Já escrevi um pouco sobre as perspectivas para o novo ano na mensagem de Natal. Entretanto, cri ser bom escrever um pouco mais hoje, dia que o ano se encerra.
Poucas vezes em minha vida senti o que estou prestes a escrever: "apaguem 2021" e vamos começar de novo. Em geral, mesmo nos anos mais difíceis, costumo afirmar que tirei grandes ensinamentos do ano, das dificuldades, etc. Não, caro leitor, não quero afirmar que dessa vez não aprendi absolutamente nada, pelo contrário, aprendi muito entre erros e acertos, mas pela primeira vez acredito que poderia aprender em qualquer ano, qualquer situação diversa da que se passa.
Contudo, prefiro encarar esse ano como o segundo filme de uma trilogia: normalmente não é um bom filme, mas uma conexão entre o primeiro, que trouxe todo o enredo da história e o terceiro que virá com o desfecho e, na grande maioria dos filmes, o "final feliz". Será que conseguimos?
Dois mil e vinte trouxe grandes desafios, limitações, medos e dúvidas, que se prolongaram por todo esse ano, porém, tivemos uma ponta de esperança nos últimos meses. Uma esperança que realmente podemos fazer de dois mil e vinte dois, um ano de grande conclusão dessa fase de incertezas. Um grande desfecho desse enorme, e em muitos casos doloroso, aprendizado.
Nessa linha, me perguntaram sobre metas para o novo ano. Minha única meta é chegar ao fim do ano vivo e bem de saúde. Não é pessimismo ou algo do tipo. Resolvi não fazer metas, não ter metas e viver dia a dia. Tenho planos que vou concluindo conforme é possível, e espero continuar dessa forma.
Acredito que esse ano será de surpresas. Não importa se boas ou ruins, será de surpresas. E dependerá de nós transformarmos o que for uma "surpresa ruim" em oportunidade de fazermos melhor, de mudarmos para algo melhor.
Que assim seja! Feliz 2022 e uma vida feliz a todos