Só depois que uma criança chama sua atenção, Mago se dá conta que não contara nenhum história até então, apenas ficara em devaneios em sua mente, recordando alguns fatos e personagens.
- Você está certo - afirmou Mago - Até agora não contei nada do que prometi. Mas contarei e começarei com algo bem peculiar que talvez nem saiba explicar. Quem sabe vocês não me ajudam?
Animadas as crianças voltam a sentar-se em volta daquele senhor de aparência centenária, que até então parecia estar em transe.
- Ser chamado de Mago ainda me é estranho. Poucas vezes fui realmente chamado assim, apesar de tal alcunha ser bem antiga. A primeira vez que fui chamado assim foi durante minhas andanças no árido deserto, logo após meu período de crescimento e meditação. Conheci um andarilho chamado Frei, que me deu essa alcunha.
Nunca fiz magia, mas minhas atitudes sempre pareceram magia até para mim. Paciência, mesmo diante de situações intoleráveis; silêncio em meio ao barulho com único intuito de não aumentá-lo. Mas isso não era magia, nem qualidade, era um sério defeito que me levou a adoecer de tanto acumular dentro de mim.
Com o tempo, mesmo sem agir com magia, todos passaram a se referir a mim como Mago, muitas histórias contadas de minhas andanças e fico feliz em contar um pouco dessas histórias para vocês, enquanto a chama da vida ainda crepita em mim.
Continua
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