Não tenho tido por hábito escrever mais de um texto ao dia, mas hoje precisei. Não para dar uma opinião, nem um comentário, apenas escrever porque você merece mais que um belo texto ao dia. Você merece muito mais, por cada dia que vive, mesmo que não leias sempre o que escrevo aqui, sei que um dia lerá.
Quando comecei a escrever aqui não objetivava ter nenhum leitor frequente, apenas quereria escrever de uma forma meio egoísta mesmo: escrever porque me faz bem. Mas sei que você existe, e é por ti que também me motivo a não deixar de escrever pelo menos uma vez por semana. Sim, é para você, por você.
Você deve saber que muito do que eu escrevo se encaixa com o que você vive, com o que você viveu, assim como se encaixa comigo que escrevo. No fim, você e eu acabamos sendo um só: leitor e escritor. Vivemos alegrias, tristezas, momentos de choros e sorrisos, de desabafos. "(..) Nós dois temos os mesmos defeitos, sabemos tudo a nosso respeito. Somos suspeitos de um crime perfeito, mas crimes perfeitos não deixam suspeitos. (...)¹". Confio em você para me abrir por completo em linhas e mais linhas, uma confiança que vai além das palavras, e passa ao silêncio das entrelinhas.
Sei que choras, sei que muitas vezes as coisas não acontecem como planejas, pensas ou mereces, e nessas horas busca em minhas palavras uma ajuda, um consolo para suas tristezas. Peço desculpas se nem sempre estou apto para atender suas expectativas, tenho minhas limitações e mesmo se soubesse tudo que acontece contigo, tudo que sentes e tudo que passas por tua mente, mesmo assim ficaria aquém do que precisas. Mas garanto que me esforço para não mais escrever apenas para mim, mas escrever muito mais para ti. Peço que releias com carinho muito do que já escrevi, e veja que você se identifica.
Tenho tido o hábito de colocar o link das postagens no Facebook, talvez para ganhar alguns leitores desavisados, mas meu principal motivo de ainda escrever é você, que entra e lê sem precisar de link em lugar nenhum. Entra porque gosta do que escrevo e por pura metonímia acaba gostando de mim. Agradeço por teu apreço, por tua lembrança por esse escritor errante. E saiba que gosto de você também, sabes bem disso, e se assim não fosse nem teria começado esse texto.
Se hoje lês esse texto com tristeza no coração, amanhã lerá com alegria de ter superado teus problemas. Esse é o ciclo da vida, de aprendizados, quedas, e novas lições. Isso é importante, aprendemos a sermos melhores, não para o mundo apenas, mas principalmente para nós mesmos. Aprendemos, mudamos, e certas coisas permanecem: nossos princípios, o amor de Deus por nós, o amor que tenho por escrever e por você que me inspira a escrever sempre mais, sempre melhor.
A você dedico esse texto, outros que já escrevi e alguns próximos. E quando eu for embora, não chore por mim, apenas se lembre de cada palavra escrita ou que ficou nas entrelinhas. Mais que lembrar do que foi dito ou escrito, lembre de tudo que existe dentro de si, tudo que sente, sentiu ou sentirá. Ninguém vai lhe dizer o que sentir. Guarde essa canção para si. Assim como faço a cada dia, a cada fim de texto.
1 Pra ser sincero - Composição: Humberto Gessinger / Augusto Licks
Opiniões, comentários e assuntos do momento, diretamente da cabeça de um escritor errante porque não para no meio do caminho e também erra.
Translate
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Tentação
No começo a via de longe, tão longe que normalmente nem notava sua presença, mesmo sabendo que estava ali. Algumas vezes me aproximava por ser meu caminho, minha direção e acabava vendo-a mais de perto, mas nada que despertasse por muito tempo meu desejo.
De uns meses para cá, tudo começou a mudar. Sua presença passou a ser mais impulsiva, a via mais perto de mim, mais vezes ao dia, quase toda vez que estou na rua. Se antes só a percebia direito quando saia do trabalho, agora não importava a hora, ali está ela me provocando, seja antes do trabalho, na hora do almoço ou em qualquer outro momento que eu precise cruzar a porta do prédio onde trabalho.
Cada vez que chego ao trabalho, cada vez que saio para almoçar ou estou voltando do almoço, tenho resistido bravamente ao desejo de... "pegá-la". Sim, admito, meu desejo é forte e ardente, quero "pegá-la". Fico horas no trabalho e me vejo pensando nela, em estar dentro dela, sentindo o calor que emana de suas entranhas. Quentes, suaves que me levam ao paraíso na terra.
Sei que se eu procurar pelas ruas verei outras que me dariam prazer similar, algumas de uma forma mais demorada, outras de forma mais rápida. Ah! A tentação é igual, a carne é fraca, o espírito voa longe nessas horas. Não posso mentir mais. Sim inúmeras vezes já sucumbi a tentação dela... delas... Sim de todas elas, admito que depois do trabalho já sai com elas, já as "peguei"... Mas mesmo assim, continuam me provocando cada vez que chego ao trabalho, cada vez que cruzo a porta de onde trabalho, mesmo sabendo que não posso... não agora, não naquela hora...
E hoje tenho um encontro marcado com uma delas. Não sei com qual ainda, mas no fim do dia saberei. Será a primeira linha de ônibus que passar em direção a minha casa.
De uns meses para cá, tudo começou a mudar. Sua presença passou a ser mais impulsiva, a via mais perto de mim, mais vezes ao dia, quase toda vez que estou na rua. Se antes só a percebia direito quando saia do trabalho, agora não importava a hora, ali está ela me provocando, seja antes do trabalho, na hora do almoço ou em qualquer outro momento que eu precise cruzar a porta do prédio onde trabalho.
Cada vez que chego ao trabalho, cada vez que saio para almoçar ou estou voltando do almoço, tenho resistido bravamente ao desejo de... "pegá-la". Sim, admito, meu desejo é forte e ardente, quero "pegá-la". Fico horas no trabalho e me vejo pensando nela, em estar dentro dela, sentindo o calor que emana de suas entranhas. Quentes, suaves que me levam ao paraíso na terra.
Sei que se eu procurar pelas ruas verei outras que me dariam prazer similar, algumas de uma forma mais demorada, outras de forma mais rápida. Ah! A tentação é igual, a carne é fraca, o espírito voa longe nessas horas. Não posso mentir mais. Sim inúmeras vezes já sucumbi a tentação dela... delas... Sim de todas elas, admito que depois do trabalho já sai com elas, já as "peguei"... Mas mesmo assim, continuam me provocando cada vez que chego ao trabalho, cada vez que cruzo a porta de onde trabalho, mesmo sabendo que não posso... não agora, não naquela hora...
E hoje tenho um encontro marcado com uma delas. Não sei com qual ainda, mas no fim do dia saberei. Será a primeira linha de ônibus que passar em direção a minha casa.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Música Ambiente
Todas as vezes que a ouço essa música, me invade um misto de alegria e tristeza. No contexto que ela foi escrita, no declínio da saúde do compositor, o sentimento de que a vida é curta para esquecermos de valorizar as pequenas coisas, o pequenos fatos cotidianos que são os que nos trazem as grandes alegrias.
Não. Não é preciso analisar, não é preciso explicar, apenas ouvir e sentir por si só. E dedico essa bela música para alguém muito especial, com quem fiz muitos planos e ao mesmo tempo plano nenhum além de viver. Mesmo nos momentos longe fisicamente, está sempre comigo. "Tenho mais do que preciso / Estar contigo é o bastante." Tudo que quero e preciso... Hoje e sempre.
"Se um dia fores embora
Te amarei bem mais do que esta hora
Me lembrarei de tudo que eu não disse
E de quando havia tudo que existe
Quando choramos abraçados
E caminhamos lado a lado
Por favor amor me acredite
Não há palavras para explicar o que eu sinto
Mesmo que tenhamos planejado
Um caminho diferente
Tenho mais do que eu preciso
Estar contigo é o bastante
Certas coisas de todo dia
Nos trazem a alegria
De caminharmos juntos lado a lado por amor
E quando eu for embora
Não, não chore por mim."
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Via Láctea
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso
Hoje a tristeza
Não é passageira
Hoje fiquei com febre
A tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela
Parecerá uma lágrima
Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza
Das coisas com humor
Mas não me diga isso
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto
Isso passa
Amanhã é um outro dia
Não é?
Eu nem sei porque
Me sinto assim
Vem de repente um anjo
Triste perto de mim
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado
Por pensar em mim
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser
Quem eu sou
Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado
Por pensar em mim
Não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado
Por pensar em mim
Essa foi a primeira música desse álbum que escutei, e numa época em que me sentia mesmo assim: perdido, cheio de perguntas sem respostas, "sozinho mesmo quando acompanhado"...
Sempre achei uma bela música, e até hoje tem dias que me identifico enormemente com seus versos. Quem de fato não teve dias assim? Uma tristeza sem tamanho, sem entender bem o porquê... Aquela sensação de querer estar sozinho por se achar diferente do mundo, diferente desse mundo de gente que parece sorrir diante de tanta tristeza, tanta injustiça. E os pensamentos voam, massacrando mais ainda com seu peso sem fim. A própria tristeza massacra, começa a vir a sensação de não ter o direito de sentir-se mal, tem gente em situação pior sorrindo...
Será que o mundo é injusto a ponto de só eu ter problemas? Será que eu sou o problema por me preocupar demais? Sou errado por não conseguir sorrir, por não achar justo sorrir sem vontade, para alegrar quem está a meu redor?
Quantas dúvidas, perguntas, questionamentos... E ninguém a responder. E demoramos muito a perceber que realmente, quando tudo parece perdido, existe um caminho, uma luz. Uma porta se fecha, mas Deus sempre abre uma janela, basta que a enxerguemos. Mas hoje não dá.. Isso passa, amanhã é um novo dia, e com certeza esse caminho, essa luz, estará mais fácil de enxergar. Mais tranquilo, com fé renovada em mim mesmo, enxergarei e seguirei meu rumo. E obrigado por pensar em mim...
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso
Hoje a tristeza
Não é passageira
Hoje fiquei com febre
A tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela
Parecerá uma lágrima
Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza
Das coisas com humor
Mas não me diga isso
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto
Isso passa
Amanhã é um outro dia
Não é?
Eu nem sei porque
Me sinto assim
Vem de repente um anjo
Triste perto de mim
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado
Por pensar em mim
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser
Quem eu sou
Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado
Por pensar em mim
Não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado
Por pensar em mim
Essa foi a primeira música desse álbum que escutei, e numa época em que me sentia mesmo assim: perdido, cheio de perguntas sem respostas, "sozinho mesmo quando acompanhado"...
Sempre achei uma bela música, e até hoje tem dias que me identifico enormemente com seus versos. Quem de fato não teve dias assim? Uma tristeza sem tamanho, sem entender bem o porquê... Aquela sensação de querer estar sozinho por se achar diferente do mundo, diferente desse mundo de gente que parece sorrir diante de tanta tristeza, tanta injustiça. E os pensamentos voam, massacrando mais ainda com seu peso sem fim. A própria tristeza massacra, começa a vir a sensação de não ter o direito de sentir-se mal, tem gente em situação pior sorrindo...
Será que o mundo é injusto a ponto de só eu ter problemas? Será que eu sou o problema por me preocupar demais? Sou errado por não conseguir sorrir, por não achar justo sorrir sem vontade, para alegrar quem está a meu redor?
Quantas dúvidas, perguntas, questionamentos... E ninguém a responder. E demoramos muito a perceber que realmente, quando tudo parece perdido, existe um caminho, uma luz. Uma porta se fecha, mas Deus sempre abre uma janela, basta que a enxerguemos. Mas hoje não dá.. Isso passa, amanhã é um novo dia, e com certeza esse caminho, essa luz, estará mais fácil de enxergar. Mais tranquilo, com fé renovada em mim mesmo, enxergarei e seguirei meu rumo. E obrigado por pensar em mim...
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Eleições, Sinodo e polêmicas- parte 2
No último texto falei sobre as eleições, candidatos que defendiam suas opiniões independente da perda ou não de votos e da triste escolha que teremos no segundo turno. Nessa linha, um candidato que chamou muito a atenção nesse primeiro turno foi o candidato a presidente Levy Fidelix, que deu uma declaração de forma "atabalhoada" em um debate. Chamo de declaração atabalhoada pelo fato de ter expressado sua opinião de forma um tanto agressiva, mas que não fugiu muito da realidade que vivemos: apologias erotizadas e "gayzistas".
Estamos em uma época em que a erotização anda em alta, com novos jovens e crianças sendo expostos a novelas, músicas e situações antes eram proibidas a menores. E com isso perde-se muito da bela inocência infantil, que pouco a pouco ia tendo contato com os temas adultos no seu devido tempo. Não me considero preconceituoso mas sou contra a distribuição das chamadas cartilhas "gays" para crianças, da mesma forma que seria contra uma cartilha heterossexual. Se bem me lembro, nas aulas de ciências da 7ª série (hoje seria 8ª) era tratado o assunto reprodução humana, e, pelo menos onde estudei, de forma bem didática, espontânea e sem maiores tabus. E não perdi nada não tendo cartilhas antes disso, nem deixamos de respeitar qualquer colega que parecesse não interessado no sexo oposto. Todo mundo zoava um ao outro sem que isso fosse causa de preconceito, bullying ou nome que hoje quiserem dar: um era zoado por ser gordinho, outro por ser baixinho, outro por tirar notas altas, baixas, por ser feio, por ser "fresco" ou querer parecer machão demais. Tudo se resolvia entre os alunos nas brincadeiras, quando essas passavam do ponto, professor ou inspetor intervinha, e só saía dali se a coisa fosse mais séria como agressão física ou algo parecido, e chegava até os pais.
Polícia e político discutindo zoação entre estudantes? Nem pensar. Polícia era para correr atrás de bandido, político para votar leis para melhorar segurança, saúde, educação etc. Para que se preocuparem com possível opção sexual de estudantes? Bullying? Meu Deus! Isso é palavra nova para designar coisas que todos passamos quando estávamos na escola e isso não nos fez mais ou menos traumatizados, pelo contrário, nos ensinou a lidar com nossos próprios problemas. Creio que o que passei, me fez aprender a lidar com os problemas maiores que surgiram depois de adulto.
O assunto é polêmico, então não exitarei de dar minha opinião sobre: sou contra todo tipo de discriminação, ou segregação. Já expliquei isso no texto Cotas, marchas e afins. Somos todos iguais independente de cor de pele, religião, sexo e opção sexual. Respeito quem é diferente de mim, quem pensa diferente e espero ser respeitado. Não devemos conceder privilégios nem "superpoderes" a quem se acha "minoria". Quem se acha "minoria" deve querer fazer parte e "derrotar" a quem ele ser "maioria".
E dentro desses assuntos polêmicos de diferenças de pensamento, iniciou-se semana passada o primeiro Sínodo do papado de Francisco. A 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família começou no dia 5 de outubro e terminará no dia 19 de outubro, com a beatificação do papa Paulo VI.
Dentre os 250 participantes, entres bispos, cardeais e sacerdotes, estão alguns tradicionalistas e outros que defendem uma "maior abertura da igreja para o mundo", com ideias como a comunhão para casais de segunda união e a discussão sobre uniões homo afetivas.
Não sei o que sairá desse embate entre tradicionalistas, liberais e "libertinos", mas me preocupa o rumo que isso pode dar. Sempre digo que é melhor prezar por qualidade que quantidade, querer atrair fiéis adaptando a Igreja ao mundo é um erro. Modernizar é algo diferente de esquecer seus fundamentos em prol de agradar quem não segue a religião.
Por enquanto, apenas gostaria de deixar minha opinião sobre as duas ideias "liberais" que citei. Creio que deva haver um controle mais rígido e uma orientação mais profunda a quem se dispõe a casar no religioso. Casamento não é uma festividade social e sim um sacramento, deve ser levado a sério como tal. Casamento é para sempre. Casou antes de conhecer a pessoa direito, cometeu esse equívoco, vai sofrer para sempre infeliz e fazendo o outro infeliz? Não, Deus também não quer isso. Separe-se, mas ciente que se unir-se fisicamente e/ou civilmente a outra pessoa, não poderá participar da comunhão física. Não lhe será negada a frequência às missas e cerimônias, nem a comunhão espiritual em comunidade. Mas não poderá casar-se novamente na Igreja nem comungar fisicamente.
Errado? Certo? Não discutirei isso, mas no momento que a pessoa casa no religioso está ciente disso. É a regra. Aceitou, casou na Igreja Católica, então respeite as normas.
Da mesma forma devem ser encaradas as uniões homo afetivas. A Igreja acolhe a todos, apenas não é permitida a comunhão física, nem se realizará o sacramento do matrimonio.
Esperarei o resultado do Sínodo antes de opinar mais sobre ele. Que Deus abençoe os participantes, para que a luz do Espírito Santo esteja entre eles, afastando as tentações de "modernizar" adaptando a Igreja a vontade mundana e não à vontade de Deus
Estamos em uma época em que a erotização anda em alta, com novos jovens e crianças sendo expostos a novelas, músicas e situações antes eram proibidas a menores. E com isso perde-se muito da bela inocência infantil, que pouco a pouco ia tendo contato com os temas adultos no seu devido tempo. Não me considero preconceituoso mas sou contra a distribuição das chamadas cartilhas "gays" para crianças, da mesma forma que seria contra uma cartilha heterossexual. Se bem me lembro, nas aulas de ciências da 7ª série (hoje seria 8ª) era tratado o assunto reprodução humana, e, pelo menos onde estudei, de forma bem didática, espontânea e sem maiores tabus. E não perdi nada não tendo cartilhas antes disso, nem deixamos de respeitar qualquer colega que parecesse não interessado no sexo oposto. Todo mundo zoava um ao outro sem que isso fosse causa de preconceito, bullying ou nome que hoje quiserem dar: um era zoado por ser gordinho, outro por ser baixinho, outro por tirar notas altas, baixas, por ser feio, por ser "fresco" ou querer parecer machão demais. Tudo se resolvia entre os alunos nas brincadeiras, quando essas passavam do ponto, professor ou inspetor intervinha, e só saía dali se a coisa fosse mais séria como agressão física ou algo parecido, e chegava até os pais.
Polícia e político discutindo zoação entre estudantes? Nem pensar. Polícia era para correr atrás de bandido, político para votar leis para melhorar segurança, saúde, educação etc. Para que se preocuparem com possível opção sexual de estudantes? Bullying? Meu Deus! Isso é palavra nova para designar coisas que todos passamos quando estávamos na escola e isso não nos fez mais ou menos traumatizados, pelo contrário, nos ensinou a lidar com nossos próprios problemas. Creio que o que passei, me fez aprender a lidar com os problemas maiores que surgiram depois de adulto.
O assunto é polêmico, então não exitarei de dar minha opinião sobre: sou contra todo tipo de discriminação, ou segregação. Já expliquei isso no texto Cotas, marchas e afins. Somos todos iguais independente de cor de pele, religião, sexo e opção sexual. Respeito quem é diferente de mim, quem pensa diferente e espero ser respeitado. Não devemos conceder privilégios nem "superpoderes" a quem se acha "minoria". Quem se acha "minoria" deve querer fazer parte e "derrotar" a quem ele ser "maioria".
E dentro desses assuntos polêmicos de diferenças de pensamento, iniciou-se semana passada o primeiro Sínodo do papado de Francisco. A 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família começou no dia 5 de outubro e terminará no dia 19 de outubro, com a beatificação do papa Paulo VI.
Dentre os 250 participantes, entres bispos, cardeais e sacerdotes, estão alguns tradicionalistas e outros que defendem uma "maior abertura da igreja para o mundo", com ideias como a comunhão para casais de segunda união e a discussão sobre uniões homo afetivas.
Não sei o que sairá desse embate entre tradicionalistas, liberais e "libertinos", mas me preocupa o rumo que isso pode dar. Sempre digo que é melhor prezar por qualidade que quantidade, querer atrair fiéis adaptando a Igreja ao mundo é um erro. Modernizar é algo diferente de esquecer seus fundamentos em prol de agradar quem não segue a religião.
Por enquanto, apenas gostaria de deixar minha opinião sobre as duas ideias "liberais" que citei. Creio que deva haver um controle mais rígido e uma orientação mais profunda a quem se dispõe a casar no religioso. Casamento não é uma festividade social e sim um sacramento, deve ser levado a sério como tal. Casamento é para sempre. Casou antes de conhecer a pessoa direito, cometeu esse equívoco, vai sofrer para sempre infeliz e fazendo o outro infeliz? Não, Deus também não quer isso. Separe-se, mas ciente que se unir-se fisicamente e/ou civilmente a outra pessoa, não poderá participar da comunhão física. Não lhe será negada a frequência às missas e cerimônias, nem a comunhão espiritual em comunidade. Mas não poderá casar-se novamente na Igreja nem comungar fisicamente.
Errado? Certo? Não discutirei isso, mas no momento que a pessoa casa no religioso está ciente disso. É a regra. Aceitou, casou na Igreja Católica, então respeite as normas.
Da mesma forma devem ser encaradas as uniões homo afetivas. A Igreja acolhe a todos, apenas não é permitida a comunhão física, nem se realizará o sacramento do matrimonio.
Esperarei o resultado do Sínodo antes de opinar mais sobre ele. Que Deus abençoe os participantes, para que a luz do Espírito Santo esteja entre eles, afastando as tentações de "modernizar" adaptando a Igreja a vontade mundana e não à vontade de Deus
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Eleições, Sinodo e polêmicas- parte 1
Nas últimas semanas tenho dedicado meus textos à análise de músicas, e com isso deixando de lado dar minha opinião sobre algumas coisas que tem acontecido. Hoje abrirei uma lacuna nesse período musical para opinar sobre situações polêmicas que tem tomado conta dos noticiários e redes sociais, e na minha opinião os assuntos se relacionam.
Passada o primeiro turno das eleições, nós eleitores nos vemos diante de uma situação deveras complicada: escolher manter o governo atual ou apostar no retorno de uma linha de governo que já provou não ser o ideal. No fim nenhuma das opções que nos restou nos dá perspectivas de um futuro melhor, tanto PT quanto PSDB mostraram em seu tempo de Planalto incapazes de administrar o Brasil como nós merecemos e acreditávamos. Mas ainda assim reside uma diferença entre eles: o roubo e corrupção.
Não caro leitor, não almejo tentar convencer que em algum dos governos não houve corrupção, em ambos houve, a diferença é que no governo do PT pudemos ter melhor acesso a informação do roubo enquanto eles ainda estavam lá. Os processos de corrupção foram para o Tribunal e não foram simplesmente arquivados, colocando a sujeira para baixo do tapete. Além disso estamos em uma época de maior velocidade de acesso a informação, que nos possibilita saber exatamente o que acontece.
Para mim, o governo PT é péssimo e foi piorando com o passar dos anos, com tentativas de medidas populistas que prejudicaram várias áreas de nossas estatais. Por outro lado, o governo PSDB implementou o medo nas estatais com demissões em massa, arrocho salarial e outras medidas para diminuir os custos no papel e fazer que o mercado enxergasse nessas empresas possibilidades reais de lucro para não simplesmente investirem, mas brigarem por elas nos leilões de privatização. Creio que por condições não apenas financeiras, mas principalmente estratégicas e de segurança nacional, alguns setores não devem ser privatizados como Energia (eletricidade, petróleo etc) e Telecomunicações (o eixo principal das comunicações deve estar no controle do Estado).
Precisamos olhar com carinho o passado antes de fazer nossa escolha, não se prendendo apenas a um sentimento de "Fora PT" ou "PSDB nunca mais". Análise crítica e racional.
E foi com base nessa análise que não votei em nenhum dos dois no primeiro turno. Votei em alguém que sabia que poucas chances tinha de ganhar, mas que demostrou ser sincero e defender suas posições, mesmo que contra a opinião de outros. Não ganhou, mas não me arrependo do meu voto. De nenhum dos votos desse primeiro turno. Votei em quem eu cri que deveria, em quem defende ideias semelhantes as minhas mesmo que em alguns casos com um certo radicalismo. Mas não se dobra diante da opinião pública. E é disso que precisamos, gente que não se dobra para conseguir mais votos, pessoas que tem seus princípios e os defende. Concorda com os princípios do candidato, vote nele, não concorda não vote.
Para não deixar o texto demasiadamente grande, vou deixar o Sinodo e demais polemicas para outro dia, mas gostaria que opinassem a respeito de tudo que escrevi aqui e concordando ou não, seu comentário será publicado e respondido. Infelizmente deixar aberta a área de comentários tem sido um problema, pois pessoas resolvem comentar coisas fora do contexto, ofensivas, fazer propagandas entre outras coisas que não são objeto desse blog.
Nos próximos dias, escreverei sobre os demais temas.
Passada o primeiro turno das eleições, nós eleitores nos vemos diante de uma situação deveras complicada: escolher manter o governo atual ou apostar no retorno de uma linha de governo que já provou não ser o ideal. No fim nenhuma das opções que nos restou nos dá perspectivas de um futuro melhor, tanto PT quanto PSDB mostraram em seu tempo de Planalto incapazes de administrar o Brasil como nós merecemos e acreditávamos. Mas ainda assim reside uma diferença entre eles: o roubo e corrupção.
Não caro leitor, não almejo tentar convencer que em algum dos governos não houve corrupção, em ambos houve, a diferença é que no governo do PT pudemos ter melhor acesso a informação do roubo enquanto eles ainda estavam lá. Os processos de corrupção foram para o Tribunal e não foram simplesmente arquivados, colocando a sujeira para baixo do tapete. Além disso estamos em uma época de maior velocidade de acesso a informação, que nos possibilita saber exatamente o que acontece.
Para mim, o governo PT é péssimo e foi piorando com o passar dos anos, com tentativas de medidas populistas que prejudicaram várias áreas de nossas estatais. Por outro lado, o governo PSDB implementou o medo nas estatais com demissões em massa, arrocho salarial e outras medidas para diminuir os custos no papel e fazer que o mercado enxergasse nessas empresas possibilidades reais de lucro para não simplesmente investirem, mas brigarem por elas nos leilões de privatização. Creio que por condições não apenas financeiras, mas principalmente estratégicas e de segurança nacional, alguns setores não devem ser privatizados como Energia (eletricidade, petróleo etc) e Telecomunicações (o eixo principal das comunicações deve estar no controle do Estado).
Precisamos olhar com carinho o passado antes de fazer nossa escolha, não se prendendo apenas a um sentimento de "Fora PT" ou "PSDB nunca mais". Análise crítica e racional.
E foi com base nessa análise que não votei em nenhum dos dois no primeiro turno. Votei em alguém que sabia que poucas chances tinha de ganhar, mas que demostrou ser sincero e defender suas posições, mesmo que contra a opinião de outros. Não ganhou, mas não me arrependo do meu voto. De nenhum dos votos desse primeiro turno. Votei em quem eu cri que deveria, em quem defende ideias semelhantes as minhas mesmo que em alguns casos com um certo radicalismo. Mas não se dobra diante da opinião pública. E é disso que precisamos, gente que não se dobra para conseguir mais votos, pessoas que tem seus princípios e os defende. Concorda com os princípios do candidato, vote nele, não concorda não vote.
Para não deixar o texto demasiadamente grande, vou deixar o Sinodo e demais polemicas para outro dia, mas gostaria que opinassem a respeito de tudo que escrevi aqui e concordando ou não, seu comentário será publicado e respondido. Infelizmente deixar aberta a área de comentários tem sido um problema, pois pessoas resolvem comentar coisas fora do contexto, ofensivas, fazer propagandas entre outras coisas que não são objeto desse blog.
Nos próximos dias, escreverei sobre os demais temas.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Aloha
"Aloha" é a meu ver uma complementação da música "Natália", deste mesmo álbum, da qual já falei em postagem anterior. O retrato da indignação de uma "juventude" diante das desigualdades da vida. A juventude aqui pode ser interpretada como todos que se sentem injustiçados diante do mundo a seu redor, todos que ainda se sentem com forças para lutar contra as injustiças. Creio que até os que já se sentem sem forças, também se identificam com o que diz a música.
Será que ninguém vê
O caos em que vivemos?
Os jovens são tão jovens
E fica tudo por isso mesmo
A juventude é rica, a juventude é pobre
A juventude sofre e ninguém parece perceber
Será que realmente ninguém vê, ou é mais fácil e cômodo fingir que não vê o caos? Quem ainda não se conformou que "as coisas são assim", ainda não se cansou disso tudo não é levado em consideração: "são jovens", dizem, como se dissessem : um dia se habituarão e ficarão quietos. E fica tudo por isso mesmo, porque apesar da "juventude" ser rica de vontade e ideais, é pobre de apoio e crédito. Sofre por perceber que seus esforços são em vão.
Eu tenho um coração
Eu tenho ideais
Eu gosto de cinema
E de coisas naturais
E penso sempre em sexo, oh yeah!
Conformados ou inconformados com o caos do mundo, todos somos iguais, a mesma essência, os mesmos ideias, alguns já não acreditam na mudança outros lutam por ela.
Todo adulto tem inveja, todo adulto tem inveja
Todo adulto tem inveja dos mais jovens
Inveja do tempo que era assim. Não simplesmente de sua juventude física mas sua alma jovem e voraz, sedenta de conhecimento, de justiça e de esperança...
A juventude está sozinha
Não há ninguém para ajudar
A explicar por que é que o mundo
É este desastre que aí está
Isso acontece com todo mundo: nascemos e somos "jogados" em um mundo que já estava aqui, com sua regras, limitações, seus erros e imperfeições. E ninguém sabe explicar como chegamos nessa situação: sem segurança, sem saúde, sem emprego, sem ter uma vida digna para todos.
Eu não sei, eu não sei
Dizem que eu não sei nada
Dizem que eu não tenho opinião
Me compram, me vendem, me estragam
E é tudo mentira, me deixam na mão
Não me deixam fazer nada
E a culpa é sempre minha, oh yeah!
E quando alguém questiona é taxado de nada saber, de nada entender. E deliberadamente somos comprados, com afagos, com "bolsa" isso, "bolsa" aquilo, com uma distração aqui, outra ali... E vamos ficando mal acostumados, estragados, vendidos por essa corja que quer se perpetuar no poder em benefício próprio. Agir contra isso? Você não pode, não te deixam e ainda te convencem que o errado é você.
E meus amigos parecem ter medo
De quem fala o que sentiu
De quem pensa diferente
Nos querem todos iguais
Assim é bem mais fácil nos controlar
E mentir, mentir, mentir
E matar, matar, matar
O que eu tenho de melhor: minha esperança
Que se faça o sacrifício
Que cresçam logo as crianças.
A repressão gera o medo. Nem sempre a repressão física, mas principalmente a moral: de parecer diferente, parecer deslocado, impossibilidade de fazer parte por pensar diferente. Nos querem todos iguais! Todos facilmente manipuláveis, por isso o descaso com a educação, quanto menos acesso a informação, quanto menos desenvolvido o raciocínio, mais fácil controlar, mais fácil que acreditem nas mentiras, nas calúnias, mais fácil encobrir as falcatruas, roubos e o pior assassinato de todos: de nossos sonhos, nossa esperança de dias melhores. Que sejamos objetos de sacrifício, por um mundo melhor para as novas gerações. Que cresçam as crianças, pois nossos jovens estão se cansando e bitolando cada vez mais cedo...
Será que ninguém vê
O caos em que vivemos?
Os jovens são tão jovens
E fica tudo por isso mesmo
A juventude é rica, a juventude é pobre
A juventude sofre e ninguém parece perceber
Será que realmente ninguém vê, ou é mais fácil e cômodo fingir que não vê o caos? Quem ainda não se conformou que "as coisas são assim", ainda não se cansou disso tudo não é levado em consideração: "são jovens", dizem, como se dissessem : um dia se habituarão e ficarão quietos. E fica tudo por isso mesmo, porque apesar da "juventude" ser rica de vontade e ideais, é pobre de apoio e crédito. Sofre por perceber que seus esforços são em vão.
Eu tenho um coração
Eu tenho ideais
Eu gosto de cinema
E de coisas naturais
E penso sempre em sexo, oh yeah!
Conformados ou inconformados com o caos do mundo, todos somos iguais, a mesma essência, os mesmos ideias, alguns já não acreditam na mudança outros lutam por ela.
Todo adulto tem inveja, todo adulto tem inveja
Todo adulto tem inveja dos mais jovens
Inveja do tempo que era assim. Não simplesmente de sua juventude física mas sua alma jovem e voraz, sedenta de conhecimento, de justiça e de esperança...
A juventude está sozinha
Não há ninguém para ajudar
A explicar por que é que o mundo
É este desastre que aí está
Isso acontece com todo mundo: nascemos e somos "jogados" em um mundo que já estava aqui, com sua regras, limitações, seus erros e imperfeições. E ninguém sabe explicar como chegamos nessa situação: sem segurança, sem saúde, sem emprego, sem ter uma vida digna para todos.
Eu não sei, eu não sei
Dizem que eu não sei nada
Dizem que eu não tenho opinião
Me compram, me vendem, me estragam
E é tudo mentira, me deixam na mão
Não me deixam fazer nada
E a culpa é sempre minha, oh yeah!
E quando alguém questiona é taxado de nada saber, de nada entender. E deliberadamente somos comprados, com afagos, com "bolsa" isso, "bolsa" aquilo, com uma distração aqui, outra ali... E vamos ficando mal acostumados, estragados, vendidos por essa corja que quer se perpetuar no poder em benefício próprio. Agir contra isso? Você não pode, não te deixam e ainda te convencem que o errado é você.
E meus amigos parecem ter medo
De quem fala o que sentiu
De quem pensa diferente
Nos querem todos iguais
Assim é bem mais fácil nos controlar
E mentir, mentir, mentir
E matar, matar, matar
O que eu tenho de melhor: minha esperança
Que se faça o sacrifício
Que cresçam logo as crianças.
A repressão gera o medo. Nem sempre a repressão física, mas principalmente a moral: de parecer diferente, parecer deslocado, impossibilidade de fazer parte por pensar diferente. Nos querem todos iguais! Todos facilmente manipuláveis, por isso o descaso com a educação, quanto menos acesso a informação, quanto menos desenvolvido o raciocínio, mais fácil controlar, mais fácil que acreditem nas mentiras, nas calúnias, mais fácil encobrir as falcatruas, roubos e o pior assassinato de todos: de nossos sonhos, nossa esperança de dias melhores. Que sejamos objetos de sacrifício, por um mundo melhor para as novas gerações. Que cresçam as crianças, pois nossos jovens estão se cansando e bitolando cada vez mais cedo...
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Natália
Quando comecei a escrever esses textos comentando as músicas do álbum "A Tempestade (ou O Livro dos Dias), não imaginava comentar sobre essa música. Apesar de ter uma mensagem que muito semelhante aos primeiros "discos" do Legião Urbana, ela nunca me chamou muito atenção. Mas resolvi não excluí-la de minha análise, por estar relacionada (e muito) aos diversos movimentos sociais que tivemos no Brasil nos últimos tempos, e principalmente com as eleições que teremos no dia cinco de outubro.
Vamos falar de pesticidas
E de tragédias radioativas
De doenças incuráveis
Vamos falar de sua vida
Preste atenção ao que eles dizem
Ter esperança é hipocrisia
A felicidade é uma mentira
E a mentira é salvação
Beba desse sangue imundo
E você conseguirá dinheiro
E quando o circo pega fogo
Somos os animais na jaula
Mas você só quer algodão doce
Não confunda ética com éter
Quando penso em você eu tenho febre
Nessa música, "Natália" é a própria representação da juventude revoltada com as mazelas da vida, as tragédias, as doenças, as eternas promessas de melhorias dando a falsa esperança. É o retrato da indignação diante das politicagens e mentiras. Todos parecem ter as melhores intenções quando entram no círculo (ou seria circo mesmo?) da política, mas quando chegam no poder entram no esquema, "bebem o sangue imundo", e aí se tornam iguais aos que lá estão, enriquecendo às custas do povo, que vive como animais na jaula, inertes, satisfazendo-se com agrados superficiais (algodão doce), dopados como se toda ética que buscavam ao votar, se convertesse em éter, confundindo, desnorteando... Concordo com a frase... Quando penso nessa juventude que tanto briga e nada consegue, tenho febre de tristeza...
Mas quem sabe um dia eu escrevo
Uma canção pra você
Quem sabe um dia eu escrevo
Uma canção pra você
Essa é a esperança. Quem sabe um dia teremos alegrias para celebrar, uma bela canção para cantar, porque nossas lutas surtiram efeito... Sonho? Por enquanto sim...
É complicado estar só
Quem está sozinho que o diga
Quando a tristeza é sempre o ponto de partida
Quando tudo é solidão
É preciso acreditar num novo dia
Na nossa grande geração perdida
Nos meninos e meninas
Nos trevos de quatro folhas
A escuridão ainda é pior que essa luz cinza
Mas estamos vivos ainda
Complicado batalhar sozinho, cada um tem que fazer sua parte, não apenas manifestando em passeatas, mas votando conscientemente nas urnas, não elegendo os mesmos biltres que apenas querem ficar cada vez mais ricos, sugando o "sangue imundo" da corrupção. E depois de votar, exigindo que nos representem adequadamente, que lutem pelo que é melhor para o povo, não apenas para eles próprios. Precisamos acreditar que podemos mudar o cenário, se nossa geração já está perdida, temos que lutar para próxima geração. Não podemos contar apenas com a sorte (com o trevo de quatro folhas). O momento pode ser ruim, pode ser difícil, mas estamos vivos ainda, ainda podemos lutar, exigir que nos respeitem como cidadãos e seres humanos. É algo que leva tempo? Sim. São erros que vem do início? Sim. Não podemos mudar o início mas se quisermos mesmo podemos mudar o final.
E quem sabe um dia eu escrevo
Uma canção pra você
Quem sabe um dia eu escrevo
Uma canção pra você
Quem sabe, não é? Quem sabe realmente não conseguimos? E podemos começar nessas eleições, deixando de votar nos mesmos calhordas que comprovadamente nada fazem além de agir em benefício próprio. Vamos votar em quem possa, ou ao menos pareça querer mudar realmente a situação. E depois exigir que cumpram suas promessas, pois cada político eleito é um funcionário nosso, eleito por nosso voto e pago com o suor de nosso trabalho. Nosso país, nosso estado, e cada pessoa a seu redor conta com você. Faça sua parte.
Assinar:
Postagens (Atom)