Talvez essa seja a carta que mais alterações teria de acordo com o tempo. Houve época que seria de desabafo, outra que seria de desculpas e hoje é despedida.
Tudo a seu tempo, tudo na sua época. Ao contrário do que diz a música, as ações foram erradas, o tempo certo. Mas mesmo erradas foram necessárias. Eu vinha de duas ocasiões peculiares: primeiro uma sensação de "não-priorizado", achando ser incapaz, e em seguida um período em que Deus enviou um anjo para me convencer da minha capacidade. Mas não me convenci e resolvi atirar-me completamente ao mundo.
Não foi tua culpa, a culpa foi minha por ignorar tudo que eu realmente queria e cria, saindo completamente de minha frequência para atingir a tua. Me dispus a ceder, sem sequer almejar que cedesses. No fim, feri tanto quanto ferido fui, em quedas não tão necessárias, mas que me foram úteis para aprender o que quero ou não para mim. Um tempo curto em que me permiti o que de fato não quereria para mim.
Uma época que me arrancou como uma bala de meu infinito particular, que tive que reconstruir, pouco a pouco. Uma época que não volta mais, mas mesmo assim, sou grato.
Me despeço de você, não com toda a sensação de necessidade das demais cartas. Mas com a certeza de gratidão pela lição aprendida.
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