Meu guia por tantas adversidades. Voastes mais longe que meus olhos puderam ver. Não se culpe por voos altos, essa é sua natureza. Que não sejam duras minhas palavras quando afirmar, que em tantos outros busquei a luz que só você tinha. Nem tampouco duras sejam as palavras quando afirmo o longo tempo a esperar, enquanto imaginara por onde voavas.
Não te culpes. Da mesma forma que tuas asas poderiam me carregar, meu pés andarilhos poderiam ajudar-te a caminhar. Os erros mútuos nos levaram até onde estamos no momento. Não há do que lamentarmos, não há do que nos entristecermos.
Alado amigo, outrora escudeiro, se em teus voos não encontraste porto seguro, tens em mim fiel companheiro. Se meu escudo hoje tem outra morada, se minha espada outrora altiva, na bainha descansa, histórias ainda teremos a contar, do passado de lutas ou do futuro ainda a traçar.
Voe amigo anjo, voe em busca do teu ideal. Voe o mais alto que puder, mas volte. Volte pois haverá um tempo em que novamente a espada brandirá e juntos poderemos batalhar até que tuas asas do voo cansem, meus pés do caminho cansem, e ao som da melodia do fim dos tempos, conversaremos a espera do fim.
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