Loucura, falta de razão... Até onde consegue ir a insanidade das palavras, dos atos, das ações, dos pensamentos... Não há limite para o que possa ser ou deixar de sê-lo. Não o sou, nunca o fui, mas talvez um dia ainda o seja.
A gula, a fome de coisas materiais, que inflam o corpo, entorpecem o cérebro e destroem a alma. Tão fraca,tão servil sem serventia. Não me anima essas coisas, não me seduz, não me faz inveja. Ah! Inveja... Inveja de quem consegue levar sua vida sem se preocupar, sem saber do que se passa e sem passar da alegria a tristeza em um piscar de olhos. Inveja das conquistas que eu mesmo tive, inveja de quem age sem culpa. Pena de quem vive assim.
Quereria uma vida assim, sustentada e tranquila, sem medos nem devaneios, sem loucuras ou "sensatezas", apenas uma vida vivida. Ah! Se a tivesse, avaro seria, e essa então seria minha única avareza. Ou seria avareza cuidar e zelar pelo que é seu? Melhor não, porque me orgulho do que tenho, do que conquistei, nem tanto do que fiz ou faço, alguns erros, alguns em falso passos. Aqui dentro da mente e fora dela também. Erros conscientes, erros coniventes. Não me orgulho disso, nem de nada mais.
Pensando em tantos erros, a ira me sobe a mente, mas com ninguém além de mim. Olho ao redor, e tudo que vejo é uma luxúria desenfreada, uma luxúria sem luxo e depravada. Nas ruas, nas casas, no meio de quem deveria nos defender, quem deveria governar nosso país, estado, cidade. Mais que luxúria, a palavra certa seria "putaria" mesmo, pois a luxúria em sua origem já invadiu nossas casas pelas telas: Tvs, computadores e afins. Quem busca encontra, quem não busca também.
Perdoe-me Deus, perdoe-me. Por tanta sandice, e insanidade, por tanta entrega sem razão e resistência sem sentido. Só me resta vencer a preguiça de mudar, de ser o que sou, mas não como sou e sim como seria se simplesmente fosse.
Do fundo do ser e de qualquer pensamento que jaz por ter. Enquanto durar a chama crepitante do ser.
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