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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Convivencias

Não apenas vivemos, mas convivemos. E o fato da vida ser uma composição eterna de convivências, nos faz "conhecer" muitas pessoas. Seja o motorista que guia o ônibus para seu trabalho, o trocador, aquela pessoa que também pegou o ônibus, a outra que sentou a teu lado. Temos diariamente uma infinidade de contatos pessoais, na maioria esmagadora dos casos nem trocamos uma palavra sequer com essas pessoas. Mas de certa forma, a existência delas ali contribui para seu dia a dia, até mesmo para que sejas feliz.

Não é nenhum exagero. Pegarei o caso do ônibus que você pega para chegar a seu local de trabalho. Tirando o óbvio da importância de quem dirige  (já que os trocadores estão sendo eliminados pouco a pouco aumentando o caos no transporte), já imaginou se não tivessem outros passageiros? Se tivessem menos passageiro, teriam menos ônibus, e talvez você tivesse que sair mais cedo para pegar seu ônibus. Sem outro passageiro alem de você, não teria ônibus, você teria que pagar táxi, ir de carro ou de outra forma. O mesmo pensamento é válido para várias atividades do seu dia-a-dia.

Gostaria de fazer com esse texto um convite a valorizar e respeitar mais as pessoas, inclusive aquelas que você nem conhece, e até mesmo aquelas que você nem chegará a saber da existência. Toda e cada uma delas são parte importante para que você tenha uma vida tranquila. 

Valorizando as pessoas podemos construir um mundo melhor. Difícil? Sim, mas não impossível. Não podemos mudar o passado, mas com certeza, se a gente quiser poderemos mudar nosso futuro.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Perguntas


"Não estou mais interessado no que sinto ¹
Não acredito em nada além do que duvido
Você espera respostas que eu não tenho mas
Não vou brigar por causa disso
Até penso duas vezes se você quiser ficar."

                                    
Por que perguntar se já sabe a resposta? Mais do que saber a resposta, sabe exatamente o que vou dizer e sabe exatamente qual é a verdade. Foi algo além que te fez saber isso, não foram minhas palavras, nem meus pensamentos, nem mesmo os teus. Do amago de teu ser conheces, sabes. Minha resposta nada vale, não importa se é verdade ou mentira, pois conheces mais do que eu mesmo.


"Quantas chances desperdicei,   ²
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém."


Não menti, nem agora, nem no passado. Tudo que falei há dias, semanas, meses, anos ou décadas atrás continuam valendo tanto quanto tudo que falo hoje. Não há contradições por mais aparentes que possam ser. As verdades continuam verdades e nenhuma promessa foi quebrada... Não preciso provar isso...


"Já não me preocupo se eu não sei por que.  ²
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você."


Você acha que tenho todas as respostas, mas eu mal sei quais são as perguntas! Mas "o boomerang vai e volta", e hoje eu que pergunto: Suas respostas mudaram? As verdades de dias, semanas, meses ou anos atrás, ainda são verdades hoje? As promessas também?


"Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade, ¹
Tudo está perdido mas existem possibilidades.
Tínhamos a ideia, mas você mudou os planos
Tínhamos um plano, você mudou de ideia
Já passou, já passou - quem sabe outro dia."



Minhas respostas não mudaram, mas o tempo... O tempo não pára. O mundo nos obriga a escolhas, cada qual com sua consequência  e as mudanças do mundo a nossa volta são constantes, e não esperam por nós. Não damos conta do tempo, e mesmo sem darmos ciência a ele, ele dá conta de nós. Se hoje não dá... Amanhã é um novo dia, não é?


"- Tudo passa, tudo passará...               ³

E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar."

E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos."


Sem perguntas, sem dúvidas, vamos vivendo, um dia após o outro sem perder o foco. Novas perguntas poderão surgir, novas respostas podem ser precisas, mas a verdade absoluta continuará. Sempre. Apenas começamos...




1.   Sereníssima - Legião Urbana
2.   Quase sem querer - Legião Urbana 
3. Metal contra as nuvens - Legião Urbana

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Carta a um anjo

Alado companheiro,

Meu guia por tantas adversidades. Voastes mais longe que meus olhos puderam ver. Não se culpe por voos altos, essa é sua natureza. Que não sejam duras minhas palavras quando afirmar, que em tantos outros busquei a luz que só você tinha. Nem tampouco duras sejam as palavras quando afirmo o longo tempo a esperar, enquanto imaginara por onde voavas.

Não te culpes. Da mesma forma que tuas asas poderiam me carregar, meu pés andarilhos poderiam ajudar-te a caminhar. Os erros mútuos nos levaram até onde estamos no momento. Não há do que lamentarmos, não há do que nos entristecermos.

Alado amigo, outrora escudeiro, se em teus voos não encontraste porto seguro, tens em mim fiel companheiro. Se meu escudo hoje tem outra morada, se minha espada outrora altiva, na bainha descansa, histórias ainda teremos a contar, do passado de lutas ou do futuro ainda a traçar.

Voe amigo anjo, voe em busca do teu ideal. Voe o mais alto que puder, mas volte. Volte pois haverá um tempo em que novamente a espada brandirá e juntos poderemos batalhar até que tuas asas do voo cansem, meus pés do caminho cansem, e ao som da melodia do fim dos tempos, conversaremos a espera do fim.

 

terça-feira, 14 de maio de 2013

Anjo

Caminhava entre os montes. Era um caminho aparentemente seguro, não subiria os montes, ficaria a sombra deles. Não me queimaria ao sol, nem tropeçaria em suas pedras. Para qualquer um parecia uma fuga do caminho mais belo dos verdes montes e do sol. Para mim era comodo e fácil.

De repente ouvi uma voz que parecia vir do monte a minha frente. Não, não enxergava quem falara, mas ouvia. Para ouvir comecei a subir o monte, longe daquela trilha que eu achava ser tão segura. Não sei explicar como, mas sabia ser um anjo, um enviado divino. Por vezes achei ser fruto da minha imaginação, ou de alguma crença inexistente em meu ser, mas sentia que era içado por esse ser alado. Sentia que através de suas palavras que o caminho desconhecido era agradável, mas mesmo assim tinha medo.

Por que sentiria medo? A mudança, sair do que parecia ser seguro e confiável. Nunca havia encarado o sol de frente, nunca vira as pastagens por cima dos montes. Mas não parava de ouvir suas palavras, cada vez mais vezes, parecendo cada vez mais perto, tão perto que poderia tocar, tão perto que poderia ver... Mas não via. Parecia que Deus não dera a esse anjo poderes de atravessar o tecido do universo, de romper as barreiras que o colocaria frente a frente comigo. Nem eu fui capaz de romper tais barreiras. Só queria continuar ali seguindo, sempre olhando para o vale que deixara abaixo.

O tempo passava, e eu já buscava caminhar por aquele terreno que apesar de mais sinuoso me era mais agradável. Agradável mas diferente e temia sempre perder o contato com aquela luz que estava me guiando e incentivando. Meu medo certas vezes me afastava daquele caminho. Em outras ocasiões palavras não expressavam pensamentos e a noite parecia chegar mais cedo.

Com o tempo, não ouvia mais o anjo guia. Suas palavras estavam dentro de mim, mas não sabia seu paradeiro. Por diversas vezes temi que Deus o chamara de volta. Por diversas vezes imaginei tão somente que encontrara outro a ser guiado por suas palavras a subir os montes, a ver as belezas da vida. Tantos pensamentos confusos, e difusos. Me conformara com a nova realidade a minha frente, pelo menos assim achava. Já não ouvia vozes, para todos isso parecia mais normal, para mim não. Nesse caminho encontrara andarilhos, sempre querendo que todos fossem como o anjo que me conduzira até ali. Por mais que tentasse, sempre que tentara alçar voo, eu caía, e parecia que cada tombo era mais dolorido que o anterior.

Não, não voltaria atrás. Não me lembrava mais como era, nem como chegar naquela trilha entre os montes. Deveria percorre-los, subir e descê-los, mesmo que sem guia. O corpo doía, mas a vontade de seguir em frente era muito maior. Encontrei outra pessoa que subia com dificuldades e nos aparamos por alguns metros. Parecia um caminho sem fim, mas eu não queria desistir. Sabia que existiam curvas que tornariam a subida mais fácil, sabia que me aliar seria a forma mais agradável de conseguir exito. Apesar da bela paisagem, sabia que as alianças ali não diferenciavam da guerra: qualquer aliança errada e rolaria morro a baixo como acontecera antes. Antes de arriscar uma nova aliança, quereria saber onde andava o alado. Se era fato que sumira me deixando no meio do caminho, também era fato que só ele me fizera subir até então. Não o via, não o escutava, não descobri por onde andara. Me convenci que ele seguira seu caminho, talvez fizera alianças e estivesse bem mais a frente. Ficaria feliz se um dia ele soubesse que também segui meu caminho.

Alianças feitas, e ali estava eu descansando, quando encontro um pergaminho do andarilho alado. Ao contrário do que imaginara ele caminhara só ainda.  Estava arrependido pelo caminho tomado e pelo não tomado também. Se pudesse faria algo para que ele se sentisse melhor, mas há muito não está mais na minha alçada isso.

Escrevi uma carta e deixei em um ponto conhecido. Um dia talvez a leia. Ficará feliz de ver que segui em frente. Continuo seguindo meu rumo nos altos e baixos desse caminho sinuoso. Tenho uma inseparável companhia que me ajuda a fincar o cajado nas subidas e não cair nas descidas. Tenho poucas mas fortes alianças, dentro as quais incluo meu amigo alado. Ainda o verei feliz como merece.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Voltando

Hoje posso afirmar a felicidade com as atitudes que o Papa Francisco tem tomado. A abordagem dele é diferente da liturgicamente correta de Bento XVI, mas mesmo assim parece que tem acalmado os ânimos e entendido que certas coisas não podem ser bruscamente alteradas.

Algumas atitudes como a relutância de utilizar certos "adornos papais" que estão disponíveis para ele, são desnecessárias, mas parece que tal relutância é mais de ordem "publicitaria": prega humildade, então quer demostrar humildade. Atitude compreensível.

Mas se Francisco perde em regras litúrgicas, ele tem ganho e muito em suas homilias, em linguagem acessível e palavras diretas, criticando abertamente atitudes internas e externas à Igreja. Destaco aqui alguns trechos de homilias do Papa.


Santa Missa por ocasião do dia das Confrarias e da Piedade Popular
"Caminhai decididamente para a santidade; não vos contenteis com uma vida cristã medíocre, mas a vossa pertença sirva de estímulo, a começar por vós mesmos, para amar mais a Jesus Cristo."

"Amai a Igreja! Deixai-vos guiar por ela! Nas paróquias, nas dioceses, sede um verdadeiro pulmão de fé e de vida cristã, uma aragem fresca! Nesta Praça [de São Pedro], vejo uma grande variedade, antes, de guarda-chuvas e, agora, de cores e de sinais. Assim é a Igreja: uma grande riqueza e variedade de expressões em que tudo é reconduzido à unidade; a variedade reconduzida à unidade e a unidade é o encontro com Cristo."

Santa Missa com Rito da Confirmação
"Olhai! A novidade de Deus não é como as inovações do mundo, que são todas provisórias, passam e procuram-se outras sem cessar. A novidade que Deus dá à nossa vida é definitiva; e não apenas no futuro quando estivermos com Ele, mas já hoje: Deus está a fazer novas todas as coisas, o Espírito Santo transforma-nos verdadeiramente e, através de nós, quer transformar também o mundo onde vivemos."

"Apostai sobre os grandes ideais, sobre as coisas grandes. Nós, cristãos, não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, ide sempre mais além, rumo às coisas grandes. Jovens, jogai a vida por grandes ideais!"

Santa Missa no seu dia onomástico (São Jorge)
"O grande Paulo VI dizia: é uma dicotomia absurda querer viver com Jesus sem a Igreja, seguir Jesus fora da Igreja, amar Jesus sem a Igreja (cf. Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 16). E a mesma Igreja Mãe, que nos dá Jesus, dá-nos a identidade, que não é somente um selo: é uma pertença. Identidade significa pertença: a pertença à Igreja. Coisa estupenda!"

"Mas, se queremos caminhar pela estrada da mundaneidade, descendo a pactos com o mundo – como queriam fazer com os Macabeus, que a isso se sentiam então tentados – nunca gozaremos da consolação do Senhor. E se procuramos só consolação, esta será uma consolação superficial, uma consolação humana; não aquela do Senhor. A Igreja caminha sempre entre a Cruz e a Ressurreição, entre as perseguições e as consolações do Senhor. E este é o caminho: quem vai por esta estrada não se engana."

"Se não somos "ovelhas de Jesus", a fé não desponta; é uma fé de "água de cheiro", uma fé sem substância. E pensemos na consolação que teve Barnabé, que é justamente «a doce e consoladora alegria de evangelizar»."

Santa Missa - Ordenações Presbiterais
"Pelo Batismo, fareis entrar novos fiéis no Povo de Deus. Através do sacramento da Penitência, perdoareis os pecados em nome de Cristo e da Igreja. E hoje, em nome de Cristo e da Igreja, eu vos peço: por favor, não vos canseis de ser misericordiosos. Com os santos óleos, dareis alívio aos enfermos e também aos idosos: não vos envergonheis de tratar com ternura os idosos. Ao celebrar os ritos sagrados e elevar ao Céu, nas diversas horas do dia, a oração de louvor e de súplica, tornar-vos-eis voz do Povo de Deus e da humanidade inteira."

"Conscientes de ter sido assumidos de entre os homens e postos ao seu serviço nas coisas de Deus, cumpri, com alegria e caridade sincera, a obra sacerdotal de Cristo, procurando unicamente agradar a Deus e não a vós mesmos. Sede pastores, e não funcionários; sede mediadores, e não intermediários."

Basílica de S. Paulo Fora de Muros - Visitação e Santa Missa
"No grande desígnio de Deus, cada detalhe é importante, incluindo o teu, o meu pequeno e humilde testemunho, mesmo o testemunho oculto de quem vive a sua fé, com simplicidade, nas suas relações diárias de família, de trabalho, de amizade. Existem os santos de todos os dias, os santos «escondidos», uma espécie de «classe média da santidade», da qual todos podemos fazer parte. Mas há também, em diversas partes do mundo, quem sofra – como Pedro e os Apóstolos – por causa do Evangelho; há quem dê a própria vida para permanecer fiel a Cristo, com um testemunho que lhe custa o preço do sangue. Recordemo-lo bem todos nós: não se pode anunciar o Evangelho de Jesus sem o testemunho concreto da vida. Quem nos ouve e vê, deve poder ler nas nossas ações aquilo que ouve da nossa boca, e dar glória a Deus! A incoerência dos fiéis e dos Pastores entre aquilo que dizem e o que fazem, entre a palavra e a maneira de viver mina a credibilidade da Igreja."

"Adorar o Senhor quer dizer dar-Lhe o lugar que Ele deve ter; adorar o Senhor significa afirmar, crer – e não apenas por palavras – que só Ele guia verdadeiramente a nossa vida; adorar o Senhor quer dizer que estamos diante d’Ele convencidos de que é o único Deus, o Deus da nossa vida, da nossa história.

Daqui deriva uma consequência para a nossa vida: despojar-nos dos numerosos ídolos, pequenos ou grandes, que temos e nos quais nos refugiamos, nos quais buscamos e muitas vezes depomos a nossa segurança. São ídolos que frequentemente conservamos bem escondidos; podem ser a ambição, o gosto do sucesso, o sobressair, a tendência a prevalecer sobre os outros, a pretensão de ser os únicos senhores da nossa vida, qualquer pecado ao qual estamos presos, e muitos outros."

 08/05/2013
"Homens e mulheres da Igreja que são carreiristas, alpinistas sociais, que usam as pessoas, a Igreja, os irmãos e irmãs -aqueles a quem deveriam servir- como trampolim para suas próprias ambições e interesses pessoais causam um grande mal à Igreja",

Domingo da Divina Misericórdia - Tomada de posse da cátedra de Bispo de Roma
"Talvez algum de nós possa pensar: o meu pecado é tão grande, o meu afastamento de Deus é como o do filho mais novo da parábola, a minha incredulidade é como a de Tomé; não tenho coragem para voltar, para pensar que Deus me possa acolher e esteja à espera precisamente de mim. Mas é precisamente por ti que Deus espera! Só te pede a coragem de ires ter com Ele."

"[...] deixemo-nos envolver pela misericórdia de Deus; confiemos na sua paciência, que sempre nos dá tempo; tenhamos a coragem de voltar para sua casa, habitar nas feridas do seu amor deixando-nos amar por Ele, encontrar a sua misericórdia nos Sacramentos. Sentiremos a sua ternura maravilhosa, sentiremos o seu abraço, e ficaremos nós também mais capazes de misericórdia, paciência, perdão e amor."

Durante conversa recente, pré-conclave.

"Temos que evitar a doença espiritual de uma igreja auto-referencial. Se a igreja permanece fechada em si mesma, ela fica velha. Entre uma igreja que sofre acidentes na rua e uma igreja que está doente porque é auto-referencial, não tenho dúvidas sobre preferir a primeira [opção]".


segunda-feira, 6 de maio de 2013

Excomunhão

Resolvi separar meu comentário sobre a excomunhão de Padre Beto da matéria para não ficar muito grande a postagem.

Excomunhão é uma punição religiosa utilizada para se retirar ou suspender um crente de uma filiação ou comunidade religiosa.

É algo muito grave. Não quero entrar no mérito de julgar se determinada pessoa deveria ser excomungada ou não. Eu penso o seguinte: se você segue determinada religião, deve agir segundo as "regras" dela. Se você representa de alguma forma tal religião, como é o caso de padres, bispos e demais religiosos, suas atitudes são muito mais visadas e passíveis de repreensões. Se não concorda com as "regras" ou você se adapta ou saia e procure algo que lhe agrade, mas se você segue a religião, deve ser verdadeiramente  inclusive sendo exemplo. Se você não é uma figura "pública" dentro da religião, você pode não ser "excomungado" por suas atitudes, mas prestará contas das mesmas a seu tempo perante de Deus.

Na religião católica, excomunhão consiste em excluir ou expulsar oficialmente um membro religioso (batizado). É uma pena eclesiástica que separa um membro transgressor da comunhão da comunidade religiosa. Pode ser aplicada a uma pessoa individual ou aplicada colectivamente. Logo, é uma das maiores penas que um fiel pode receber da Igreja. O fiel excomungado fica proibido de receber os Sacramentos e de fazer alguns atos eclesiásticos. A excomunhão faz parte das censuras no Código de Direito Canônico, sendo uma das três mais duras e severas.

A excomunhão então é uma disciplina que tem um sentido medicinal, ou seja, uma oportunidade de um afastamento das pessoas envolvidas, da comunhão de todos os bens espirituais que a Igreja oferece, para que as mesmas repensem sua atitude, e na dimensão do arrependimento, busquem a confissão e a sanação da pena, para retornar à comunhão com o Senhor e com a Igreja: “Se reconhecemos nossos pecados, então Deus se mostra fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. (Cf. 1Jo 1, 9).

O Catecismo da Igreja Católica explicita que a absolvição da excomunhão só pode ser dada pelo Papa, pelo Bispo local ou por presbíteros autorizados por eles. Porém, em caso de perigo de morte do excomungado, "qualquer sacerdote, mesmo privado da faculdade de ouvir confissões, pode absolver de qualquer pecado e de qualquer excomunhão."

O Código de Direito Canónico prevê desde 1983 os seguintes casos para a pena de excomunhão:
Profanação das espécies sagradas;
Violência física contra o Papa;
Absolvição por um sacerdote do cúmplice do pecado da carne;
Consagração ilícita de um bispo sem mandato pontifical;
Violação direta do segredo da Confissão pelo confessor;
Apostasia;
Heresia;
Cisma;
Aborto;

Tipos de excomunhão católica

Excomunhão ferendae sententiae - A que é decretada pela autoridade eclesiástica, aplicando a pessoa ou pessoas determinadas as sanções que a religião tem estabelecidas como condenação da falta cometida.

Excomunhão latae sententiae - Aquela em que o fiel incorre no momento que comete a falta previamente condenada pela religião.

Excomunhão de participantes - Aquela em que incorrem os que se associam com o excomungado declarado ou público.

Excomunhão menor - É limitada apenas à privação dos sacramentos.

Excomunhão maior - É aplicada contra os cristãos que têm incorrido em heresia ou em determinados pecados de escândalo, privando o excomungado de receber e administrar os sacramentos, de assistir aos ofícios religiosos, da sepultura eclesiástica, dos sufrágios da religião, de toda dignidade eclesiástica, do relacionamento com os demais fiéis, etc. Quando a Excomunhão Maior se pronuncia solenemente ou num concílio e vai contra a heresia, chama-se também anátema, ou seja, os excomungados são considerados amaldiçoados.

Em outras religiões também existe a sanção da excomunhão. O leitor que desejar pode pesquisar mais a respeito, e peço que caso encontre informações interessantes, deixe o link no comentário.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O Jesus do mundo


Jesus não é um hippie "paz e amor, bicho", nem um revolucionário politiqueiro. Isso são ídolos. Jesus é Deus, portanto, que o homem seja apenas aquilo que ele deve ser: um adorador!
Uma grande revista de circulação nacional estampava em sua capa, anos atrás, o rosto de Jesus rodeado por símbolos hippies, com a seguinte manchete: "Deus é pop". A reportagem tratava da espiritualidade juvenil e da maneira particular com que cada um se relacionava com o divino. A revista ainda fazia questão de enfatizar as peculiaridades desses novos movimentos, sobretudo as novidades, como altar em forma de prancha, uso de rock n'roll durante os cultos, grandes baladas "cristãs", etc.
O que a matéria reflete não é uma novidade na história. Pelo contrário, ao longo dos séculos o que mais se viu foi a tentativa de desmontar Jesus Cristo, tomando apenas partes de seu Evangelho em detrimento de outras, somente para saciar ou atender às próprias veleidades.Esses que querem esquartejar Jesus (como se não bastasse a Crucifixão), dizem aceitar o Amor, mas se esquecem que esse Amor não compactua com nenhuma forma de mal nem com o pecado. Esquecem-se que o Amor também significa compromisso consigo mesmo e com o próximo. Que a misericórdia também significa justiça. Enfim, escolhem as partes de Jesus que mais lhes convém, como se Ele estivesse exposto numa prateleira de mercado.
Essa tendência de se tomar a parte pelo todo, segundo o Papa Emérito Bento XVI no livro Jesus de Nazaré, ficou mais evidente a partir da década de 1950. Ela se reflete nas adaptações de Cristo às várias modalidades de culto facilmente encontradas hoje em dia e que acabam por revelar um dramático empobrecimento da fé cristã, devido a uma recusa à personalidade "exigente" e "comprometedora" do Jesus original.
Qual o motivo dessa recusa? A resposta pode ser encontrada nas palavras de São Paulo à comunidade dos Romanos: "Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador, que é bendito pelos séculos" (Cf. Rm 1, 25). Colocaram-se acima do Criador e fizeram-se senhores do "bem" e do "mal". E é por isso que se faz necessário aosmissionários do mundo corromper a verdadeira imagem do Salvador num garotão patético que aceita tudo pela "paz" e o "amor". A presença da Igreja no mundo é como a presença de uma mãe no quarto de um filho que aprontou. Ele sempre tentará convencê-la, seja por desculpas, seja por birras, a abonar suas traquinagens. Mas uma mãe que ama jamais o fará, quanto mais a Igreja!
Outra motivação para esta recusa pode ser encontrada nas teologias modernas que, na ânsia de "salvarem" Jesus das indagações científicas, concebem-No irreconhecível. Este mais representa um retrato ideológico que o próprio Verbo Encarnado. O patriarca de Veneza, Dom Francesco Moraglia, compara essa atitude a dos Discípulos de Emaús, pois são os teólogos que querem dizer para Cristo quem de fato Ele é:
"Vemos a imagem de uma certa teologia, mais desejosa do que iluminada, totalmente dedicada à árdua e improvável tentativa de salvar, através de suas próprias categorias, Jesus Cristo e a Sua Palavra. Mas, nesta imagem, somos representados nós mesmos, cada vez, com nossa programação pastoral, com nossos projetos e debates, à parte de uma verdadeira fé, pretendemos explicar a Jesus Cristo quem Ele é." 
(Dom Francesco Moraglia)
Ora, não é o ser humano que diz a Jesus quem Ele é, mas é Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que diz quem é o ser humano. Adaptar Cristo a um estilo de vida não condizente à reta vivência cristã reflete um apego aos prazeres do mundo, no qual se faz mais importante o vício que o Cristo crucificado. Não, Jesus não é um hippie "paz e amor, bicho", nem um revolucionário politiqueiro. Isso são ídolos. Jesus é Deus, portanto, que o homem seja apenas aquilo que ele deve ser: um adorador!

Por: Equipe Christo Nihil Praeponere

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