Fiquei pensando como começaria essa carta, sem anunciar de cara o teor dela. Na verdade, tenho poucas palavras ainda a dizer de tantas que foram ditas. Talvez essa seja a melhor maneira de começar: palavras.
Quantas palavras foram ditas, nas mais diversas horas? Palavras certas em horas erradas e erradas nas horas certas. Mas no momento pouco importa o que foi dito ou deixou-se de dizer. O passado de sonhos, promessas, planos e afins, foi tão bom quanto deveria ser, e foi muito mais importante do que possa ter parecido. Mas o hoje é mais importante.
Você tem sorte. Essa é a primeira das cartas e por isso teve direito a uma introdução elaborada, mas sincera. É provável que as próximas sejam mais diretas, mas essa merecia esse "Q" a mais. Você o merecia, não apenas pela ordem cronológica dos momentos, mas o impacto a longo prazo.
Agradeço pelos sonhos compartilhados e estimulados, pelos momentos de espera, de apreensão de alegrias e tristezas. Agradeço pela presença nos campos ilusórios, pelas ausências nos campos reais, pois ambas me fizeram valorizar imensamente detalhes que nem de longe eu era capaz de perceber. Agradeço porque mesmo que indiretamente me "deu um empurrão", mesmo que depois eu tenha caído algumas vezes, me tirou da estática e me fez poder seguir em frente.
Quero me despedir de você e dessa época que, depois de algum tempo, descobri o quanto me fez bem, o quanto me fez crescer. Valeu cada lágrima e cada sorriso. Muito obrigado.
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