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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Carta 2

Como me despedir quando já houve a despedida? Não sei. Me dispus a escrever essas cartas, para me despedir de épocas de aprendizado, de lições aprendidas, de crescimento pessoal. Antes de me despedir, preciso relembrar o que você significou.

Eu vinha de uma época de dúvidas, e principalmente de grandes ausências e lacunas. Uma época de um "perto longe", de prioridades difusas e principalmente uma sensação enorme de não ser prioridade. Um trecho de música que lembra bem a sua chegada: "Quando me vi tendo de viver comigo apenas e com o mundo, você me veio como um sonho bom...". E o melhor de tudo, nunca sequer deixou que eu pensasse que não passaria de um sonho bom. 

Demorei muito para aprender a lição que me foi dada nessa época. Enquanto me dizia e mostrava que existia um mundo fora do mundo dos sonhos, que eu era capaz de viver nesse mundo "externo", que existiam pessoas nesse mundo que valeria a pena conhecer e conviver, eu... sonhava. Talvez se tivesse aprendido naquele momento o que me querias dizer, não tivesse caído a frente, e não teria hoje uma cicatriz.

Por um longo tempo demorei a perceber que não apenas eu aprendi alguma coisa, mas também ajudei no teu aprendizado, se em um momento você duvidou, foi para em seguida aumentar tua certeza. Gostaria de poder te dizer que aquela certeza que você teve, hoje eu a tenho. Gostaria que pudesse ver, o caminho que segui, que estivesse presente... Mas já nos despedimos e foi na hora que deveria ser. Já tínhamos aprendido e ensinado o que poderíamos. Mas minha gratidão é eterna. Deus esteja sempre contigo.

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