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quinta-feira, 13 de março de 2014

Ciúme

O que é ciúme? Segundo o dicionário Aurélio temos:

s.m. Emulação, inveja; zelo de amor. / Pesar, despeito por ver alguém possuir um bem que se desejaria ter: o ciúme o atormenta. / Receio de que a pessoa amada se apegue a outrem.

Houve quem matasse por isso, outros como Ultraje a Rigor, querem levar uma vida moderninha, mas se "mordem de ciúmes".

Não mataria, e creio que também não morreria por isso. Sempre penso que sentimentos são coisas complexas para serem exprimidas em palavras, em especial quando envolvem mais de uma pessoa. Acredito que só as pessoas envolvidas em determinado sentimento conseguiriam entendê-lo, pois cada um é único e por si só especial: não há dois "amores" iguais, dois ciúmes iguais. Cada caso é um caso, cada sentimento é um sentimento.

Nesse momento você, nobre leitor, deve estar se perguntando: se não vai opinar, não vai dizer o que acha, por que escrever sobre o assunto? Você tem razão, mas também pressa em seus pensamentos. 

Seguindo a definição do dicionário, podemos dizer que existem vários tipos de ciúmes. 

O ciúme com sentido de inveja, aquela inveja ruim, é o pior. Tão ruim que nem considero com ciúme. É um desejo do tipo: se eu não posso (ter, fazer ou ser) ninguém mais pode. Isso é mesquinharia do maior grau e nem vale o tempo de se comentar.

O segundo tipo que podemos citar é o "receio de que a pessoa amada se apegue a outrem". Creio que esse tipo seja o estágio inicial de outro tipo, mas é bem representativo. A insegurança do início de qualquer relacionamento afetivo, por mais tempo que tenha o relacionamento, esse receio aparece mais quando menos consolidado estar. Costumo dizer que quem ama confia, não precisa de ter ciúme e também não precisa nem o provocar. Quem ama sabe se portar. É um ciúme ruim na hora, mas até gostoso de sentir e ter provocado, o que mostra um amor, mesmo que em fase embrionária.

O ciúme de posse é algo um pouco estranho. Muitas vezes se confunde com o anterior, mas no fundo não é um receio por amor e sim pela possibilidade de "perda de algo que possuía". Muito triste quando isso acontece, pois se dá pelo hábito do que se tem na vida e não pelo amor que se tem.

O último tipo de que falarei é o que considero belo e puro. Não é o receio que a pessoa amada se apegue a alguém e sim que a pessoa a quem temos apreço não seja tão feliz quanto você crê que ela poderia ser ou que você poderia fazer. Aí envolve um misto de amor, ciúme e culpa, pois pode vir a sensação de que você sabe que poderia fazer mais para que ela fosse feliz, e não o fez ou não convenceu o "ser amado" que é capaz de fazer. De fato esse é o único deles que pode ser dito como zelo realmente, pois vem do amor, seja qual for seu tipo ou intensidade.

Longe de ser poeta, essa é uma definição torta de um sentimento sinuoso... Caso algum poeta queira comentar, fique a vontade. Ficarei feliz de ler outros pontos de vista.




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