No último texto falei sobre as eleições, candidatos que defendiam suas opiniões independente da perda ou não de votos e da triste escolha que teremos no segundo turno. Nessa linha, um candidato que chamou muito a atenção nesse primeiro turno foi o candidato a presidente Levy Fidelix, que deu uma declaração de forma "atabalhoada" em um debate. Chamo de declaração atabalhoada pelo fato de ter expressado sua opinião de forma um tanto agressiva, mas que não fugiu muito da realidade que vivemos: apologias erotizadas e "gayzistas".
Estamos em uma época em que a erotização anda em alta, com novos jovens e crianças sendo expostos a novelas, músicas e situações antes eram proibidas a menores. E com isso perde-se muito da bela inocência infantil, que pouco a pouco ia tendo contato com os temas adultos no seu devido tempo. Não me considero preconceituoso mas sou contra a distribuição das chamadas cartilhas "gays" para crianças, da mesma forma que seria contra uma cartilha heterossexual. Se bem me lembro, nas aulas de ciências da 7ª série (hoje seria 8ª) era tratado o assunto reprodução humana, e, pelo menos onde estudei, de forma bem didática, espontânea e sem maiores tabus. E não perdi nada não tendo cartilhas antes disso, nem deixamos de respeitar qualquer colega que parecesse não interessado no sexo oposto. Todo mundo zoava um ao outro sem que isso fosse causa de preconceito, bullying ou nome que hoje quiserem dar: um era zoado por ser gordinho, outro por ser baixinho, outro por tirar notas altas, baixas, por ser feio, por ser "fresco" ou querer parecer machão demais. Tudo se resolvia entre os alunos nas brincadeiras, quando essas passavam do ponto, professor ou inspetor intervinha, e só saía dali se a coisa fosse mais séria como agressão física ou algo parecido, e chegava até os pais.
Polícia e político discutindo zoação entre estudantes? Nem pensar. Polícia era para correr atrás de bandido, político para votar leis para melhorar segurança, saúde, educação etc. Para que se preocuparem com possível opção sexual de estudantes? Bullying? Meu Deus! Isso é palavra nova para designar coisas que todos passamos quando estávamos na escola e isso não nos fez mais ou menos traumatizados, pelo contrário, nos ensinou a lidar com nossos próprios problemas. Creio que o que passei, me fez aprender a lidar com os problemas maiores que surgiram depois de adulto.
O assunto é polêmico, então não exitarei de dar minha opinião sobre: sou contra todo tipo de discriminação, ou segregação. Já expliquei isso no texto Cotas, marchas e afins. Somos todos iguais independente de cor de pele, religião, sexo e opção sexual. Respeito quem é diferente de mim, quem pensa diferente e espero ser respeitado. Não devemos conceder privilégios nem "superpoderes" a quem se acha "minoria". Quem se acha "minoria" deve querer fazer parte e "derrotar" a quem ele ser "maioria".
E dentro desses assuntos polêmicos de diferenças de pensamento, iniciou-se semana passada o primeiro Sínodo do papado de Francisco. A 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família começou no dia 5 de outubro e terminará no dia 19 de outubro, com a beatificação do papa Paulo VI.
Dentre os 250 participantes, entres bispos, cardeais e sacerdotes, estão alguns tradicionalistas e outros que defendem uma "maior abertura da igreja para o mundo", com ideias como a comunhão para casais de segunda união e a discussão sobre uniões homo afetivas.
Não sei o que sairá desse embate entre tradicionalistas, liberais e "libertinos", mas me preocupa o rumo que isso pode dar. Sempre digo que é melhor prezar por qualidade que quantidade, querer atrair fiéis adaptando a Igreja ao mundo é um erro. Modernizar é algo diferente de esquecer seus fundamentos em prol de agradar quem não segue a religião.
Por enquanto, apenas gostaria de deixar minha opinião sobre as duas ideias "liberais" que citei. Creio que deva haver um controle mais rígido e uma orientação mais profunda a quem se dispõe a casar no religioso. Casamento não é uma festividade social e sim um sacramento, deve ser levado a sério como tal. Casamento é para sempre. Casou antes de conhecer a pessoa direito, cometeu esse equívoco, vai sofrer para sempre infeliz e fazendo o outro infeliz? Não, Deus também não quer isso. Separe-se, mas ciente que se unir-se fisicamente e/ou civilmente a outra pessoa, não poderá participar da comunhão física. Não lhe será negada a frequência às missas e cerimônias, nem a comunhão espiritual em comunidade. Mas não poderá casar-se novamente na Igreja nem comungar fisicamente.
Errado? Certo? Não discutirei isso, mas no momento que a pessoa casa no religioso está ciente disso. É a regra. Aceitou, casou na Igreja Católica, então respeite as normas.
Da mesma forma devem ser encaradas as uniões homo afetivas. A Igreja acolhe a todos, apenas não é permitida a comunhão física, nem se realizará o sacramento do matrimonio.
Esperarei o resultado do Sínodo antes de opinar mais sobre ele. Que Deus abençoe os participantes, para que a luz do Espírito Santo esteja entre eles, afastando as tentações de "modernizar" adaptando a Igreja a vontade mundana e não à vontade de Deus
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