http://erranteescritor.blogspot.com/2015/10/novo-mundo-prologo.html
Paulo estava cansado. Depois de alguns relacionamentos mal sucedidos, acabou conhecendo uma garota na internet, enquanto usava o PC da faculdade durante um intervalo. Conhecera, se apaixonara, e há mais de um ano tentava fazer esse relacionamento seguir adiante, mas nunca conseguia vê-la.
Tinha algumas fotos dela, que ela mesmo mandara. Certas fotos até pareciam ser de pessoas diferentes, mas no fundo nunca duvidara dela. Se uma foto fosse embromação, outras com certeza seriam dela.
Insistira diversas vezes por uma conversa por vídeo, mas ela nunca aceitara, sempre havia alguma desculpas. Desculpas também não faltaram quando combinavam de se ver, e no fim ela não aparecia. Por diversas vezes esteve onde ela trabalhava, mas nunca conseguira falar com ela, ora porque "o porteiro era novo e não conhecia ela", ora porque "ela estaria em reunião o dia inteiro"
Por mais que gostasse dela, tudo isso gerava um desconforto nele, e nos momentos de maior tristeza, ele já não sabia se Léia era real ou não.
Agora se passaram duas semanas que ela sumira: ele telefonava e o telefone estava fora de área. No telefone do trabalho, ninguém atendia.
Cansou. Quereria respostas para perguntas que ainda não havia formulado. Ficou olhando por um longo tempo para as fotos que tinha, e por um momento começou a perceber que as diferenças entre algumas fotos não eram tão sutis assim.
Lembrou-se de uma técnica que vira em um programa de TV: busca reversa de imagens, diretamente no Google Imagens. Testou as fotos uma a uma, e descobriu o site de onde vieram. Vários nomes, vários perfis, nenhum de Léia. Andreia, Patricia, Cristina, Claudia... Mas nenhuma Léia.
Chegou a pensar em entrar em contato com alguma daquelas pessoas, quem sabe ela ocultara seu verdadeiro nome, por algum motivo. Mas antes que fizesse isso, lembrou-se de um amigo que trabalhava em uma operadora de celular, e teria acesso aos dados de quem estava registrado o número que Léia conversava com ele.
Conseguiu um CPF e um nome: Fernanda. E nenhuma daquelas fotos pertencia a uma Fernanda. Nome falso, foto falsa... O que mais na história seria mentira?
Conseguiu encontrar um perfil na internet com o nome dela. Os dados de empresa, idade, tudo batia. Mas a foto era diferente de todas que já vira antes, e uma coisa o deixou mais confuso: Ela era bela, talvez mais bela que todas as fotos que ele recebera. Seria aquela foto no perfil também alguma mentira? Se era, não havia outro site com aquela foto, ele pesquisara e nenhuma outra página encontrara, além do perfil de Fernanda.
Agora que sabia da verdade, só esperaria. Se um dia ela voltasse, ele tiraria toda essa história a limpo. Poderia deixar, esquecê-la e seguir sua vida. Mas Paulo queria saber o porquê. Nem que fosse apenas para matar sua curiosidade.
Duas semanas depois, seu telefone toca: Léia, ou como agora ele sabia, Fernanda. Era hora da verdade.
Tinha algumas fotos dela, que ela mesmo mandara. Certas fotos até pareciam ser de pessoas diferentes, mas no fundo nunca duvidara dela. Se uma foto fosse embromação, outras com certeza seriam dela.
Insistira diversas vezes por uma conversa por vídeo, mas ela nunca aceitara, sempre havia alguma desculpas. Desculpas também não faltaram quando combinavam de se ver, e no fim ela não aparecia. Por diversas vezes esteve onde ela trabalhava, mas nunca conseguira falar com ela, ora porque "o porteiro era novo e não conhecia ela", ora porque "ela estaria em reunião o dia inteiro"
Por mais que gostasse dela, tudo isso gerava um desconforto nele, e nos momentos de maior tristeza, ele já não sabia se Léia era real ou não.
Agora se passaram duas semanas que ela sumira: ele telefonava e o telefone estava fora de área. No telefone do trabalho, ninguém atendia.
Cansou. Quereria respostas para perguntas que ainda não havia formulado. Ficou olhando por um longo tempo para as fotos que tinha, e por um momento começou a perceber que as diferenças entre algumas fotos não eram tão sutis assim.
Lembrou-se de uma técnica que vira em um programa de TV: busca reversa de imagens, diretamente no Google Imagens. Testou as fotos uma a uma, e descobriu o site de onde vieram. Vários nomes, vários perfis, nenhum de Léia. Andreia, Patricia, Cristina, Claudia... Mas nenhuma Léia.
Chegou a pensar em entrar em contato com alguma daquelas pessoas, quem sabe ela ocultara seu verdadeiro nome, por algum motivo. Mas antes que fizesse isso, lembrou-se de um amigo que trabalhava em uma operadora de celular, e teria acesso aos dados de quem estava registrado o número que Léia conversava com ele.
Conseguiu um CPF e um nome: Fernanda. E nenhuma daquelas fotos pertencia a uma Fernanda. Nome falso, foto falsa... O que mais na história seria mentira?
Conseguiu encontrar um perfil na internet com o nome dela. Os dados de empresa, idade, tudo batia. Mas a foto era diferente de todas que já vira antes, e uma coisa o deixou mais confuso: Ela era bela, talvez mais bela que todas as fotos que ele recebera. Seria aquela foto no perfil também alguma mentira? Se era, não havia outro site com aquela foto, ele pesquisara e nenhuma outra página encontrara, além do perfil de Fernanda.
Agora que sabia da verdade, só esperaria. Se um dia ela voltasse, ele tiraria toda essa história a limpo. Poderia deixar, esquecê-la e seguir sua vida. Mas Paulo queria saber o porquê. Nem que fosse apenas para matar sua curiosidade.
Duas semanas depois, seu telefone toca: Léia, ou como agora ele sabia, Fernanda. Era hora da verdade.
Continua
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