Na última sexta-feira (26/6/2015) viu-se uma enxurrada de manifestações nas redes sociais, após a aprovação do casamento homossexual nos EUA. Favoráveis e "modistas" colorirão suas fotos de perfil, enquanto os não-favoráveis e alguns que não estavam nem aí, colocaram sua opinião a respeito. No fim algumas reclamações de ambas as partes. Eu fui um dos que critiquei, não os apoiadores, mas alguns "modistas" que sei que mudam de opinião conforme a tendencia, para parecer "politicamente correto", para não diferir de uma maioria.
Hoje estou escrevendo para deixar minha opinião a respeito e sei que serei taxado de todos os títulos existentes de preconceito. Mas antes de me julgar, peço que leia os argumentos, mesmo que difira da tua opinião, mesmo que creias ter argumentos melhores que o meu. Respeito quem pensa diferente, e quero que minha opinião seja respeitada.
Começarei sendo extremamente polêmico, com uma única frase, depois explicarei cada parte dela:
Eu tenho orgulho de ser um homem de pele clara,católico e heterossexual.
Pronto em uma só frase posso ser acusado de machista por ter orgulho de ser homem, de "racista" pela afirmação da cor de pele, de intolerante religioso por declarar minha religião e de "homofóbico" por me orgulhar de ser heterossexual.
Porém é o que ouvimos sempre das pessoas que dizem sofrer preconceitos. Elas dizem ter orgulho de ser negro, pardo, índio, de ser mulher, de ser de determinada religião, fazem marcha do "orgulho gay". Acho bom, acho válido e muito importante a pessoa ter orgulho do que é, de suas escolhas de suas convicções. Mas é preciso respeitar as diferenças para o outro lado também, pensar que só porque o outro não tem as mesmas opiniões, mesmo gosto, mesma opção sexual que você, por essa pessoa não ser do seu gênero ou da mesma "cor" que você, só porque ela é diferente não quer dizer que ela seja preconceituosa, não quer dizer que ela seja contra você ou o que você quer representar. Igualdade de direitos não quer dizer que todos tem que ser iguais ou que um grupo por se sentir menosprezado ou ser "minoria" precisa ter vantagens. Criar vantagens, regras para um grupo é desfazer a igualdade e começar a criar mais segregações. É difícil desfazer as diferenças que se criou com os anos? Sim é, mas não é criando mais diferenças que vamos resolver o problema. Por que criar cotas se somos todos iguais? Não é criando novas diferenças que vamos resolver as antigas.
Assim como não é dizendo para meninos e meninas que, mesmo fisicamente diferente, eles são iguais em "gênero" que se resolve preconceitos com opção sexual. Para que isso? Quem apoia essas cartilhas e orientações de "teorias ou teologias" de gênero, afirma que a pessoa já nasce homossexual. Se assim é, por que não deixar nossas crianças serem crianças, criar meninos como meninos, meninas como meninas e quando for o momento que sigam seus caminhos? Para que afrontarem casais, profanarem objetos religiosos em suas manifestações? Assim que pregam igualdade, se afrontam quem difere de sua opinião? Passou da hora de termos mais orgulho de sermos seres humanos, de sermos todos iguais e de nos tratarmos com respeito, respeitando as diferenças para sermos respeitados.
Pensamos diferente, temos opiniões diferentes, e eu não poderia terminar o texto de hoje sem dar a minha opinião: Sou contra o casamento homossexual.
Sim, sou contra, não apenas porque minha religião é contra, mas pelo próprio significado do casamento para mim. Para começar, considero o casamento civil mera formalidade burocrática, tanto que considero a data do meu casamento a data do casamento religioso. Visão minha, opinião minha, então do ponto de vista religioso nunca poderia haver uma casamento homo afetivo.
Uniões civis estão corretíssimas. Se duas pessoas estão juntas, dividem uma vida, nada mais justo que garantir os direitos aplicáveis a tal situação.
Mas casamento é diferente, é mais que assinar um papel e estar juntos, é formar uma família, e por escolha ou vontade divina ter ou não filhos dessa união homem-mulher, não corporal simplesmente, mas de almas. Adoção é válido, claro, podem adotar e em certos casos cuidar muito melhor que muitos casais héteros. Sim concordo, mas mesmo assim sempre dependerão de um homem e uma mulher para que essa vida seja gerada, mesmo se quiserem fazer fertilização (algo que sou tão contra quanto), precisarão de doação ou de um homem ou de uma mulher para tal.
Posso ser criticado por minhas opiniões, mas é preciso respeitar, mesmo que discorde. Por isso, caso discorde de alguma coisa, peço que deixe mais do que sua simples opinião e sim seus argumentos.
Somos todos iguais e todos temos nossas diferenças de opiniões. Mas todos somos seres humanos e devemos ser tratados com tal, sem ônus ou bônus de qualquer tipo, seja pela condição econômica, tom de pele, opção sexual ou religiosa. Seja pelo motivo que for, temos que ter orgulho de estarmos vivos e de nos respeitarmos uns aos outros, independente de nossas opiniões. Sempre.
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