabalhar. Viver mais, não apenas manter-se vivo. Tantas promessas que se perdem ao longo do tempo, que às vezes nos entristecemos de perceber que pouco fizemos do tanto que queríamos.

Porém, o que quero hoje é que você olhe com carinho tudo que aconteceu contigo nesses meses, desde o último Natal até hoje. Lembre dos momentos bons, dos tristes, dos seus erros, seus acertos, dos bons pensamentos, dos ruins. Avalie, pense e perceba que tanta coisa aconteceu e você nem percebeu, tantas vitórias, derrotas... Sim, as derrotas fazem parte da vida, mas ao lembrar de cada queda, lembre também que você foi capaz de levantar, e a nova cicatriz que ganhou te ajudará nas batalhas futuras.

Gaste alguns minutos de seu dia para fazer essa reflexão. De hoje até a noite de Natal você tem ainda cerca de 21 dias para se preparar e chegar de coração limpo a esse dia especial. Aproveite esses dias e coloque de lado todo sentimento de mágoa, rancor, raiva, todo sentimento que te faz mal. Se o mundo não é o melhor para você, seja o melhor para o mundo e para as pessoas a seu redor, faça sua parte, pois semeando o bem, você colherá o bem. Tem feito isso e não tem visto resultado? Lembre-se que as grandes árvores que duram séculos e suportam grandes tempestades, possuem grandes raízes que demoram a se formar.

É advento, um novo tempo se avizinha, e as bençãos chegarão ao tempo certo para quem se manter aberto para elas, para quem não desistir de buscar.