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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Carta 5

Não sei se chegará a ler essa página. Talvez quando ler, você veja os textos mais recentes ou de curiosidade os primeiros e nunca chegue a ler este que deveria ser o único que deverias ler realmente.

Houve tempo em que doces palavras lhe foram escritas, com promessas que tinham mais por objetivo me fazer acreditar que a ti. Eu que precisa crer que esse caminho era o melhor para mim. E entre essas tentativas de crer, entre essa vontade de ser ao mesmo tempo outro e eu mesmo, encontrei você. Mas o tempo, se não o melhor remédio, é um grande amigo para o amadurecimento, e para nos abrir os olhos diante de situações da vida.

Já critiquei, já pedi perdão, já perdoei sem que o mesmo fosse pedido, já agradeci, mas hoje quero apenas esclarecer o ponto em que cheguei. Em certas ocasiões te culpei, crendo que você mudara, ou se apresentara como uma pessoa, mas que com o tempo não se mostrara ser como eu pensava, entre outras inverdades. Você sempre foi você, em cada dia em cada situação, nunca escondeu quem era, ao contrário de mim, que quereria não só parecer, mas ser alguém que eu nunca conseguiria. E de fato você foi o que eu procurava naquele momento, era o espelho não do que eu era, do que eu sou, mas o que gostaria de ser e não podia. E não pude, pelo simples motivo que por mais que eu tentasse, não era eu e nunca eu seria. A pessoa certa para me mostrar que eu estava errado, e no fim a pessoa errada para o “eu certo”.

No fim a ajuda foi mútua, encontrei meu rumo e você o seu. E isso é o que realmente importa. Tem minha gratidão.

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