Sento e penso em escrever algo. Mas a mente começa a se esvaziar assim que começo a escrever. Paro onde estou, salvo fecho e tento mais tarde. E novamente o processo se repete, no meio do texto, a ideia se vai e fico parado, sem saber o que escrever, como continuar.
E os textos, as ideias vão virando rascunhos incompletos, esperando o dia em que poderão ser terminados e lidos. Se fosse em papel, formariam uma pilha, ou virariam bolas massadas de papel. Na tela do computador ganham uma sobrevida, uma nova chance de um dia terem forma. E vida.
As ideias nunca aparecem quando se tem como anotá-las. Certas vezes, caminhando aparecem sem que eu possa parar e anotar. E nesses momentos parecem que procriam, desenvolvem-se com coesão e beleza, para morrerem sem vida e esqueléticas quando tenho oportunidade de escrever.
Leitor, esse pequeno texto não é uma desculpa pela falta de um bom texto para leres. É um desabafo, é um pouco de mim nessas linhas, para sentires que nem sempre é fácil trazer até ti algo que possa me orgulhar e lhe entreter. Escrever é para mim algo prazeroso, relaxante, quase terapêutico, mas isso não quer dizer que seja sempre fácil.
Uma escritora que conheci, certa vez me disse que a tristeza inspira mais que a alegria, e talvez esse seja o problema e se assim for sou grato pela falta de inspiração. Mas de fato não creio muito nisso. Acredito muito nos extremos, esses sim inspiram mais.
Momentos pontuais de grande alegria ou tristeza ou qualquer outro sentimento inspira a expansão da própria alma que extravasa pelas palavras, e forma um texto belo, fluido e bom de se ler.
Os extremos acontecem. Acredite. E belos textos virão. Por enquanto peço que perdoe este que escreve, que está aqui por ti e por si. Como sempre...
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