Passado, presente e futuro. Três épocas distintas, três partes da vida.
A primeira, repleta de aprendizados, de erros e acertos, formada de toda uma bagagem histórica que nos modelou e nos modificou para vivermos a segunda, o presente, no qual semeamos e construímos dia a dia a terceira parte da nossa vida: o futuro, cheio de surpresas, mas sobretudo consequências dos atos e decisões presentes. Épocas distintas, interligadas por um único elemento que somos nós, atores em constante evolução e aprendizado no grande palco da vida.
Neste grande palco, inúmeros atores contracenam conosco. Alguns permanecem por vários capítulos, outros fazem participações pontuais, mas cada um tem sua importância no seu devido tempo. Dessa forma cada personagem, nosso ou de outrem, tem o seu tempo de atuação, e tentar prolongar esse tempo, provoca consequências inadequadas e extremamente desagradáveis tanto para nós, que passamos a ser um arremedo do que podemos ser, quanto para aqueles que são os eternos e mais importantes protagonistas de nossas vidas.
Tão comum na atualidade, vários palcos distintos, "virtuais" e "reais" nos fazem criar personagens diversos: tímidos se fazem de corajosos e desinibidos quando precisam falar, sentimentais vestem uma carapuça fria para não expressarem seus sentimentos, mal informados fingem-se de sábios para não passar vergonha em uma conversa etc. No fim todos somos personagens de nós mesmos, no dia-a-dia da vida, dentro ou fora do palco virtual da internet.
Mas nenhum desses personagens pode contrariar a essência principal e princípios do seu autor/ator, pois quando isso ocorre ele se perde, a história se perde, a vida se perde, pouco a pouco, mesmo que não se perceba de imediato, e quando se dá conta, pode ser tarde demais.
Opiniões, comentários e assuntos do momento, diretamente da cabeça de um escritor errante porque não para no meio do caminho e também erra.
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quarta-feira, 26 de julho de 2017
sexta-feira, 21 de julho de 2017
Especial
Hoje, contrariando o hábito de uma postagem semanal, escrevo por ser um dia especial. Assim como tem sido todos os meus dias desde que nos "achamos", principalmente nesses últimos 1826¹ dias de convívio diário, aprendizados, erros e acertos, mas sempre juntos.
Minha capacidade poética está muito aquém para conseguir expressar de forma fidedigna o que sinto, o que é deveras merecido. Por isso, deixo essa bela canção composta por JS Bach e tão bem "letrada" e adaptada por Flávio Venturini.
Sequer me atrevo a comentar a letra, tamanha a beleza e proximidade com o que quero expressar. Obrigado por cada dia, hora, minuto e segundo. Cada momento juntos, mesmo quando longe fisicamente, sempre estamos perto em pensamento e coração.
²Olho para o céu
Tantas estrelas dizendo da imensidão
Do universo em nós
A força desse amor
Nos invadiu...
Com ela veio a paz, toda beleza de sentir
Que para sempre uma estrela vai dizer
Simplesmente amo você...
Meu amor..
Vou lhe dizer
Quero você
Com a alegria de um pássaro
Em busca de outro verão
Na noite do sertão
Meu coração só quer bater por ti
Eu me coloco em tuas mãos
Para sentir todo o carinho que sonhei
Nós somos rainha e rei
Na noite do sertão
Meu coração só quer bater por ti
Eu me coloco em tuas mãos
Para sentir todo o carinho que sonhei
Nós somos rainha e rei
Olho para o céu
Tantas estrelas dizendo da imensidão
Do universo em nós
A força desse amor nos invadiu...
Então...
Veio a certeza de amar você...
1)Para quem fez a conta dos dias, não esqueça que 2016 foi ano bissexto.
2) Céu de Santo Amaro
quarta-feira, 19 de julho de 2017
Direitos, mas também deveres
Recebi esse texto algumas vezes e gostaria de compartilha-lo com vocês. Não sei ao certo a autoria, alguns dizem ser do Pe Fábio de Melo, scj, mas não tenho certeza.
“Eu cresci comendo a comida que minha mãe podia colocar na mesa, sempre respeitei minha mãe e as pessoas mais velhas…
Tive TV com 3 canais e não mexia para não quebrar, e antes de sair para escola arrumava a minha cama…
Fazia o juramento à bandeira na escola, bebia água de torneira, andava descalço, tênis barato e roupas sem marca, não tive celular, nem tablet e muitos menos computador…
Ajudava minha mãe nas tarefas de casa, e não achava que era exploração infantil, tinha horário para dormir.
Quando tirava boas notas não ganhava presentes, porque não tinha feito mais que minha obrigação. Notas baixas era castigo, apanhava quando aprontava e isso era apenas um corretivo e não caso de polícia!
E não sou revoltado, não faço analise em médico, e não falta nenhum pedaço em mim.
Menos frescura e mais disciplina para essa geração! É disso que o mundo e as crianças estão precisando!
Ordem, Respeito, Disciplina, Bondade, Educação, Obediência e Amor…
Por um mundo onde não haja só direitos, mas também Deveres!”
“Eu cresci comendo a comida que minha mãe podia colocar na mesa, sempre respeitei minha mãe e as pessoas mais velhas…
Tive TV com 3 canais e não mexia para não quebrar, e antes de sair para escola arrumava a minha cama…
Fazia o juramento à bandeira na escola, bebia água de torneira, andava descalço, tênis barato e roupas sem marca, não tive celular, nem tablet e muitos menos computador…
Ajudava minha mãe nas tarefas de casa, e não achava que era exploração infantil, tinha horário para dormir.
Quando tirava boas notas não ganhava presentes, porque não tinha feito mais que minha obrigação. Notas baixas era castigo, apanhava quando aprontava e isso era apenas um corretivo e não caso de polícia!
E não sou revoltado, não faço analise em médico, e não falta nenhum pedaço em mim.
Menos frescura e mais disciplina para essa geração! É disso que o mundo e as crianças estão precisando!
Ordem, Respeito, Disciplina, Bondade, Educação, Obediência e Amor…
Por um mundo onde não haja só direitos, mas também Deveres!”
quarta-feira, 12 de julho de 2017
Velhos arquivos
Um raro momento de ócio, remexo velhos arquivos. Muito lixo a ser descartado em meio de algumas lembranças de tempos e pessoas diversas, de tanta coisa que me ajudou a ser quem hoje sou.
Não importa, estou feliz de responder, estou feliz de escrever, mesmo que ao fazê-lo peque numa intromissão sem medida, por ser uma mensagem não direcionada a mim. Que eu tenha o devido perdão nesse caso.
Mas tua visão do mundo superou qualquer destinatário e seu triste tom de despedida me fez lembrar de tempos em que eu descri de mim mesmo. E talvez por isso, se minhas palavras chegarem até ti, podem ter serventia.
Sim, os dias são complicados, nos preocupamos muito com a opinião alheia, muito mais que deveríamos, mas teu foco foi o correto, em especial da pessoa principal a opinar. Precisamos disso, precisamos de alguém para dividir o fardo da escolha, da opinião, mesmo que diversa da nossa, alguém que defenderá nosso ponto de vista mesmo sendo contra. Tu tinhas e creio que ainda tens e isso manterá tua vontade de viver.
Não carregue tua cruz só. Jesus Cristo, o próprio Deus feito homem, teve ajuda para chegar ao Calvário. Tampouco peça uma cruz menor; Deus sabe o tamanho que aguentas e precisas. Peça forças e divida suas angústias com Deus e com os 'anjos humanos' que Ele colocar em teu caminho.
Força, foco e fé."
Acabo de escrever e deixo de lado o "papel e caneta". Que saudade tenho desses tempos em que era realmente papel e caneta. Fecho o texto que escrevi e salvo num arquivo. Junto ele ao arquivo que encontrara e ambos seguem para eternidade perdida dos bytes deletados.
Estas linhas que aqui deixo foi tudo que restou de toda essa história. O texto que encontrei? Já agora não me recordo o que tinha escrito. E agora essa resposta terá um fim igual: ficará perdida entre os bytes da internet, em busca de que inspire alguém a uma réplica, ou a ignorá-lo eternamente.
Encontro um texto que já havia me esquecido. Não fora escrito por mim, nem mesmo tinha qualquer tipo de assinatura ou identificação. Poderia ser de tanta gente, assim como poderia ser direcionado para qualquer um. Mas se estava ali, me fora enviado em alguma ocasião, e agora, possivelmente algumas décadas (ou próximo a isso) depois, me deparo com aquelas linhas, ao mesmo tempo tortas e suaves, que dizem algo para alguém que não sinto ser eu. Sinto-me sem qualquer imersão nas palavras, me sinto um mero leitor que puxa pela memória tentando lembrar algo que já passou, assim como em um livro quando tentamos recordar algo do começo já estando no epílogo. Mas ao contrário de um livro, não se tem a chance de dar uma espiadinha nas primeiras páginas para recordar.
Não, não cabe decifrar, não cabe ao momento descrever ou reproduzir o que ali continha. Mesmo não me sentindo (ou talvez nunca tendo sido) o destinatário de tal mensagem, senti vontade de respondê-la, não almejando a possibilidade de chegar a quem a redigiu, mas simplesmente escrever.
"Qual surpresa tive a ler tão bela mensagem. Pode ser que eu a tenha recebido antes e respondido, ou pode ser que nem a mim tenha sido direcionado, mas merece uma resposta, a qual não me sinto capaz de criar. Mas ao menos posso tentar.
Ao ler essas palavras ignorei qualquer pista que me levasse ao real escritor. Não ter assinatura, deixa você no pleno anonimato que talvez fosse tua vontade. Talvez julgaste que pelas palavras te reconheceria tão bem que a assinatura seria supérflua.
Não importa, estou feliz de responder, estou feliz de escrever, mesmo que ao fazê-lo peque numa intromissão sem medida, por ser uma mensagem não direcionada a mim. Que eu tenha o devido perdão nesse caso.
Mas tua visão do mundo superou qualquer destinatário e seu triste tom de despedida me fez lembrar de tempos em que eu descri de mim mesmo. E talvez por isso, se minhas palavras chegarem até ti, podem ter serventia.
Sim, os dias são complicados, nos preocupamos muito com a opinião alheia, muito mais que deveríamos, mas teu foco foi o correto, em especial da pessoa principal a opinar. Precisamos disso, precisamos de alguém para dividir o fardo da escolha, da opinião, mesmo que diversa da nossa, alguém que defenderá nosso ponto de vista mesmo sendo contra. Tu tinhas e creio que ainda tens e isso manterá tua vontade de viver.
Não carregue tua cruz só. Jesus Cristo, o próprio Deus feito homem, teve ajuda para chegar ao Calvário. Tampouco peça uma cruz menor; Deus sabe o tamanho que aguentas e precisas. Peça forças e divida suas angústias com Deus e com os 'anjos humanos' que Ele colocar em teu caminho.
Força, foco e fé."
Acabo de escrever e deixo de lado o "papel e caneta". Que saudade tenho desses tempos em que era realmente papel e caneta. Fecho o texto que escrevi e salvo num arquivo. Junto ele ao arquivo que encontrara e ambos seguem para eternidade perdida dos bytes deletados.
Estas linhas que aqui deixo foi tudo que restou de toda essa história. O texto que encontrei? Já agora não me recordo o que tinha escrito. E agora essa resposta terá um fim igual: ficará perdida entre os bytes da internet, em busca de que inspire alguém a uma réplica, ou a ignorá-lo eternamente.
quarta-feira, 5 de julho de 2017
Gotas...
Acordo e mais uma manhã chuvosa. Nas duas últimas noites, chuva de verão em pleno inverno. Ruas lameadas, pessoas que tentam limpar suas calçadas e uma infinidade de outras pessoas que aproveitaram a chuva para tirar seus casacos do armário. Não que esteja frio, pelo termômetro que vi no caminho, a temperatura caiu para incríveis 18° C.
Pela janela do ônibus sinto o leve vento que traz algumas gotas de chuva. Não me importo, não suporto andar no ônibus todo fechado por causa da chuva, dando uma sensação incômoda de abafado. Pessoas "encapotadas" andam aceleradamente sob seus guarda-chuvas.
Me permito olhar ao longe, sem foco. O ar úmido entra por minha narinas e minha mente gira, mas não de uma maneira ruim. Não, dessa vez não apago, mas sinto uma paz inundante, me sinto muito, mas muito distante dali, mesmo sem saber onde. Não tenho medo, não tenho receio do que está acontecendo. A sensação de paz é enebriante.
Vejo lugares que nunca vira, campos, casas, uma cidade iluminada e pessoas ordenadamente caminhando e se cumprimentando. Uma edificação me chama a atenção, por ser a única com placa na frente: uma velha placa de madeira talhada repousa sobre o portal. A inscrição "//" chama minha atenção por sua excentricidade.
Caminho em direção a edificação e ninguém parece perceber minha presença. Não há porta, mas uma escuridão esconde o que há lá dentro. Novamente não tenho medo ou receio, e entro.
Me vejo em uma sala de estar, nem pequena, nem muito grande. Não me parece desconhecida, mas com certeza não é um lugar habitual. Olho um calendário que está ali perto, e percebo que algo não está certo: mais de dez anos atrás. Pessoas chegam na sala, mas elas não me veem. E eu não as escuto, apenas as vejo sentar no sofá e conversarem. Tento imaginar qual seria a conversa, talvez alguma que acontecera ou não. Sim, nunca acontecera, sei disso, só não sei como sei.
Eles se levantam e saem da sala, indo pelo corredor. Tento segui-los, mesmo imaginando aonde foram, mas acabo sendo levado para outro lugar. Um jornal pendurado na banca me indica que outro tempo também. E dali começo um travessia infinita de portas e tempos... Lugares desconhecidos, cenas nunca vividas, até encontrar um portal com o mesmo símbolo "//", que me leva para fora do prédio.
Ouço um barulho forte como uma buzina, e quando me viro, estou de volta ao ônibus. No mesmo lugar que estava. Passara horas em minha mente e poucos segundos ali.
O tempo era cada vez mais relativo...
Pela janela do ônibus sinto o leve vento que traz algumas gotas de chuva. Não me importo, não suporto andar no ônibus todo fechado por causa da chuva, dando uma sensação incômoda de abafado. Pessoas "encapotadas" andam aceleradamente sob seus guarda-chuvas.
Me permito olhar ao longe, sem foco. O ar úmido entra por minha narinas e minha mente gira, mas não de uma maneira ruim. Não, dessa vez não apago, mas sinto uma paz inundante, me sinto muito, mas muito distante dali, mesmo sem saber onde. Não tenho medo, não tenho receio do que está acontecendo. A sensação de paz é enebriante.
Vejo lugares que nunca vira, campos, casas, uma cidade iluminada e pessoas ordenadamente caminhando e se cumprimentando. Uma edificação me chama a atenção, por ser a única com placa na frente: uma velha placa de madeira talhada repousa sobre o portal. A inscrição "//" chama minha atenção por sua excentricidade.
Caminho em direção a edificação e ninguém parece perceber minha presença. Não há porta, mas uma escuridão esconde o que há lá dentro. Novamente não tenho medo ou receio, e entro.
Me vejo em uma sala de estar, nem pequena, nem muito grande. Não me parece desconhecida, mas com certeza não é um lugar habitual. Olho um calendário que está ali perto, e percebo que algo não está certo: mais de dez anos atrás. Pessoas chegam na sala, mas elas não me veem. E eu não as escuto, apenas as vejo sentar no sofá e conversarem. Tento imaginar qual seria a conversa, talvez alguma que acontecera ou não. Sim, nunca acontecera, sei disso, só não sei como sei.
Eles se levantam e saem da sala, indo pelo corredor. Tento segui-los, mesmo imaginando aonde foram, mas acabo sendo levado para outro lugar. Um jornal pendurado na banca me indica que outro tempo também. E dali começo um travessia infinita de portas e tempos... Lugares desconhecidos, cenas nunca vividas, até encontrar um portal com o mesmo símbolo "//", que me leva para fora do prédio.
Ouço um barulho forte como uma buzina, e quando me viro, estou de volta ao ônibus. No mesmo lugar que estava. Passara horas em minha mente e poucos segundos ali.
O tempo era cada vez mais relativo...
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