Aprendi a ler, escrever e na escola incentivavam muito isso. Com o tempo fui escrevendo em cadernos textos que ninguém nunca leria, nem mesmo eu. Descobri que algumas pessoas gostavam de ler, e de textos avulsos fui às cartas.
Sim, cartas. Ainda estava longe da era digital de emails e afins. Cartas e mensagens entregues pessoalmente ou via correios mesmo. E não posso mencionar cartas sem lembrar de uma pessoa a quem mandei muitas por um bom tempo. Uma amizade longa e duradoura, que até hoje mantenho. Improvável no início e certeira no fim.
Lembro como curiosa foi a forma que nos aproximamos. Por causa do período de greve no colégio, alguns professores resolveram dar aulas extras no fim do dia para repor a matéria, para quem se interessasse. Aconteceu de um dia ambos irem para aula, mas a mesma tinha sido cancelada e não sabíamos. Como a mãe dela estava fazendo aula de idiomas a noite, ficamos conversando enquanto ela aguardava a mãe. Descobri que ela gosta de ler, adorava receber cartas, e, no fim, descobri uma grande amizade depois de quase um ano estudando juntos. Sentávamos em lados opostos da sala, dentre quase quarenta alunos, era pouco provável que tivéssemos aquela conversa em outras circunstâncias.
Uma amizade que venceu esses quase vinte anos de hiato. Ela foi a única pessoa daquela época que esteve em meu casamento, e com quem ainda hoje converso, mesmo que esporadicamente. Foi um incentivo a escrever, talvez o primeiro do ponto de vista escrever para que alguém leia. Um começo feliz e uma amizade duradoura.
Cara amiga, meu muito obrigado. Este texto é seu.
Lembro como curiosa foi a forma que nos aproximamos. Por causa do período de greve no colégio, alguns professores resolveram dar aulas extras no fim do dia para repor a matéria, para quem se interessasse. Aconteceu de um dia ambos irem para aula, mas a mesma tinha sido cancelada e não sabíamos. Como a mãe dela estava fazendo aula de idiomas a noite, ficamos conversando enquanto ela aguardava a mãe. Descobri que ela gosta de ler, adorava receber cartas, e, no fim, descobri uma grande amizade depois de quase um ano estudando juntos. Sentávamos em lados opostos da sala, dentre quase quarenta alunos, era pouco provável que tivéssemos aquela conversa em outras circunstâncias.
Uma amizade que venceu esses quase vinte anos de hiato. Ela foi a única pessoa daquela época que esteve em meu casamento, e com quem ainda hoje converso, mesmo que esporadicamente. Foi um incentivo a escrever, talvez o primeiro do ponto de vista escrever para que alguém leia. Um começo feliz e uma amizade duradoura.
Cara amiga, meu muito obrigado. Este texto é seu.
continua