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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Novo Mundo - Capítulo V

O início dessa história começa em:

http://erranteescritor.blogspot.com/2015/10/novo-mundo-prologo.html



Paulo desliga o telefone com a certeza que fizera o certo. A princípio imaginava falar algo totalmente diferente, brigaria com ela por sua atitude, falaria o quanto sentia-se mal por ter sido engando, a chamaria de mentirosa. Mas para que? Só geraria mais tristeza e não melhoraria a situação de ninguém. Ainda queria explicações, mas esperaria que ela tomasse a inciativa para dá-las. Se não desse, deixaria que a ferida fechasse, e seguiria sua vida.

Horas depois, Fernanda ainda dormia no chão de seu apartamento. Confusa, sem saber se estava sonhando ou acordada. Sentia vertigem enquanto ouvia sua própria voz dentro de sua mente dizendo coisas incompreensíveis.

Acordou e levantou-se com dificuldade. Estava toda dolorida de ter dormido no chão. Olhou ao redor e não reconheceu o próprio apartamento. Peguntava-se onde estaria.

O telefone tocou.

- Oi Nanda, é o Júlio. Tudo bem contigo? - era seu irmão que morava no sul.

-Desculpe, não tem nenhuma Nanda aqui não, senhor.

- Para de brincadeira e diz como você está.

- Desculpe, o senhor ligou errado. - E desligou.

O irmão não entendeu nada e ligou novamente. E novamente ela disse que não conhecia nenhuma Fernanda, nem Júlio. Percebeu que a coisa era séria.

Perdida dentro da própria casa, Fernanda caminhava, buscando respostas. Via porta-retratos com fotos dela que ela não lembrava ter tirado, em lugares que ela não lembrava de ter visitado. Estava com fome, seu estomago doía por algo. Foi para cozinha e abriu a geladeira, e viu que tinha comida guardada. Será que ela fizera e não se lembrava? Não sabia, de fato não sabia de nada.

Novamente o telefone toca e era alguém querendo saber se estava bem. Se Fernanda estava bem... Quem era essa Fernanda??? Seu nome era Léia, tinha certeza disso... Ou quase tinha certeza... A cabeça doía, já não tinha certeza de mais nada. Estava cansada, dolorida, queria apenas dormir e acordar daquele pesadelo.


Continua

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