Infelizmente a postagem que eu tinha programado para ser publicada no Natal não foi publicada. Erro do dispositivo que fica entre o teclado e cadeira.
Bem, deixarei essa guardada para o próximo ano. O Natal já passou, e desejo muito que todos, leitores ou não, tenha tido um santo e abençoado Natal. Agora é época de pensar no novo ano que já se avizinha.
Um novo ano, novos planos e promessas. Algumas promessas que se acumulam ano após ano, sem serem cumpridas, outros planos se juntam aos não concretizados e se repete o mesmo ciclo. Promessas, planos e quase sempre um ano igual, sem grandes mudanças.
Apesar dos pesares, não tenho muito a reclamar do ano de 2013. Tive uma grande tristeza no fim do ano, mas nada que nem de perto superasse a simples benção de estar vivo. Creio que isso é que todos deveriam valorizar e aproveitar o fim do ano para agradecer: o dom da vida.
Em um mundo em que está tão difícil sobreviver, estar vivo é uma benção, ter uma vida, a verdadeira dádiva. Com todos as dificuldades que se possa existir, ter comida no prato, um teto, pessoas que se importam contigo, são verdadeiros presentes de Deus.
Nesse fim de ano quero fazer um grande agradecimento. Primeiro a Deus, por me abençoar diariamente, tenho família, amigos, alimentação, emprego, saúde (o suficiente), um lugar para morar. Tenho o suficiente para viver e para sonhar em fazer por mais e melhor, não por achar pouco mas pela simples necessidade de crescer, de evoluir como pessoa. Agradeço a cada pessoa que cruzou o meu caminho esse ano, tendo ficado ou não em minha vida. Agradeço àquelas pessoas, que mesmo não tendo visto ou falado esse ano, não saem de minha memória e foram importantes para eu ser quem sou hoje. E agradeço a você que está lendo, que talvez nem faça ideia de quem sou, e mais provável ainda eu nem saiba que você lê o que escrevo. É por você, por mim, por todos que escrevo aqui sempre que posso.
Muito obrigado e um 2014 de muita paz e harmonia a todos nós.
Opiniões, comentários e assuntos do momento, diretamente da cabeça de um escritor errante porque não para no meio do caminho e também erra.
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terça-feira, 31 de dezembro de 2013
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
O que acontece em Manaus, em Manaus fica...
Essa frase que intitula esse texto foi dito por um colega de trabalho a outro, semana passada, quando estive a trabalho naquela cidade. Um havia bebido demais no dia anterior e o outro, brincando, disse que contaria a noiva do primeiro o quão "chapado" ele ficara. No fim da conversa, no tom da brincadeira essa frase surgiu: o que acontece em Manaus, em Manaus fica.
A frase, apesar de simples e em tom de brincadeira me fez pensar na facilidade que certas ocasiões propiciam, não apenas ao exagero como foi o caso dele, mas no erro, no abuso, nas tentações em geral. Apesar de diversas vezes ouvir relatos que sugeriam isso, nunca havia percebido o quão verdade eram tais relatos.
Você viaja, se hospeda em um hotel que, em nome do conforto de seus clientes, não controla a entrada e saída das pessoas. Alguns colegas afirmam que dependendo para onde você for, dizer que você é do Rio de Janeiro, e ainda mais está a trabalho (ou seja não é um vagabundo que conseguiu viajar rs), abrem-se muito mais que portas e sorrisos. E diante disso, o que impede de "exagerar", desfrutar de todos os prazeres possíveis nem que seja por um dia, afinal o que lá acontece, lá fica? Eu sei o que impede: a consciência, o espírito, o senso de certo e errado.
Pensei em tudo isso, e fiquei com pena das pessoas que caem nessa tentação desse caminho fácil e aparentemente prazeroso. De minha parte, não vejo prazer nenhum em enganar ou ludibriar quem quer que seja. Mais vale para mim, chegar em casa com o rosto cansado da viagem, mas com a consciência tranquila, e o espírito verdadeiramente em paz, por ter agido da mesma forma agiria se em casa estivesse, sem me vestir de um personagem dúbio.
Sempre afirmo que quando a pessoa quer seguir o caminho errado, arruma um jeito, infelizmente até mais facilmente que para fazer o correto. Oro para que essas pessoas encontrem Deus, e façam o que melhor for para suas vidas, não o que parece mais fácil.
A frase, apesar de simples e em tom de brincadeira me fez pensar na facilidade que certas ocasiões propiciam, não apenas ao exagero como foi o caso dele, mas no erro, no abuso, nas tentações em geral. Apesar de diversas vezes ouvir relatos que sugeriam isso, nunca havia percebido o quão verdade eram tais relatos.
Você viaja, se hospeda em um hotel que, em nome do conforto de seus clientes, não controla a entrada e saída das pessoas. Alguns colegas afirmam que dependendo para onde você for, dizer que você é do Rio de Janeiro, e ainda mais está a trabalho (ou seja não é um vagabundo que conseguiu viajar rs), abrem-se muito mais que portas e sorrisos. E diante disso, o que impede de "exagerar", desfrutar de todos os prazeres possíveis nem que seja por um dia, afinal o que lá acontece, lá fica? Eu sei o que impede: a consciência, o espírito, o senso de certo e errado.
Pensei em tudo isso, e fiquei com pena das pessoas que caem nessa tentação desse caminho fácil e aparentemente prazeroso. De minha parte, não vejo prazer nenhum em enganar ou ludibriar quem quer que seja. Mais vale para mim, chegar em casa com o rosto cansado da viagem, mas com a consciência tranquila, e o espírito verdadeiramente em paz, por ter agido da mesma forma agiria se em casa estivesse, sem me vestir de um personagem dúbio.
Sempre afirmo que quando a pessoa quer seguir o caminho errado, arruma um jeito, infelizmente até mais facilmente que para fazer o correto. Oro para que essas pessoas encontrem Deus, e façam o que melhor for para suas vidas, não o que parece mais fácil.
Papa Francisco desmascara o Socialismo/Comunismo
Li este artigo no site blitzdigital.com.br, e achei muito interessante. Transcrevo parte dele aqui, e deixo ao fim o link para quem desejar lê-lo por inteiro.
Começa a circular a transcrição de uma entrevista feita com o atual Papa Francisco quando ele era o então Cardeal Bergoglio, na Argentina. Na realidade, foi uma emboscada realizada pelo jornalista Chris Matthews da MSNBC, mas Bergolio encurralou Matthews de tal forma que a entrevista nunca foi ao ar porque, ao perceber que seu plano havia falhado, Matthews arquivou o vídeo. Porém, um estudante de Notre Dame, que prestava serviços sociais na MSNBC, apoderou-se dele e o deu para seu professor.
O destaque da entrevista é a discussão sobre a pobreza. A entrevista é muito maior, para os que quiserem ler na totalidade clique AQUI (Em Inglês)
A entrevista começou quando o jornalista, tentando embaraçar o Cardeal, perguntou-lhe o que ele pensava sobre a pobreza no mundo.
O Cardeal respondeu:
- Primeiro na Europa e agora nas Américas, alguns políticos têm-se dedicado a endividar as pessoas, fazendo com que fiquem dependentes. E para quê? Para aumentar o seu poder. Eles são grandes especialistas em criação de pobreza e isso, ninguém questiona. Eu esforço-me para lutar contra esta pobreza. A pobreza tornou-se algo natural e isso é ruim. Minha tarefa é evitar o agravamento de tal condição. As ideologias que produzem a pobreza devem ser denunciadas. A educação é a grande solução para o problema. Devemos ensinar as pessoas como salvar sua alma, mas ensinar-lhes também a evitar a pobreza e a não permitir que o governo os conduza a esse estado lastimável
Matthews pergunta:
- O senhor culpa o governo?
- Eu culpo os políticos que buscam seus próprios interesses. Você e seus amigos são socialistas. Vocês (socialistas) e suas políticas, são a causa de 70 anos de miséria, e são culpados de levar muitos países à beira do colapso. Vocês acreditam na redistribuição, que é uma das razões para a pobreza. Vocês querem nacionalizar o universo para poder controlar todas as atividades humanas. Vocês destroem o incentivo do homem, até mesmo para cuidar de sua família, o que é um crime contra a natureza e contra Deus. Esta vossa ideologia cria mais pobres do que todas as empresas que vocês classificam de diabólicas.
Replica Mathews:
- Eu nunca tinha ouvido nada parecido de um cardeal.
- As pessoas dominadas pelos socialistas precisam de saber que não têm que ser pobres.
Ataca Mathews:
- E a América Latina? O senhor quer negar o progresso conseguido?
- O império da dependência foi criado na Venezuela por Hugo Chávez, com falsas promessas e mentindo para que se ajoelhem diante de seu governo. Dando peixe ao povo, sem lhes permitir pescar. Se na América Latina alguém aprende a pescar é punido e seus peixes são confiscados pelos socialistas. A liberdade é castigada. Você fala de progresso e eu falo de pobreza. Temo pela América Latina. Toda a região está controlada por um bloco de regimes socialistas, como Cuba, Argentina, Equador, Bolívia, Venezuela, Nicarágua. Quem vai salvá-los (a América Latina) dessa tirania?
Acusa Mathews:
- O senhor é um capitalista?
- Se pensarmos que o capital é necessário para construir fábricas, escolas, hospitais, igrejas, talvez eu seja capitalista. Você se opõe a este raciocínio?
- Claro que não, mas o senhor não acha que o capital é retirado do povo pelas corporações abusivas?
- Não, eu acho que as pessoas, através de suas escolhas econômicas, devem decidir que parte do seu capital vai para esses projetos. O uso do capital deve ser voluntário. Só quando os políticos se apropriam (confiscam) esse capital para construir obras públicas e para alimentar a burocracia, é que surge um problema grave. O capital investido voluntariamente é legítimo, mas o que é investido com base na coerção é ilegítimo.
- Suas ideias são radicais, diz o jornalista.
- Não. Há anos Khrushchev advertiu: "Não devemos esperar que os americanos abracem o comunismo, mas podemos ajudar os seus líderes com injeções de socialismo, até que, ao acordar, eles percebam que abraçaram o comunismo". Isto está acontecendo agora mesmo no antigo bastião da liberdade. Como os EUA poderão salvar a América Latina, se eles próprios se tornarem escravos de seu governo?
Mathews diz:
- Eu não consigo digerir (aceitar) tal pensamento.
O Cardeal respondeu:
- Você está muito irritado porque a verdade pode ser dolorosa. Vocês (os socialistas) criaram o estado de bem-estar que consiste apenas em atender às necessidades dos pobres, pobres esses que foram criados por vocês mesmos, com a vossa política. O estado interventor retira da sociedade, a sua responsabilidade. Graças ao estado assistencialista, as famílias deixam de cumprir seus deveres para obterem o seu bem-estar, incluindo as igrejas. As pessoas já não praticam mais a caridade e veem os pobres como um problema de governo. Para a igreja já não há pobres a ajudar, porque foram empobrecidos permanentemente e agora são propriedade dos políticos. E algo que me irrita profundamente, é o fato dos meios de comunicação observarem o problema sem conseguir analisar o que o causa. O povo empobrece e logo em seguida, vota em quem os afundou na pobreza.
Para quem se interessar mais pelo assunto, o artigo completo encontra-se no site: http://blitzdigital.com.br/index.php/fe/549-papa-desmascara-o-socialismo-comunismo-em-uma-entrevista-bombastica
Começa a circular a transcrição de uma entrevista feita com o atual Papa Francisco quando ele era o então Cardeal Bergoglio, na Argentina. Na realidade, foi uma emboscada realizada pelo jornalista Chris Matthews da MSNBC, mas Bergolio encurralou Matthews de tal forma que a entrevista nunca foi ao ar porque, ao perceber que seu plano havia falhado, Matthews arquivou o vídeo. Porém, um estudante de Notre Dame, que prestava serviços sociais na MSNBC, apoderou-se dele e o deu para seu professor.
O destaque da entrevista é a discussão sobre a pobreza. A entrevista é muito maior, para os que quiserem ler na totalidade clique AQUI (Em Inglês)
A entrevista começou quando o jornalista, tentando embaraçar o Cardeal, perguntou-lhe o que ele pensava sobre a pobreza no mundo.
O Cardeal respondeu:
- Primeiro na Europa e agora nas Américas, alguns políticos têm-se dedicado a endividar as pessoas, fazendo com que fiquem dependentes. E para quê? Para aumentar o seu poder. Eles são grandes especialistas em criação de pobreza e isso, ninguém questiona. Eu esforço-me para lutar contra esta pobreza. A pobreza tornou-se algo natural e isso é ruim. Minha tarefa é evitar o agravamento de tal condição. As ideologias que produzem a pobreza devem ser denunciadas. A educação é a grande solução para o problema. Devemos ensinar as pessoas como salvar sua alma, mas ensinar-lhes também a evitar a pobreza e a não permitir que o governo os conduza a esse estado lastimável
Matthews pergunta:
- O senhor culpa o governo?
- Eu culpo os políticos que buscam seus próprios interesses. Você e seus amigos são socialistas. Vocês (socialistas) e suas políticas, são a causa de 70 anos de miséria, e são culpados de levar muitos países à beira do colapso. Vocês acreditam na redistribuição, que é uma das razões para a pobreza. Vocês querem nacionalizar o universo para poder controlar todas as atividades humanas. Vocês destroem o incentivo do homem, até mesmo para cuidar de sua família, o que é um crime contra a natureza e contra Deus. Esta vossa ideologia cria mais pobres do que todas as empresas que vocês classificam de diabólicas.
Replica Mathews:
- Eu nunca tinha ouvido nada parecido de um cardeal.
- As pessoas dominadas pelos socialistas precisam de saber que não têm que ser pobres.
Ataca Mathews:
- E a América Latina? O senhor quer negar o progresso conseguido?
- O império da dependência foi criado na Venezuela por Hugo Chávez, com falsas promessas e mentindo para que se ajoelhem diante de seu governo. Dando peixe ao povo, sem lhes permitir pescar. Se na América Latina alguém aprende a pescar é punido e seus peixes são confiscados pelos socialistas. A liberdade é castigada. Você fala de progresso e eu falo de pobreza. Temo pela América Latina. Toda a região está controlada por um bloco de regimes socialistas, como Cuba, Argentina, Equador, Bolívia, Venezuela, Nicarágua. Quem vai salvá-los (a América Latina) dessa tirania?
Acusa Mathews:
- O senhor é um capitalista?
- Se pensarmos que o capital é necessário para construir fábricas, escolas, hospitais, igrejas, talvez eu seja capitalista. Você se opõe a este raciocínio?
- Claro que não, mas o senhor não acha que o capital é retirado do povo pelas corporações abusivas?
- Não, eu acho que as pessoas, através de suas escolhas econômicas, devem decidir que parte do seu capital vai para esses projetos. O uso do capital deve ser voluntário. Só quando os políticos se apropriam (confiscam) esse capital para construir obras públicas e para alimentar a burocracia, é que surge um problema grave. O capital investido voluntariamente é legítimo, mas o que é investido com base na coerção é ilegítimo.
- Suas ideias são radicais, diz o jornalista.
- Não. Há anos Khrushchev advertiu: "Não devemos esperar que os americanos abracem o comunismo, mas podemos ajudar os seus líderes com injeções de socialismo, até que, ao acordar, eles percebam que abraçaram o comunismo". Isto está acontecendo agora mesmo no antigo bastião da liberdade. Como os EUA poderão salvar a América Latina, se eles próprios se tornarem escravos de seu governo?
Mathews diz:
- Eu não consigo digerir (aceitar) tal pensamento.
O Cardeal respondeu:
- Você está muito irritado porque a verdade pode ser dolorosa. Vocês (os socialistas) criaram o estado de bem-estar que consiste apenas em atender às necessidades dos pobres, pobres esses que foram criados por vocês mesmos, com a vossa política. O estado interventor retira da sociedade, a sua responsabilidade. Graças ao estado assistencialista, as famílias deixam de cumprir seus deveres para obterem o seu bem-estar, incluindo as igrejas. As pessoas já não praticam mais a caridade e veem os pobres como um problema de governo. Para a igreja já não há pobres a ajudar, porque foram empobrecidos permanentemente e agora são propriedade dos políticos. E algo que me irrita profundamente, é o fato dos meios de comunicação observarem o problema sem conseguir analisar o que o causa. O povo empobrece e logo em seguida, vota em quem os afundou na pobreza.
Para quem se interessar mais pelo assunto, o artigo completo encontra-se no site: http://blitzdigital.com.br/index.php/fe/549-papa-desmascara-o-socialismo-comunismo-em-uma-entrevista-bombastica
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Primeira vez
Esse é um assunto muito delicado para mim. Por muito tempo achei que fora no momento errado, ora achando que esperara demais, em outro momentos me enchendo de certeza que melhor seria esperar outra ocasião. Hoje, tenho certeza que tudo aconteceu como deveria acontecer, o momento certo, com a pessoa mais que certa. Mesmo que o resultado não tenha sido dos melhores, foi um momento realmente inesquecível. Lembro-me como se fosse hoje, desde a saída de casa até aquele momento de êxtase.
Saí de casa, já consciente do que ia acontecer, e ao mesmo tempo em dúvida: o que sentiria? Como seria? Ficaria emocionado? Decepcionado? Ofegante? Tantas dúvidas pairavam em minha mente enquanto caminhava, subia aquela rampa que levaria até ela.
Quando cheguei, ela estava ali para recepcionar, uma recepção calorosa e única. Senti seus braços abertos, enquanto aos poucos me permitia entrar nela, me passando todo seu calor, toda sua energia. Quanto mais a sentia, mais eu queria, era algo viciante, inigualável para mim até o momento. Em alguns minutos eu já era parte dela, não importa se estávamos em pé, ou sentados, éramos um só ser, explodindo de prazer, gozando de cada momento juntos.
Poderia ter sido melhor? Sim poderia, poderia ter ido muito além do "uh, uh", poderia ter havido gritos de comemoração, fogos de artifício etc. Mas para uma primeira vez, meu primeiro contato realmente, foi tudo inesquecível.
Bem, assim foi minha primeira vez no Maracanã, no meio da imensa torcida do Vasco, naquele Vasco x Grêmio, nos já longínquos anos 90. Mesmo já tendo entrado diversas vezes no estádio antes (inclusive no gramado), aquela foi a primeira vez que fui ver um jogo, a primeira vez que senti o calor da torcida do meu time de coração, junto com meu pai.
Saí de casa, já consciente do que ia acontecer, e ao mesmo tempo em dúvida: o que sentiria? Como seria? Ficaria emocionado? Decepcionado? Ofegante? Tantas dúvidas pairavam em minha mente enquanto caminhava, subia aquela rampa que levaria até ela.
Quando cheguei, ela estava ali para recepcionar, uma recepção calorosa e única. Senti seus braços abertos, enquanto aos poucos me permitia entrar nela, me passando todo seu calor, toda sua energia. Quanto mais a sentia, mais eu queria, era algo viciante, inigualável para mim até o momento. Em alguns minutos eu já era parte dela, não importa se estávamos em pé, ou sentados, éramos um só ser, explodindo de prazer, gozando de cada momento juntos.
Poderia ter sido melhor? Sim poderia, poderia ter ido muito além do "uh, uh", poderia ter havido gritos de comemoração, fogos de artifício etc. Mas para uma primeira vez, meu primeiro contato realmente, foi tudo inesquecível.
Bem, assim foi minha primeira vez no Maracanã, no meio da imensa torcida do Vasco, naquele Vasco x Grêmio, nos já longínquos anos 90. Mesmo já tendo entrado diversas vezes no estádio antes (inclusive no gramado), aquela foi a primeira vez que fui ver um jogo, a primeira vez que senti o calor da torcida do meu time de coração, junto com meu pai.
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Personagens
Desde criança, todos criamos personagens, outrora imaginários, alguns que nós mesmos representamos. Lembro-me quando criança de ser vários durante as brincadeiras. Apesar de não ser filho único, gostava muito de brincar com os personagens que criava. Cada jogo de futebol no estreito corredor de onde morava, eu mesmo revezava entre 4 ou 6 personagens, cada qual com sua habilidades e características.
Crescemos e nossos personagens não acabam, apenas mudam: o estudante, o tímido, o popular, o aventureiro, o recatado, cada qual cria, mesmo que inconscientemente o personagem para cada situação de sua vida. São esses personagens que "vivem" nossa vida, e no fim são parte de nós e nós grande parte deles. Alguns criam personagens de propósito, para tentar enganar, para a mentira. Esses, como não são parte da pessoa, acabam sendo revelados, e se rebelando contra seu criador, mesmo que depois de muito tempo. Como diziam os "antigos" a mentira tem perna curta... Não corre muito e nunca vai tão longe quanto se queira.
Hoje, com o advento da internet, a facilidade de interação cria um novo cenário: uma rede interligada de personagens variados, muitas vezes totalmente diferente de quem os cria e mantem. A internet permite isso, facilita que os personagens se mantenham enquanto convenientemente ocultos. Qualquer um pode ser qualquer coisa: homem, mulher, criança, velho etc. Tudo depende da vontade e criatividade.
Mas até onde isso é bom? Até onde é saudável se passar pelo que não é? Excluo dessa minha indagação todas as posturas antiéticas de quem tenta ser outro com o intuito inconsciente de enganar e/ou ganhar algum tipo de vantagem. Quero me referir aquelas pessoas que criam um personagem na internet não de uma parte de si, como criamos no nosso dia-a-dia, cada qual para sua "função". Elas criam um personagem do que gostariam de ser e creem que não são: mais belos, mais atraentes, mais capazes. Não é muito diferente do que fazemos "pessoalmente", apenas é algo que acaba por se sustentar mais, sem que haja a possibilidade da pessoa absorver os benefícios do personagens criados. E quando corre o risco de alguém descobri-los, fogem, se escondem, como se escondem por trás dos personagens.
Todos criamos personagens, desde de bem pequenos, e continuamos criando... O difícil é sabermos quando somos nós, quando são os personagens agindo. No fim todos fazem parte de nós...
Crescemos e nossos personagens não acabam, apenas mudam: o estudante, o tímido, o popular, o aventureiro, o recatado, cada qual cria, mesmo que inconscientemente o personagem para cada situação de sua vida. São esses personagens que "vivem" nossa vida, e no fim são parte de nós e nós grande parte deles. Alguns criam personagens de propósito, para tentar enganar, para a mentira. Esses, como não são parte da pessoa, acabam sendo revelados, e se rebelando contra seu criador, mesmo que depois de muito tempo. Como diziam os "antigos" a mentira tem perna curta... Não corre muito e nunca vai tão longe quanto se queira.
Hoje, com o advento da internet, a facilidade de interação cria um novo cenário: uma rede interligada de personagens variados, muitas vezes totalmente diferente de quem os cria e mantem. A internet permite isso, facilita que os personagens se mantenham enquanto convenientemente ocultos. Qualquer um pode ser qualquer coisa: homem, mulher, criança, velho etc. Tudo depende da vontade e criatividade.
Mas até onde isso é bom? Até onde é saudável se passar pelo que não é? Excluo dessa minha indagação todas as posturas antiéticas de quem tenta ser outro com o intuito inconsciente de enganar e/ou ganhar algum tipo de vantagem. Quero me referir aquelas pessoas que criam um personagem na internet não de uma parte de si, como criamos no nosso dia-a-dia, cada qual para sua "função". Elas criam um personagem do que gostariam de ser e creem que não são: mais belos, mais atraentes, mais capazes. Não é muito diferente do que fazemos "pessoalmente", apenas é algo que acaba por se sustentar mais, sem que haja a possibilidade da pessoa absorver os benefícios do personagens criados. E quando corre o risco de alguém descobri-los, fogem, se escondem, como se escondem por trás dos personagens.
Todos criamos personagens, desde de bem pequenos, e continuamos criando... O difícil é sabermos quando somos nós, quando são os personagens agindo. No fim todos fazem parte de nós...
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
A Cúmplice
Eu quero uma mulher que seja diferente
de todas que eu já tive, de todas tão iguais.
Que seja minha amiga, amante, confidente;
A cúmplice de tudo que eu fizer a mais.
No corpo tenha o Sol, no coração a Lua,
A pele cor de sonho, as formas de maçãs,
A fina transparência, uma elegância nua,
O mágico fascínio, o cheiro das manhãs.
Eu quero uma mulher de coloridos modos,
Que morda os lábios sempre que for me abraçar.
No seu falar provoque o silenciar de todos
E seu silêncio obrigue a me fazer sonhar.
Que saiba receber, que saiba ser bem-vinda,
Que possa dar jeitinho a tudo que fizer,
Que ao sorrir provoque uma covinha linda;
De dia, uma menina; a noite, uma mulher.
Essa é uma música antiga, composta por Juca Chaves, outrora chamado "Menestrel do Brasil", por volta de 1976. O áudio pode ser apreciado nesse clipe : www.youtube.com/watch?v=kxNkDKJSHKI
Coloco essa música aqui, em homenagem a minha cúmplice e companheira, que quando menos esperava encontrei e fui encontrado. Independente das circunstâncias que possam acontecer na vida, amarei para sempre. Obrigado por existir.
de todas que eu já tive, de todas tão iguais.
Que seja minha amiga, amante, confidente;
A cúmplice de tudo que eu fizer a mais.
No corpo tenha o Sol, no coração a Lua,
A pele cor de sonho, as formas de maçãs,
A fina transparência, uma elegância nua,
O mágico fascínio, o cheiro das manhãs.
Eu quero uma mulher de coloridos modos,
Que morda os lábios sempre que for me abraçar.
No seu falar provoque o silenciar de todos
E seu silêncio obrigue a me fazer sonhar.
Que saiba receber, que saiba ser bem-vinda,
Que possa dar jeitinho a tudo que fizer,
Que ao sorrir provoque uma covinha linda;
De dia, uma menina; a noite, uma mulher.
Essa é uma música antiga, composta por Juca Chaves, outrora chamado "Menestrel do Brasil", por volta de 1976. O áudio pode ser apreciado nesse clipe : www.youtube.com/watch?v=kxNkDKJSHKI
Coloco essa música aqui, em homenagem a minha cúmplice e companheira, que quando menos esperava encontrei e fui encontrado. Independente das circunstâncias que possam acontecer na vida, amarei para sempre. Obrigado por existir.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Leitor
Obrigado por ler. Obrigado por estar aqui.
Eu sei tanto quanto você o que este texto te faz sentir, assim como muitos que aqui escrevi. Mesmo que você nem saiba quem sou, mesmo que apenas leia o que eu escrevo, sei que consigo chegar até o fundo de teus pensamentos, te trazer lembranças, sonhos, alguns bons, outros nem tanto. O que escrevo, pode tocar no fundo do teu coração, sem ao menos eu saber, sem eu ter essa intenção.
Mesmo que nunca nos conheçamos, mesmo que nunca saibamos ao certo quem somos, através das palavras já nos conhecemos, nos comunicamos, temos essa ligação profunda. Quando falo de meu passado, sei que falo também do teu, teu passado, teus sentimentos retraídos, reprimidos ou declarados. Minha história não difere muito da tua. Mesmo que não chegue a olhar no fundo dos teus olhos, sei que cada palavra te faz pensar, te põe um sorriso no rosto, um aperto no peito.
Somos muito parecidos, por isso você retorna aqui, para ler o que penso e me conhecer ainda melhor, para ler o que sinto e se sentir mais perto ainda. Menos distante, menos diferente, mais normal. E a cada leitura, passamos a ter um passado cada vez mais em comum, mesmo que trilhando caminhos diferentes, pois chegamos sempre neste ponto: eu escrevendo e você lendo, refletindo, lembrando, pensando.
Talvez um dia você brigue comigo por te lembrar de erros, de coisas que gostaria de ter feito diferente e não fez. Se tiver essa vontade, brigue, fale mal, critique. Sei que em meio ao turbilhão de lembranças que eu possa te trazer com meus escritos, virão também as boas lembranças, as alegrias, os aprendizados e tudo isso que fez novamente chegarmos aqui: você lendo o que escrevi.
O que escrevo fala de mim, fala de você, porque se escrevo para mim, para me sentir melhor comigo, o faço também para você e por você, que agora sabe que faz parte do meu passado, meu presente e, se assim o quiser, será parte de meu futuro também.
A você, leitor, dedico esse texto, dedico minhas lembranças, meu passado, presente e futuro, que você já sabe bem, é nosso passado, presente e futuro comum, enquanto "a pena não me pesar" e seus olhos não se cansarem.
Minha eterna gratidão.
Eu sei tanto quanto você o que este texto te faz sentir, assim como muitos que aqui escrevi. Mesmo que você nem saiba quem sou, mesmo que apenas leia o que eu escrevo, sei que consigo chegar até o fundo de teus pensamentos, te trazer lembranças, sonhos, alguns bons, outros nem tanto. O que escrevo, pode tocar no fundo do teu coração, sem ao menos eu saber, sem eu ter essa intenção.
Mesmo que nunca nos conheçamos, mesmo que nunca saibamos ao certo quem somos, através das palavras já nos conhecemos, nos comunicamos, temos essa ligação profunda. Quando falo de meu passado, sei que falo também do teu, teu passado, teus sentimentos retraídos, reprimidos ou declarados. Minha história não difere muito da tua. Mesmo que não chegue a olhar no fundo dos teus olhos, sei que cada palavra te faz pensar, te põe um sorriso no rosto, um aperto no peito.
Somos muito parecidos, por isso você retorna aqui, para ler o que penso e me conhecer ainda melhor, para ler o que sinto e se sentir mais perto ainda. Menos distante, menos diferente, mais normal. E a cada leitura, passamos a ter um passado cada vez mais em comum, mesmo que trilhando caminhos diferentes, pois chegamos sempre neste ponto: eu escrevendo e você lendo, refletindo, lembrando, pensando.
Talvez um dia você brigue comigo por te lembrar de erros, de coisas que gostaria de ter feito diferente e não fez. Se tiver essa vontade, brigue, fale mal, critique. Sei que em meio ao turbilhão de lembranças que eu possa te trazer com meus escritos, virão também as boas lembranças, as alegrias, os aprendizados e tudo isso que fez novamente chegarmos aqui: você lendo o que escrevi.
O que escrevo fala de mim, fala de você, porque se escrevo para mim, para me sentir melhor comigo, o faço também para você e por você, que agora sabe que faz parte do meu passado, meu presente e, se assim o quiser, será parte de meu futuro também.
A você, leitor, dedico esse texto, dedico minhas lembranças, meu passado, presente e futuro, que você já sabe bem, é nosso passado, presente e futuro comum, enquanto "a pena não me pesar" e seus olhos não se cansarem.
Minha eterna gratidão.
Vá
Vá, se é o que quer. Vá se precisa ir, se acha melhor.
Não, por hoje chega, não quero brigar essa noite. Estamos de cabeça quente, desenterramos histórias, supervalorizamos acontecimentos, as palavras são duras, machucam.
Vá, clareia a cabeça, se você não quer conversar calmamente. Já brigamos tanto, não vale a pena. Ficarei bem, ficarei aqui com um livro, com a TV, sei que algo lhe incomoda, sei que não está pronta para conversar sobre isso agora.
Meu amor, cuidado no caminho. E nunca duvide de quanto te amo.
(Texto inspirado na música "Quando você voltar"- Legião Urbana")
Não, por hoje chega, não quero brigar essa noite. Estamos de cabeça quente, desenterramos histórias, supervalorizamos acontecimentos, as palavras são duras, machucam.
Vá, clareia a cabeça, se você não quer conversar calmamente. Já brigamos tanto, não vale a pena. Ficarei bem, ficarei aqui com um livro, com a TV, sei que algo lhe incomoda, sei que não está pronta para conversar sobre isso agora.
Meu amor, cuidado no caminho. E nunca duvide de quanto te amo.
(Texto inspirado na música "Quando você voltar"- Legião Urbana")
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Epifania
Na última semana algo aconteceu.
Não sei explicar o que houve, mas em determinado momento, senti como se meus olhos abrissem de uma forma nunca antes por mim conhecida. Em frações de minutos vi minha história: passado, presente e possíveis futuros, vi tudo isso diante de meus olhos.
Foi um momento de surpresa e também de uma leveza sem tamanho: senti como se muitos quilos fossem tirados de minhas costas, me permitindo agora caminhar mais rápido, ou até mesmo voar se asas eu tivesse. Todos os textos, todas as palavras, cada letra que eu escrevi, naquele instante pareceu fazer muito mais sentido para mim.
Meu passado foi de erros, acertos, alguns meus, outros de pessoas que fizeram ou ainda fazem parte de minha vida. Os erros , não importando quem os cometeu, me moldaram, me fizeram desenvolver e me tornar a pessoa que sou. Sou resultado dos erros, não vítima ou refém deles. Aprendi e continuo aprendendo a ganhar forças em cima da superação. Talvez a palavra "erro" que uso seja muito forte, por mais que os equívocos tenham ocorrido, nunca foram por mal, sempre foram fruto de maior boa vontade e zelo, na verdade excesso de zelo e boa vontade. Mas no geral, o saldo foi muito positivo, pois aqui estou, firme e forte o bastante para prosseguir.
Meu presente, eu sigo e controlo conforme me é dada a oportunidade para isso. E estou sempre em busca das oportunidades para isso.
Meu futuro é um caminho. Na verdade é mais que um caminho, são vários que vou construindo paralelos e contínuos, mesmo que desconhecidos. E se o desconhecido me dá medo, não me permito mais paralisar por esse medo, o enfrento e sigo adiante, e adiante, e adiante. Sempre
Não sei explicar o que houve, mas em determinado momento, senti como se meus olhos abrissem de uma forma nunca antes por mim conhecida. Em frações de minutos vi minha história: passado, presente e possíveis futuros, vi tudo isso diante de meus olhos.
Foi um momento de surpresa e também de uma leveza sem tamanho: senti como se muitos quilos fossem tirados de minhas costas, me permitindo agora caminhar mais rápido, ou até mesmo voar se asas eu tivesse. Todos os textos, todas as palavras, cada letra que eu escrevi, naquele instante pareceu fazer muito mais sentido para mim.
Meu passado foi de erros, acertos, alguns meus, outros de pessoas que fizeram ou ainda fazem parte de minha vida. Os erros , não importando quem os cometeu, me moldaram, me fizeram desenvolver e me tornar a pessoa que sou. Sou resultado dos erros, não vítima ou refém deles. Aprendi e continuo aprendendo a ganhar forças em cima da superação. Talvez a palavra "erro" que uso seja muito forte, por mais que os equívocos tenham ocorrido, nunca foram por mal, sempre foram fruto de maior boa vontade e zelo, na verdade excesso de zelo e boa vontade. Mas no geral, o saldo foi muito positivo, pois aqui estou, firme e forte o bastante para prosseguir.
Meu presente, eu sigo e controlo conforme me é dada a oportunidade para isso. E estou sempre em busca das oportunidades para isso.
Meu futuro é um caminho. Na verdade é mais que um caminho, são vários que vou construindo paralelos e contínuos, mesmo que desconhecidos. E se o desconhecido me dá medo, não me permito mais paralisar por esse medo, o enfrento e sigo adiante, e adiante, e adiante. Sempre
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Rien
Pela janela, o sol ilumina minha cama, e acordo com a luz em meu rosto. Um dia ensolarado, um dia que pode ser bom.
Faço minhas abluções matutinas, checo minhas mensagens e nada. Mais um dia sem notícia. Bem, é hora de sair, é hora de trabalhar, não posso condicionar meus passos à notícias que nunca chegam.
Pego o ônibus cheio como de costume. Já não me importo com isso, tranquilamente aguardo minha vez de descer, e caminhar até meu posto de trabalho. E assim sigo meu dia, trabalhando até a hora de retornar para casa. E assim os dias se repetem, um atrás do outro.
Dias, talvez semanas ou meses depois, uma notícia me surpreende no meio do dia. Mais que uma notícia, uma promessa. Mais uma.
Já não creio, já não duvido, deixo acontecer. E os dias vão acontecendo um após outro como sempre, com ou sem novas notícias, apenas um eterno prosseguir de fatos imutáveis que ao contrário de suas características mudam constantemente.
Como diz a música: "Non, rien de rien. Non, je ne regrette rien (...)"
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Heróis
Como toda criança, tive meus heróis. Como toda criança, levei a ideia de herói para fora dos gibis e da TV.
Com o tempo e bem rápido, Jaspion, Changeman, He Man e similares ficaram para trás.
No mundo dito "real", tinha três heróis, cada qual com seu "super poder" do mundo real, ao olhos de uma criança. Eram meus heróis, "ídolos", exemplos. Pessoas que eu, uma criança sonhadora me espelhava para crescer, viver, seguir meu rumo. Porém, o ruim dos "heróis reais" é que eles não duram para sempre, algumas vezes Deus os leve, outras eles demostram que foram superestimados.
Perdi meu primeiro herói entre 10 e 11 anos. Ele era um dos exemplos que tinha e de uma hora para outra, me decepcionou fortemente. Não fez nada para mim, antes o tivesse feito. Fez contra própria irmã, sangue de seu sangue e do meu sangue. Em alguns minutos ao telefone com ela, ele despencou do patamar que eu o colocara desde de infante. Creio que ele tenha se arrependido, e ela o perdoado, mas eu... Infelizmente a marca ficou talvez mais em mim do que neles, um fato que peço a Deus que me faça esquecer. assim desconstruiu-se a imagem que eu tinha, assim "perdi" meu primeiro herói.
Anos mais tarde, quis Deus que eu perdesse mais um "herói". Quinze anos de minha vida, escutando suas histórias, conhecendo seu exemplo de vida, de trabalho árduo por onde passou, sua forma de não desistir,, vencer as dificuldades, ser sempre sincero doa a quem doer. Mesmo não tendo "papas na língua", todos o respeitavam e gostavam muito dele, creio que exatamente por ele dizer o que devia ser dito "na cara". Seus últimos quatro anos, convivemos diariamente, até o dia em que, talvez com seu orgulho ferido de não conseguir mais assinar o próprio nome, seu coração achou que fosse hora de partir. Noventa e um anos de muita história de meu herói-ídolo número 2, pois mesmo não estando mais entre nós o considero ainda como um dos dois heróis.
O número 1 não poderia ser outro: um dos principais responsáveis de eu ser quem sou hoje. Uma pessoa que lutou muito, deixando sua terra natal jovem e poucas vezes retornando lá, apenas a passeio. Trabalhou arduamente, diante de todo tipo de discriminação que havia, lutou o bom combate, conquistou, formou sua família. Alguém que não tenho palavras para descrever, tampouco tenho palavras para expressar minha gratidão. Não apenas responsável por eu estar vivo, mas pelo aprendizado de vida que tenho, às vezes muito mais pelo exemplo do que por palavras. Assim como acontecia com meu outro herói, hoje não me canso de ouvir suas histórias, mesmo que repetidas.
Quando criança tinha três heróis. Hoje tenho um que olha por mim junto a Deus, outro que me mostrou o que não ser/fazer, a quem peço a Deus que me ajude a perdoar de coração, e um terceiro que sempre será para mim o primeiro de todos, por quem peço a muito a Deus que o mantenha são por muito tempo junto a nós.
Com o tempo e bem rápido, Jaspion, Changeman, He Man e similares ficaram para trás.
No mundo dito "real", tinha três heróis, cada qual com seu "super poder" do mundo real, ao olhos de uma criança. Eram meus heróis, "ídolos", exemplos. Pessoas que eu, uma criança sonhadora me espelhava para crescer, viver, seguir meu rumo. Porém, o ruim dos "heróis reais" é que eles não duram para sempre, algumas vezes Deus os leve, outras eles demostram que foram superestimados.
Perdi meu primeiro herói entre 10 e 11 anos. Ele era um dos exemplos que tinha e de uma hora para outra, me decepcionou fortemente. Não fez nada para mim, antes o tivesse feito. Fez contra própria irmã, sangue de seu sangue e do meu sangue. Em alguns minutos ao telefone com ela, ele despencou do patamar que eu o colocara desde de infante. Creio que ele tenha se arrependido, e ela o perdoado, mas eu... Infelizmente a marca ficou talvez mais em mim do que neles, um fato que peço a Deus que me faça esquecer. assim desconstruiu-se a imagem que eu tinha, assim "perdi" meu primeiro herói.
Anos mais tarde, quis Deus que eu perdesse mais um "herói". Quinze anos de minha vida, escutando suas histórias, conhecendo seu exemplo de vida, de trabalho árduo por onde passou, sua forma de não desistir,, vencer as dificuldades, ser sempre sincero doa a quem doer. Mesmo não tendo "papas na língua", todos o respeitavam e gostavam muito dele, creio que exatamente por ele dizer o que devia ser dito "na cara". Seus últimos quatro anos, convivemos diariamente, até o dia em que, talvez com seu orgulho ferido de não conseguir mais assinar o próprio nome, seu coração achou que fosse hora de partir. Noventa e um anos de muita história de meu herói-ídolo número 2, pois mesmo não estando mais entre nós o considero ainda como um dos dois heróis.
O número 1 não poderia ser outro: um dos principais responsáveis de eu ser quem sou hoje. Uma pessoa que lutou muito, deixando sua terra natal jovem e poucas vezes retornando lá, apenas a passeio. Trabalhou arduamente, diante de todo tipo de discriminação que havia, lutou o bom combate, conquistou, formou sua família. Alguém que não tenho palavras para descrever, tampouco tenho palavras para expressar minha gratidão. Não apenas responsável por eu estar vivo, mas pelo aprendizado de vida que tenho, às vezes muito mais pelo exemplo do que por palavras. Assim como acontecia com meu outro herói, hoje não me canso de ouvir suas histórias, mesmo que repetidas.
Quando criança tinha três heróis. Hoje tenho um que olha por mim junto a Deus, outro que me mostrou o que não ser/fazer, a quem peço a Deus que me ajude a perdoar de coração, e um terceiro que sempre será para mim o primeiro de todos, por quem peço a muito a Deus que o mantenha são por muito tempo junto a nós.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Longe do Meu Lado
Hoje uma música que sempre me fez pensar muito.
Quem nunca se apaixonou, nunca se feriu por causa de uma paixão que inflama e dói (por isso chamo de paixonite)? Quem nunca passou por isso, ainda não viveu de verdade. A pessoa se apaixona, crê que ama antes mesmo de saber o que é isso, sofre com a ruptura, sofre com a distancia, sofre com a falta. Mais do que a falta da outra pessoa, mas a falta de uma parte sua doada a outrem.
Essa música fala exatamente disso: Alguém que se apaixonou, se doou inteiramente e hoje tem um "coração cicatrizado"
Se a paixão fosse realmente um bálsamo
O mundo não pareceria tão equivocado
Te dou carinho, respeito e um afago
Mas entenda, eu não estou apaixonado
A paixão já passou em minha vida
Foi até bom mas ao final deu tudo errado
E agora carrego em mim
Uma dor triste, um coração cicatrizado
E olha que tentei o meu caminho
Mas tudo agora é coisa do passado
Quero respeito e sempre ter alguém
Que me entenda e sempre fique a meu lado
Mas não, não quero estar apaixonado
A paixão quer sangue e corações arruinados
E saudade é só mágoa por ter sido feito tanto estrago
E essa escravidão e essa dor não quero mais
Quando acreditei que tudo era um fato consumado
Veio a foice e jogou-te longe
Longe do meu lado
Não estou mais pronto para lágrimas
Podemos ficar juntos e vivermos o futuro, não o passado
Veja o nosso mundo
Eu também sei que dizem
Que não existe amor errado
Mas entenda, não quero estar apaixonado ¹
Quem nunca se apaixonou, nunca se feriu por causa de uma paixão que inflama e dói (por isso chamo de paixonite)? Quem nunca passou por isso, ainda não viveu de verdade. A pessoa se apaixona, crê que ama antes mesmo de saber o que é isso, sofre com a ruptura, sofre com a distancia, sofre com a falta. Mais do que a falta da outra pessoa, mas a falta de uma parte sua doada a outrem.
Essa música fala exatamente disso: Alguém que se apaixonou, se doou inteiramente e hoje tem um "coração cicatrizado"
Se a paixão fosse realmente um bálsamo
O mundo não pareceria tão equivocado
Te dou carinho, respeito e um afago
Mas entenda, eu não estou apaixonado
A paixão já passou em minha vida
Foi até bom mas ao final deu tudo errado
E agora carrego em mim
Uma dor triste, um coração cicatrizado
E olha que tentei o meu caminho
Mas tudo agora é coisa do passado
Quero respeito e sempre ter alguém
Que me entenda e sempre fique a meu lado
Mas não, não quero estar apaixonado
A paixão quer sangue e corações arruinados
E saudade é só mágoa por ter sido feito tanto estrago
E essa escravidão e essa dor não quero mais
Quando acreditei que tudo era um fato consumado
Veio a foice e jogou-te longe
Longe do meu lado
Não estou mais pronto para lágrimas
Podemos ficar juntos e vivermos o futuro, não o passado
Veja o nosso mundo
Eu também sei que dizem
Que não existe amor errado
Mas entenda, não quero estar apaixonado ¹
O áudio pode ser apreciado no vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=BW0tRRkyw-w
Talvez o leitor esteja curioso, e matarei essa curiosidade: graças a Deus carrego um coração cicatrizado. Por que graças a Deus? Porque vivi, aprendi, e graças às cicatrizes hoje não carrego uma dor triste. Olhando para as cicatrizes aprendi a não cometer os mesmos erros pude cometer novos erros, e muitos mais acertos. Contudo, apesar de muitas vezes ter dito a frase do verso final; "(...)não quero estar apaixonado(...)", admito que me apaixono todo dia e a cada dia pela mesma pessoa, e ela sabe disso...
1\Música: Longe do Meu Lado
Composição: Renato Russo
Composição: Renato Russo
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Escreva
Fiz uma pausa para escrever esse texto. Tenho tido de fato ideias
mil do que escrever aqui, todas apenas necessitadas de desenvolvimento. Opiniões,
histórias e estórias, fatos, versões, imaginações.
Mas hoje não gostaria de escrever sobre nenhuma dessas
ideias. Quereria apenas escrever sobre escrever.
Talvez quem não tenha o hábito de escrever não entenda a importância de fazê-lo. Através da escrita, as informações, histórias e estórias foram passadas por gerações. Mas hoje, gostaria de destacar uma importância mais pessoal, mais individual.
Escrevendo as ideias fluem, se organizam, encontram o descanso. Ao escrever o turbilhão de pensamentos, se tornam unos, sequenciam-se e, em assuntos que necessitam de decisões, se aproximam da solução, ou do método para esta.
A escrita é a melhor forma de comunicação com os demais e consigo mesmo.
Lanço uma proposta: Escreva. Qualquer coisa que passar por sua mente, mesmo que comece com pouco, você verá o quanto será útil para você.
Talvez quem não tenha o hábito de escrever não entenda a importância de fazê-lo. Através da escrita, as informações, histórias e estórias foram passadas por gerações. Mas hoje, gostaria de destacar uma importância mais pessoal, mais individual.
Escrevendo as ideias fluem, se organizam, encontram o descanso. Ao escrever o turbilhão de pensamentos, se tornam unos, sequenciam-se e, em assuntos que necessitam de decisões, se aproximam da solução, ou do método para esta.
A escrita é a melhor forma de comunicação com os demais e consigo mesmo.
Lanço uma proposta: Escreva. Qualquer coisa que passar por sua mente, mesmo que comece com pouco, você verá o quanto será útil para você.
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
A Jornada Mundial da Juventude que a mídia não mostrou
Os dias em que Deus confirmou sua existência para 3,5 milhões de jovens do mundo inteiro

A começar pela chegada dos peregrinos ao Rio de Janeiro, o Brasil e as demais partes do planeta puderam experimentar a universalidade da Igreja, desde os alegres cantos africanos à acolhida fraternal do povo carioca. Cada bandeira hasteada na praia de Copacabana revelava a dimensão da Noiva de Cristo que a acolhia e a vigiava de braços abertos de cima do Corcovado. Uma cena que deixou a Cidade Maravilhosa ainda mais... maravilhosa. Dos confins do mundo, aonde chegaram os profetas missionários de outrora, vieram as novas gerações de adoradores do Senhor, cuja única missão, concedida pelo Santo Padre, é ir novamente pelo mundo e anunciar o Evangelho a toda criatura.
O Rio de Janeiro que amargava tristes depredações e padecia sob um clima de guerra civil sem precedentes semanas atrás se convergiu num mar de pessoas que cantava louvores a Deus e pedia a intercessão da Mãe Aparecida. Imagem suficiente para arrancar lágrimas de policiais e sorrisos de bebês que, mesmo sem compreender concretamente o que lá acontecia, sabiam que era algo santo. O ódio dos protestos dos indignados foi afogado pela amor de Cristo. As profanações de meia-dúzia de coitados foram ofuscadas pela sacralidade de 3,5 milhões de batizados. De filhos do Altíssimo. De pessoas que, como pediu o Santo Padre na cerimônia de sua acolhida, botaram fé na verdade, no caminho e na vida que só se encontram em Jesus.

Os cantos que tomaram as ruas do Rio de Janeiro ainda encontrarão eco em muitos corações. Naquela praia, onde se celebrou a Missa de envio dos peregrinos, novamente exortou Jesus pela boca do Santo Padre: "Ide pelo mundo e fazei discípulos de todas as nações". E neste momento, em que muitos jovens ainda se encontram em ônibus ou aviões voltando para suas casas, também a cruz de Cristo vai com eles para indicar o caminho da Luz da Fé, a única capaz de conduzir o homem para a salvação eterna, onde as portas do inferno não prevalecerão.
Por: Equipe Christo Nihil Praeponere
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Um novo tempo...
Um novo tempo se avizinha.
Depois subidas, descidas, desertos, vales, ventos e brisas, uma mudança era necessária. Mas não era simples, não era possível apenas alterar palavras e sim que as palavras certas fossem ditas sem mais rodeios. E a frase que outrora repousava oculta, e que tanto parecia perturbar finalmente foi revelada, e o peso que parecia querer ruir o mundo ao meio, finalmente aliviado.
Um novo tempo se aproxima, quebrando o ciclo que se repetia, relato após relato. Fica a gratidão pela dica e as palavras outrora sepultadas, agora descansam tranquilas no lugar que elas fazem parte.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
JMJ 2013
Aguardei o término da Jornada Mundial da Juventude desse ano terminar para comentar os acontecimentos.
Não tenho como dizer nada diferente de que foi um sucesso. A participação dos fiéis foi incrível, não houve nenhuma confusão, melhorou e muito a imagem da Igreja diante dos olhos do povo, crente ou não.
O Papa cativou a todos, católicos ou não. Foi conciso em seus discursos, direto, abordando os temas atuais que interessam a juventude. Nas entrevistas mostrou sua visão, que é a visão da Igreja, não se distanciando nem por um momento do que sempre foi passado pelos papas anteriores.
Fiquei contente vendo pessoas não-católicas elogiando o Papa, mas por outro lado fico triste vendo que ao exaltar Francisco, criticam Bento XVI. Bento XVI teve um papado irreparável, seguindo todos os preceitos da Igreja, da forma mais introspectiva e acadêmica dele. Ao contrário de Francisco que fora arcebispo, com contato direto com o povo por longos anos, Bento XVI era cardeal no Vaticano envolvido com os tramites internos e etc. Hábitos diferentes apenas. Se Francisco age diferente, ainda que, ao menos por enquanto, dentro do "permitido", Bento XVI nunca agiu errado. Quem o quiser conhecer de verdade leia seus livros, que saberá muito do que ele pensa.
Outro fato triste foi a manifestação daquelas mulheres desocupadas e despidas que quebraram uma imagem de Nossa Senhora... A igreja nunca agrediu ninguém por seu gosto. Se não acredita não siga a religião, mas não critique.
No fim criou-se uma perspectiva muito legal sobre o futuro da Igreja. Alguns vão se decepcionar por esperarem demais por coisas que não acontecerão. Mas muitos ficarão felizes por mudanças que não ocorrerão também.
Vamos aguardar. E que Deus nos abençoe e guarde.
Não tenho como dizer nada diferente de que foi um sucesso. A participação dos fiéis foi incrível, não houve nenhuma confusão, melhorou e muito a imagem da Igreja diante dos olhos do povo, crente ou não.
O Papa cativou a todos, católicos ou não. Foi conciso em seus discursos, direto, abordando os temas atuais que interessam a juventude. Nas entrevistas mostrou sua visão, que é a visão da Igreja, não se distanciando nem por um momento do que sempre foi passado pelos papas anteriores.
Fiquei contente vendo pessoas não-católicas elogiando o Papa, mas por outro lado fico triste vendo que ao exaltar Francisco, criticam Bento XVI. Bento XVI teve um papado irreparável, seguindo todos os preceitos da Igreja, da forma mais introspectiva e acadêmica dele. Ao contrário de Francisco que fora arcebispo, com contato direto com o povo por longos anos, Bento XVI era cardeal no Vaticano envolvido com os tramites internos e etc. Hábitos diferentes apenas. Se Francisco age diferente, ainda que, ao menos por enquanto, dentro do "permitido", Bento XVI nunca agiu errado. Quem o quiser conhecer de verdade leia seus livros, que saberá muito do que ele pensa.
Outro fato triste foi a manifestação daquelas mulheres desocupadas e despidas que quebraram uma imagem de Nossa Senhora... A igreja nunca agrediu ninguém por seu gosto. Se não acredita não siga a religião, mas não critique.
No fim criou-se uma perspectiva muito legal sobre o futuro da Igreja. Alguns vão se decepcionar por esperarem demais por coisas que não acontecerão. Mas muitos ficarão felizes por mudanças que não ocorrerão também.
Vamos aguardar. E que Deus nos abençoe e guarde.
Ventos
Os ventos que sopravam, ainda sopram em meu rosto. Deixei o deserto que caminhava, e por entre vales ensolarados repletos de frutíferas, construí minha morada.
Os ventos ainda sopram em meu rosto.
Deve ser algum defeito em minha sensação. Sinto o leve frescor do vale, e o morno vento do deserto... Esse vale pode ser melhor do que o nunca alcançado oásis.
Mas os ventos ainda sopram em meu rosto.
Talvez nunca deixem de soprar... Talvez me martirize eternamente com esses ventos mornos que antes impulsionavam em busca do oásis prometido. Talvez me martirize eternamente nessa dúbia sensação: a brisa fresca e segura dos vales, e o cálido vento do deserto...
Não deixarei o vale... mas sempre sentirei o vento que sopra.
Os ventos ainda sopram em meu rosto.
Deve ser algum defeito em minha sensação. Sinto o leve frescor do vale, e o morno vento do deserto... Esse vale pode ser melhor do que o nunca alcançado oásis.
Mas os ventos ainda sopram em meu rosto.
Talvez nunca deixem de soprar... Talvez me martirize eternamente com esses ventos mornos que antes impulsionavam em busca do oásis prometido. Talvez me martirize eternamente nessa dúbia sensação: a brisa fresca e segura dos vales, e o cálido vento do deserto...
Não deixarei o vale... mas sempre sentirei o vento que sopra.
domingo, 21 de julho de 2013
Especial
O texto de hoje é especialmente especial. Nessa mesma hora há um ano atrás, um novo e importante ciclo começou, junto a alguém mais que especial e importante. Uma benção em minha vida, sem dúvida alguma.
Lembro com muito carinho daquele dia, que passou tão rápido que nem percebi. Horas antes assistia 24 horas no computador, não pensando no momento que se aproximava. Me arrumei fui para igreja, e logo ao chegar fiquei alegre de rever velhos amigos que há muito não via. A hora se aproximava e ao contrário do que eu pensava, não ficava mais nervoso e sim mais calmo, cada vez mais calmo. Calmo a ponto de após começar a caminhar na entrada mal ouvia a música a minha volta. De fato não lembro de ter ouvido uma música sequer na cerimonia, mesmo sabendo que estava sendo tocada.
Recebê-la no altar foi algo inexpressável. Dali ao fim da cerimonia tudo que ouvi foram as palavras do diácono e dela, nada mais.
Passou rápido... Como eu gostaria de ser convidado para aquela "recepção"! Entre fotos e cumprimentar convidados quase não aproveitamos. Mas foi um momento bom para todos que lá estiveram. Não estiveram todos que gostaríamos, mas os que não estavam fisicamente estavam em nossas mentes e coração.
No decorrer desse ano, passamos por importantes aprendizados um sobre o outro e sobre nós mesmos, sempre com muito amor, paciência e zelo, seguindo os conselhos de meus "cumpadres".
Agradeço a Deus por me permitir completar esse ano, agradeço por ela, e peço que nos continue abençoando.
Obrigado, minha amada. Mesmo que nem todos os momentos tenham sido como "nossos sonhos", foram maravilhosos, foram reais, e no fim se tornaram melhores que qualquer sonho.
Se me faltou sabedoria nesse texto ou ao longo desse ano, amor não faltou, mesmo que de um jeito "bobinho" de ser.
Esse texto, simples, é dedicado a quem tornou possível eu poder dizer: apesar de todos os percalços da vida, sou feliz, estou feliz.
Lembro com muito carinho daquele dia, que passou tão rápido que nem percebi. Horas antes assistia 24 horas no computador, não pensando no momento que se aproximava. Me arrumei fui para igreja, e logo ao chegar fiquei alegre de rever velhos amigos que há muito não via. A hora se aproximava e ao contrário do que eu pensava, não ficava mais nervoso e sim mais calmo, cada vez mais calmo. Calmo a ponto de após começar a caminhar na entrada mal ouvia a música a minha volta. De fato não lembro de ter ouvido uma música sequer na cerimonia, mesmo sabendo que estava sendo tocada.
Recebê-la no altar foi algo inexpressável. Dali ao fim da cerimonia tudo que ouvi foram as palavras do diácono e dela, nada mais.
Passou rápido... Como eu gostaria de ser convidado para aquela "recepção"! Entre fotos e cumprimentar convidados quase não aproveitamos. Mas foi um momento bom para todos que lá estiveram. Não estiveram todos que gostaríamos, mas os que não estavam fisicamente estavam em nossas mentes e coração.
No decorrer desse ano, passamos por importantes aprendizados um sobre o outro e sobre nós mesmos, sempre com muito amor, paciência e zelo, seguindo os conselhos de meus "cumpadres".
Agradeço a Deus por me permitir completar esse ano, agradeço por ela, e peço que nos continue abençoando.
Obrigado, minha amada. Mesmo que nem todos os momentos tenham sido como "nossos sonhos", foram maravilhosos, foram reais, e no fim se tornaram melhores que qualquer sonho.
Se me faltou sabedoria nesse texto ou ao longo desse ano, amor não faltou, mesmo que de um jeito "bobinho" de ser.
Esse texto, simples, é dedicado a quem tornou possível eu poder dizer: apesar de todos os percalços da vida, sou feliz, estou feliz.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Rebeldia na Igreja
Retorno hoje a escrever depois de um longo tempo, no qual tirei umas férias e me desliguei um pouco do mundo que me cercava. Retornando às minhas atividades essa semana, quero retornar aqui expressando minha opinião sobre uma matéria que apesar de ter sido divulgada há meses no site Terra, apenas hoje me dei ao trabalho de ler.
http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/padres-rebeldes-dizem-que-sem-reformas-a-igreja-perdera-fieis,7f7165993090e310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
No texto diz que alguns clérigos resolveram se rebelar, "agir por conta própria" sem seguir os preceitos católicos, e além disso alertam que se a Igreja Católica não se "modernizar" perderá fiéis.
Creio que já tenha escrito essa frase aqui antes, se não o fiz, fá-lo agora: Se não concorda com a regra do jogo, não jogue. Se você diz gostar de futebol, mas quer jogar com as mãos, jogue handebol. A igreja tem seus preceitos que devem ser seguidos, tem seus dogmas que devem ser respeitados. Se eu ajo sempre corretamente? Não, de forma nenhuma, mas não por rebeldia, mas por pura incapacidade de fazê-lo. Sou falho, sou pecador, por isso erro em alguns pontos, mas minha fé sabe o que é certo, porque creio.
Não creio que a Igreja precise mudar para angariar mais fiéis. Deixe essa luta por fiéis para seitas e pseudo-religiões que emergem por aí, cujos objetivos são outros. Quanto ao fiéis que "se perderem", ou aqueles que dizem que a Igreja precisa mudar, porque suas vidas estão cada vez mais distantes do que a Igreja prega ser o certo, pensem bem: o mundo não gira ao redor de vocês, o mundo não deve se adaptar ao que é mais prazeroso, mais agradável. O que deve ser mudado é o que está errado, não o que não nos é agradável.
Façam rebeldia, manifestem-se contra falta de saúde, educação, segurança, contra o roubo. Se alei de Deus não os agrada, se não querem segui-la... Sigam suas vidas como bem entenderem sem prejudicar ninguém. Quando estivermos na presença de Deus, ele julgará quem está certo.
Eu escolhi meu caminho, se não gosta dele, siga outro e busque o que crês ser certo.
O caminho é longo, difícil, e a porta é estreita. Muitos quererão mas poucos passarão. A porta larga é destinada a quem quiser sair, a quem acha mais fácil, a quem acha mais comodo. É muito fácil querer adaptar a religião à sua vida, moldá-la para que seu modo de viver pareça perfeito "diante dos olhos da religião". O oposto é muito mais difícil, nos faz abrir mão do que parece ser mais fácil, mais agradável.
http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/padres-rebeldes-dizem-que-sem-reformas-a-igreja-perdera-fieis,7f7165993090e310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
No texto diz que alguns clérigos resolveram se rebelar, "agir por conta própria" sem seguir os preceitos católicos, e além disso alertam que se a Igreja Católica não se "modernizar" perderá fiéis.
Creio que já tenha escrito essa frase aqui antes, se não o fiz, fá-lo agora: Se não concorda com a regra do jogo, não jogue. Se você diz gostar de futebol, mas quer jogar com as mãos, jogue handebol. A igreja tem seus preceitos que devem ser seguidos, tem seus dogmas que devem ser respeitados. Se eu ajo sempre corretamente? Não, de forma nenhuma, mas não por rebeldia, mas por pura incapacidade de fazê-lo. Sou falho, sou pecador, por isso erro em alguns pontos, mas minha fé sabe o que é certo, porque creio.
Não creio que a Igreja precise mudar para angariar mais fiéis. Deixe essa luta por fiéis para seitas e pseudo-religiões que emergem por aí, cujos objetivos são outros. Quanto ao fiéis que "se perderem", ou aqueles que dizem que a Igreja precisa mudar, porque suas vidas estão cada vez mais distantes do que a Igreja prega ser o certo, pensem bem: o mundo não gira ao redor de vocês, o mundo não deve se adaptar ao que é mais prazeroso, mais agradável. O que deve ser mudado é o que está errado, não o que não nos é agradável.
Façam rebeldia, manifestem-se contra falta de saúde, educação, segurança, contra o roubo. Se alei de Deus não os agrada, se não querem segui-la... Sigam suas vidas como bem entenderem sem prejudicar ninguém. Quando estivermos na presença de Deus, ele julgará quem está certo.
Eu escolhi meu caminho, se não gosta dele, siga outro e busque o que crês ser certo.
O caminho é longo, difícil, e a porta é estreita. Muitos quererão mas poucos passarão. A porta larga é destinada a quem quiser sair, a quem acha mais fácil, a quem acha mais comodo. É muito fácil querer adaptar a religião à sua vida, moldá-la para que seu modo de viver pareça perfeito "diante dos olhos da religião". O oposto é muito mais difícil, nos faz abrir mão do que parece ser mais fácil, mais agradável.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Convivencias
Não apenas vivemos, mas convivemos. E o fato da vida ser uma composição eterna de convivências, nos faz "conhecer" muitas pessoas. Seja o motorista que guia o ônibus para seu trabalho, o trocador, aquela pessoa que também pegou o ônibus, a outra que sentou a teu lado. Temos diariamente uma infinidade de contatos pessoais, na maioria esmagadora dos casos nem trocamos uma palavra sequer com essas pessoas. Mas de certa forma, a existência delas ali contribui para seu dia a dia, até mesmo para que sejas feliz.
Não é nenhum exagero. Pegarei o caso do ônibus que você pega para chegar a seu local de trabalho. Tirando o óbvio da importância de quem dirige (já que os trocadores estão sendo eliminados pouco a pouco aumentando o caos no transporte), já imaginou se não tivessem outros passageiros? Se tivessem menos passageiro, teriam menos ônibus, e talvez você tivesse que sair mais cedo para pegar seu ônibus. Sem outro passageiro alem de você, não teria ônibus, você teria que pagar táxi, ir de carro ou de outra forma. O mesmo pensamento é válido para várias atividades do seu dia-a-dia.
Gostaria de fazer com esse texto um convite a valorizar e respeitar mais as pessoas, inclusive aquelas que você nem conhece, e até mesmo aquelas que você nem chegará a saber da existência. Toda e cada uma delas são parte importante para que você tenha uma vida tranquila.
Valorizando as pessoas podemos construir um mundo melhor. Difícil? Sim, mas não impossível. Não podemos mudar o passado, mas com certeza, se a gente quiser poderemos mudar nosso futuro.
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Perguntas
"Não estou mais interessado no que sinto ¹
Não acredito em nada além do que duvido
Você espera respostas que eu não tenho mas
Não vou brigar por causa disso
Até penso duas vezes se você quiser ficar."
Por que perguntar se já sabe a resposta? Mais do que saber a resposta, sabe exatamente o que vou dizer e sabe exatamente qual é a verdade. Foi algo além que te fez saber isso, não foram minhas palavras, nem meus pensamentos, nem mesmo os teus. Do amago de teu ser conheces, sabes. Minha resposta nada vale, não importa se é verdade ou mentira, pois conheces mais do que eu mesmo.
"Quantas chances desperdicei, ²
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém."
Não menti, nem agora, nem no passado. Tudo que falei há dias, semanas, meses, anos ou décadas atrás continuam valendo tanto quanto tudo que falo hoje. Não há contradições por mais aparentes que possam ser. As verdades continuam verdades e nenhuma promessa foi quebrada... Não preciso provar isso...
"Já não me preocupo se eu não sei por que. ²
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você."
Você acha que tenho todas as respostas, mas eu mal sei quais são as perguntas! Mas "o boomerang vai e volta", e hoje eu que pergunto: Suas respostas mudaram? As verdades de dias, semanas, meses ou anos atrás, ainda são verdades hoje? As promessas também?
"Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade, ¹
Tudo está perdido mas existem possibilidades.
Tínhamos a ideia, mas você mudou os planos
Tínhamos um plano, você mudou de ideia
Já passou, já passou - quem sabe outro dia."
Minhas respostas não mudaram, mas o tempo... O tempo não pára. O mundo nos obriga a escolhas, cada qual com sua consequência e as mudanças do mundo a nossa volta são constantes, e não esperam por nós. Não damos conta do tempo, e mesmo sem darmos ciência a ele, ele dá conta de nós. Se hoje não dá... Amanhã é um novo dia, não é?
"- Tudo passa, tudo passará... ³
E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar."
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos."
Sem perguntas, sem dúvidas, vamos vivendo, um dia após o outro sem perder o foco. Novas perguntas poderão surgir, novas respostas podem ser precisas, mas a verdade absoluta continuará. Sempre. Apenas começamos...
1. Sereníssima - Legião Urbana
2. Quase sem querer - Legião Urbana
3. Metal contra as nuvens - Legião Urbana
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Carta a um anjo
Alado companheiro,
Meu guia por tantas adversidades. Voastes mais longe que meus olhos puderam ver. Não se culpe por voos altos, essa é sua natureza. Que não sejam duras minhas palavras quando afirmar, que em tantos outros busquei a luz que só você tinha. Nem tampouco duras sejam as palavras quando afirmo o longo tempo a esperar, enquanto imaginara por onde voavas.
Não te culpes. Da mesma forma que tuas asas poderiam me carregar, meu pés andarilhos poderiam ajudar-te a caminhar. Os erros mútuos nos levaram até onde estamos no momento. Não há do que lamentarmos, não há do que nos entristecermos.
Alado amigo, outrora escudeiro, se em teus voos não encontraste porto seguro, tens em mim fiel companheiro. Se meu escudo hoje tem outra morada, se minha espada outrora altiva, na bainha descansa, histórias ainda teremos a contar, do passado de lutas ou do futuro ainda a traçar.
Voe amigo anjo, voe em busca do teu ideal. Voe o mais alto que puder, mas volte. Volte pois haverá um tempo em que novamente a espada brandirá e juntos poderemos batalhar até que tuas asas do voo cansem, meus pés do caminho cansem, e ao som da melodia do fim dos tempos, conversaremos a espera do fim.
Meu guia por tantas adversidades. Voastes mais longe que meus olhos puderam ver. Não se culpe por voos altos, essa é sua natureza. Que não sejam duras minhas palavras quando afirmar, que em tantos outros busquei a luz que só você tinha. Nem tampouco duras sejam as palavras quando afirmo o longo tempo a esperar, enquanto imaginara por onde voavas.
Não te culpes. Da mesma forma que tuas asas poderiam me carregar, meu pés andarilhos poderiam ajudar-te a caminhar. Os erros mútuos nos levaram até onde estamos no momento. Não há do que lamentarmos, não há do que nos entristecermos.
Alado amigo, outrora escudeiro, se em teus voos não encontraste porto seguro, tens em mim fiel companheiro. Se meu escudo hoje tem outra morada, se minha espada outrora altiva, na bainha descansa, histórias ainda teremos a contar, do passado de lutas ou do futuro ainda a traçar.
Voe amigo anjo, voe em busca do teu ideal. Voe o mais alto que puder, mas volte. Volte pois haverá um tempo em que novamente a espada brandirá e juntos poderemos batalhar até que tuas asas do voo cansem, meus pés do caminho cansem, e ao som da melodia do fim dos tempos, conversaremos a espera do fim.
terça-feira, 14 de maio de 2013
Anjo
Caminhava entre os montes. Era um caminho aparentemente seguro, não subiria os montes, ficaria a sombra deles. Não me queimaria ao sol, nem tropeçaria em suas pedras. Para qualquer um parecia uma fuga do caminho mais belo dos verdes montes e do sol. Para mim era comodo e fácil.
De repente ouvi uma voz que parecia vir do monte a minha frente. Não, não enxergava quem falara, mas ouvia. Para ouvir comecei a subir o monte, longe daquela trilha que eu achava ser tão segura. Não sei explicar como, mas sabia ser um anjo, um enviado divino. Por vezes achei ser fruto da minha imaginação, ou de alguma crença inexistente em meu ser, mas sentia que era içado por esse ser alado. Sentia que através de suas palavras que o caminho desconhecido era agradável, mas mesmo assim tinha medo.
Por que sentiria medo? A mudança, sair do que parecia ser seguro e confiável. Nunca havia encarado o sol de frente, nunca vira as pastagens por cima dos montes. Mas não parava de ouvir suas palavras, cada vez mais vezes, parecendo cada vez mais perto, tão perto que poderia tocar, tão perto que poderia ver... Mas não via. Parecia que Deus não dera a esse anjo poderes de atravessar o tecido do universo, de romper as barreiras que o colocaria frente a frente comigo. Nem eu fui capaz de romper tais barreiras. Só queria continuar ali seguindo, sempre olhando para o vale que deixara abaixo.
O tempo passava, e eu já buscava caminhar por aquele terreno que apesar de mais sinuoso me era mais agradável. Agradável mas diferente e temia sempre perder o contato com aquela luz que estava me guiando e incentivando. Meu medo certas vezes me afastava daquele caminho. Em outras ocasiões palavras não expressavam pensamentos e a noite parecia chegar mais cedo.
Com o tempo, não ouvia mais o anjo guia. Suas palavras estavam dentro de mim, mas não sabia seu paradeiro. Por diversas vezes temi que Deus o chamara de volta. Por diversas vezes imaginei tão somente que encontrara outro a ser guiado por suas palavras a subir os montes, a ver as belezas da vida. Tantos pensamentos confusos, e difusos. Me conformara com a nova realidade a minha frente, pelo menos assim achava. Já não ouvia vozes, para todos isso parecia mais normal, para mim não. Nesse caminho encontrara andarilhos, sempre querendo que todos fossem como o anjo que me conduzira até ali. Por mais que tentasse, sempre que tentara alçar voo, eu caía, e parecia que cada tombo era mais dolorido que o anterior.
Não, não voltaria atrás. Não me lembrava mais como era, nem como chegar naquela trilha entre os montes. Deveria percorre-los, subir e descê-los, mesmo que sem guia. O corpo doía, mas a vontade de seguir em frente era muito maior. Encontrei outra pessoa que subia com dificuldades e nos aparamos por alguns metros. Parecia um caminho sem fim, mas eu não queria desistir. Sabia que existiam curvas que tornariam a subida mais fácil, sabia que me aliar seria a forma mais agradável de conseguir exito. Apesar da bela paisagem, sabia que as alianças ali não diferenciavam da guerra: qualquer aliança errada e rolaria morro a baixo como acontecera antes. Antes de arriscar uma nova aliança, quereria saber onde andava o alado. Se era fato que sumira me deixando no meio do caminho, também era fato que só ele me fizera subir até então. Não o via, não o escutava, não descobri por onde andara. Me convenci que ele seguira seu caminho, talvez fizera alianças e estivesse bem mais a frente. Ficaria feliz se um dia ele soubesse que também segui meu caminho.
Alianças feitas, e ali estava eu descansando, quando encontro um pergaminho do andarilho alado. Ao contrário do que imaginara ele caminhara só ainda. Estava arrependido pelo caminho tomado e pelo não tomado também. Se pudesse faria algo para que ele se sentisse melhor, mas há muito não está mais na minha alçada isso.
Escrevi uma carta e deixei em um ponto conhecido. Um dia talvez a leia. Ficará feliz de ver que segui em frente. Continuo seguindo meu rumo nos altos e baixos desse caminho sinuoso. Tenho uma inseparável companhia que me ajuda a fincar o cajado nas subidas e não cair nas descidas. Tenho poucas mas fortes alianças, dentro as quais incluo meu amigo alado. Ainda o verei feliz como merece.
De repente ouvi uma voz que parecia vir do monte a minha frente. Não, não enxergava quem falara, mas ouvia. Para ouvir comecei a subir o monte, longe daquela trilha que eu achava ser tão segura. Não sei explicar como, mas sabia ser um anjo, um enviado divino. Por vezes achei ser fruto da minha imaginação, ou de alguma crença inexistente em meu ser, mas sentia que era içado por esse ser alado. Sentia que através de suas palavras que o caminho desconhecido era agradável, mas mesmo assim tinha medo.
Por que sentiria medo? A mudança, sair do que parecia ser seguro e confiável. Nunca havia encarado o sol de frente, nunca vira as pastagens por cima dos montes. Mas não parava de ouvir suas palavras, cada vez mais vezes, parecendo cada vez mais perto, tão perto que poderia tocar, tão perto que poderia ver... Mas não via. Parecia que Deus não dera a esse anjo poderes de atravessar o tecido do universo, de romper as barreiras que o colocaria frente a frente comigo. Nem eu fui capaz de romper tais barreiras. Só queria continuar ali seguindo, sempre olhando para o vale que deixara abaixo.
O tempo passava, e eu já buscava caminhar por aquele terreno que apesar de mais sinuoso me era mais agradável. Agradável mas diferente e temia sempre perder o contato com aquela luz que estava me guiando e incentivando. Meu medo certas vezes me afastava daquele caminho. Em outras ocasiões palavras não expressavam pensamentos e a noite parecia chegar mais cedo.
Com o tempo, não ouvia mais o anjo guia. Suas palavras estavam dentro de mim, mas não sabia seu paradeiro. Por diversas vezes temi que Deus o chamara de volta. Por diversas vezes imaginei tão somente que encontrara outro a ser guiado por suas palavras a subir os montes, a ver as belezas da vida. Tantos pensamentos confusos, e difusos. Me conformara com a nova realidade a minha frente, pelo menos assim achava. Já não ouvia vozes, para todos isso parecia mais normal, para mim não. Nesse caminho encontrara andarilhos, sempre querendo que todos fossem como o anjo que me conduzira até ali. Por mais que tentasse, sempre que tentara alçar voo, eu caía, e parecia que cada tombo era mais dolorido que o anterior.
Não, não voltaria atrás. Não me lembrava mais como era, nem como chegar naquela trilha entre os montes. Deveria percorre-los, subir e descê-los, mesmo que sem guia. O corpo doía, mas a vontade de seguir em frente era muito maior. Encontrei outra pessoa que subia com dificuldades e nos aparamos por alguns metros. Parecia um caminho sem fim, mas eu não queria desistir. Sabia que existiam curvas que tornariam a subida mais fácil, sabia que me aliar seria a forma mais agradável de conseguir exito. Apesar da bela paisagem, sabia que as alianças ali não diferenciavam da guerra: qualquer aliança errada e rolaria morro a baixo como acontecera antes. Antes de arriscar uma nova aliança, quereria saber onde andava o alado. Se era fato que sumira me deixando no meio do caminho, também era fato que só ele me fizera subir até então. Não o via, não o escutava, não descobri por onde andara. Me convenci que ele seguira seu caminho, talvez fizera alianças e estivesse bem mais a frente. Ficaria feliz se um dia ele soubesse que também segui meu caminho.
Alianças feitas, e ali estava eu descansando, quando encontro um pergaminho do andarilho alado. Ao contrário do que imaginara ele caminhara só ainda. Estava arrependido pelo caminho tomado e pelo não tomado também. Se pudesse faria algo para que ele se sentisse melhor, mas há muito não está mais na minha alçada isso.
Escrevi uma carta e deixei em um ponto conhecido. Um dia talvez a leia. Ficará feliz de ver que segui em frente. Continuo seguindo meu rumo nos altos e baixos desse caminho sinuoso. Tenho uma inseparável companhia que me ajuda a fincar o cajado nas subidas e não cair nas descidas. Tenho poucas mas fortes alianças, dentro as quais incluo meu amigo alado. Ainda o verei feliz como merece.
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Voltando
Hoje posso afirmar a felicidade com as atitudes que o Papa Francisco tem tomado. A abordagem dele é diferente da liturgicamente correta de Bento XVI, mas mesmo assim parece que tem acalmado os ânimos e entendido que certas coisas não podem ser bruscamente alteradas.
Algumas atitudes como a relutância de utilizar certos "adornos papais" que estão disponíveis para ele, são desnecessárias, mas parece que tal relutância é mais de ordem "publicitaria": prega humildade, então quer demostrar humildade. Atitude compreensível.
Mas se Francisco perde em regras litúrgicas, ele tem ganho e muito em suas homilias, em linguagem acessível e palavras diretas, criticando abertamente atitudes internas e externas à Igreja. Destaco aqui alguns trechos de homilias do Papa.
Santa Missa por ocasião do dia das Confrarias e da Piedade Popular
"Caminhai decididamente para a santidade; não vos contenteis com uma vida cristã medíocre, mas a vossa pertença sirva de estímulo, a começar por vós mesmos, para amar mais a Jesus Cristo."
"Amai a Igreja! Deixai-vos guiar por ela! Nas paróquias, nas dioceses, sede um verdadeiro pulmão de fé e de vida cristã, uma aragem fresca! Nesta Praça [de São Pedro], vejo uma grande variedade, antes, de guarda-chuvas e, agora, de cores e de sinais. Assim é a Igreja: uma grande riqueza e variedade de expressões em que tudo é reconduzido à unidade; a variedade reconduzida à unidade e a unidade é o encontro com Cristo."
Santa Missa com Rito da Confirmação
"Olhai! A novidade de Deus não é como as inovações do mundo, que são todas provisórias, passam e procuram-se outras sem cessar. A novidade que Deus dá à nossa vida é definitiva; e não apenas no futuro quando estivermos com Ele, mas já hoje: Deus está a fazer novas todas as coisas, o Espírito Santo transforma-nos verdadeiramente e, através de nós, quer transformar também o mundo onde vivemos."
"Apostai sobre os grandes ideais, sobre as coisas grandes. Nós, cristãos, não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, ide sempre mais além, rumo às coisas grandes. Jovens, jogai a vida por grandes ideais!"
Santa Missa no seu dia onomástico (São Jorge)
"O grande Paulo VI dizia: é uma dicotomia absurda querer viver com Jesus sem a Igreja, seguir Jesus fora da Igreja, amar Jesus sem a Igreja (cf. Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 16). E a mesma Igreja Mãe, que nos dá Jesus, dá-nos a identidade, que não é somente um selo: é uma pertença. Identidade significa pertença: a pertença à Igreja. Coisa estupenda!"
"Mas, se queremos caminhar pela estrada da mundaneidade, descendo a pactos com o mundo – como queriam fazer com os Macabeus, que a isso se sentiam então tentados – nunca gozaremos da consolação do Senhor. E se procuramos só consolação, esta será uma consolação superficial, uma consolação humana; não aquela do Senhor. A Igreja caminha sempre entre a Cruz e a Ressurreição, entre as perseguições e as consolações do Senhor. E este é o caminho: quem vai por esta estrada não se engana."
"Se não somos "ovelhas de Jesus", a fé não desponta; é uma fé de "água de cheiro", uma fé sem substância. E pensemos na consolação que teve Barnabé, que é justamente «a doce e consoladora alegria de evangelizar»."
Santa Missa - Ordenações Presbiterais
"Pelo Batismo, fareis entrar novos fiéis no Povo de Deus. Através do sacramento da Penitência, perdoareis os pecados em nome de Cristo e da Igreja. E hoje, em nome de Cristo e da Igreja, eu vos peço: por favor, não vos canseis de ser misericordiosos. Com os santos óleos, dareis alívio aos enfermos e também aos idosos: não vos envergonheis de tratar com ternura os idosos. Ao celebrar os ritos sagrados e elevar ao Céu, nas diversas horas do dia, a oração de louvor e de súplica, tornar-vos-eis voz do Povo de Deus e da humanidade inteira."
"Conscientes de ter sido assumidos de entre os homens e postos ao seu serviço nas coisas de Deus, cumpri, com alegria e caridade sincera, a obra sacerdotal de Cristo, procurando unicamente agradar a Deus e não a vós mesmos. Sede pastores, e não funcionários; sede mediadores, e não intermediários."
Basílica de S. Paulo Fora de Muros - Visitação e Santa Missa
"No grande desígnio de Deus, cada detalhe é importante, incluindo o teu, o meu pequeno e humilde testemunho, mesmo o testemunho oculto de quem vive a sua fé, com simplicidade, nas suas relações diárias de família, de trabalho, de amizade. Existem os santos de todos os dias, os santos «escondidos», uma espécie de «classe média da santidade», da qual todos podemos fazer parte. Mas há também, em diversas partes do mundo, quem sofra – como Pedro e os Apóstolos – por causa do Evangelho; há quem dê a própria vida para permanecer fiel a Cristo, com um testemunho que lhe custa o preço do sangue. Recordemo-lo bem todos nós: não se pode anunciar o Evangelho de Jesus sem o testemunho concreto da vida. Quem nos ouve e vê, deve poder ler nas nossas ações aquilo que ouve da nossa boca, e dar glória a Deus! A incoerência dos fiéis e dos Pastores entre aquilo que dizem e o que fazem, entre a palavra e a maneira de viver mina a credibilidade da Igreja."
"Adorar o Senhor quer dizer dar-Lhe o lugar que Ele deve ter; adorar o Senhor significa afirmar, crer – e não apenas por palavras – que só Ele guia verdadeiramente a nossa vida; adorar o Senhor quer dizer que estamos diante d’Ele convencidos de que é o único Deus, o Deus da nossa vida, da nossa história.
Daqui deriva uma consequência para a nossa vida: despojar-nos dos numerosos ídolos, pequenos ou grandes, que temos e nos quais nos refugiamos, nos quais buscamos e muitas vezes depomos a nossa segurança. São ídolos que frequentemente conservamos bem escondidos; podem ser a ambição, o gosto do sucesso, o sobressair, a tendência a prevalecer sobre os outros, a pretensão de ser os únicos senhores da nossa vida, qualquer pecado ao qual estamos presos, e muitos outros."
08/05/2013
"Homens e mulheres da Igreja que são carreiristas, alpinistas sociais, que usam as pessoas, a Igreja, os irmãos e irmãs -aqueles a quem deveriam servir- como trampolim para suas próprias ambições e interesses pessoais causam um grande mal à Igreja",
Domingo da Divina Misericórdia - Tomada de posse da cátedra de Bispo de Roma
"Talvez algum de nós possa pensar: o meu pecado é tão grande, o meu afastamento de Deus é como o do filho mais novo da parábola, a minha incredulidade é como a de Tomé; não tenho coragem para voltar, para pensar que Deus me possa acolher e esteja à espera precisamente de mim. Mas é precisamente por ti que Deus espera! Só te pede a coragem de ires ter com Ele."
"[...] deixemo-nos envolver pela misericórdia de Deus; confiemos na sua paciência, que sempre nos dá tempo; tenhamos a coragem de voltar para sua casa, habitar nas feridas do seu amor deixando-nos amar por Ele, encontrar a sua misericórdia nos Sacramentos. Sentiremos a sua ternura maravilhosa, sentiremos o seu abraço, e ficaremos nós também mais capazes de misericórdia, paciência, perdão e amor."
Durante conversa recente, pré-conclave.
"Temos que evitar a doença espiritual de uma igreja auto-referencial. Se a igreja permanece fechada em si mesma, ela fica velha. Entre uma igreja que sofre acidentes na rua e uma igreja que está doente porque é auto-referencial, não tenho dúvidas sobre preferir a primeira [opção]".
Santa Missa por ocasião do dia das Confrarias e da Piedade Popular
"Caminhai decididamente para a santidade; não vos contenteis com uma vida cristã medíocre, mas a vossa pertença sirva de estímulo, a começar por vós mesmos, para amar mais a Jesus Cristo."
"Amai a Igreja! Deixai-vos guiar por ela! Nas paróquias, nas dioceses, sede um verdadeiro pulmão de fé e de vida cristã, uma aragem fresca! Nesta Praça [de São Pedro], vejo uma grande variedade, antes, de guarda-chuvas e, agora, de cores e de sinais. Assim é a Igreja: uma grande riqueza e variedade de expressões em que tudo é reconduzido à unidade; a variedade reconduzida à unidade e a unidade é o encontro com Cristo."
Santa Missa com Rito da Confirmação
"Olhai! A novidade de Deus não é como as inovações do mundo, que são todas provisórias, passam e procuram-se outras sem cessar. A novidade que Deus dá à nossa vida é definitiva; e não apenas no futuro quando estivermos com Ele, mas já hoje: Deus está a fazer novas todas as coisas, o Espírito Santo transforma-nos verdadeiramente e, através de nós, quer transformar também o mundo onde vivemos."
"Apostai sobre os grandes ideais, sobre as coisas grandes. Nós, cristãos, não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, ide sempre mais além, rumo às coisas grandes. Jovens, jogai a vida por grandes ideais!"
Santa Missa no seu dia onomástico (São Jorge)
"O grande Paulo VI dizia: é uma dicotomia absurda querer viver com Jesus sem a Igreja, seguir Jesus fora da Igreja, amar Jesus sem a Igreja (cf. Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 16). E a mesma Igreja Mãe, que nos dá Jesus, dá-nos a identidade, que não é somente um selo: é uma pertença. Identidade significa pertença: a pertença à Igreja. Coisa estupenda!"
"Mas, se queremos caminhar pela estrada da mundaneidade, descendo a pactos com o mundo – como queriam fazer com os Macabeus, que a isso se sentiam então tentados – nunca gozaremos da consolação do Senhor. E se procuramos só consolação, esta será uma consolação superficial, uma consolação humana; não aquela do Senhor. A Igreja caminha sempre entre a Cruz e a Ressurreição, entre as perseguições e as consolações do Senhor. E este é o caminho: quem vai por esta estrada não se engana."
"Se não somos "ovelhas de Jesus", a fé não desponta; é uma fé de "água de cheiro", uma fé sem substância. E pensemos na consolação que teve Barnabé, que é justamente «a doce e consoladora alegria de evangelizar»."
Santa Missa - Ordenações Presbiterais
"Pelo Batismo, fareis entrar novos fiéis no Povo de Deus. Através do sacramento da Penitência, perdoareis os pecados em nome de Cristo e da Igreja. E hoje, em nome de Cristo e da Igreja, eu vos peço: por favor, não vos canseis de ser misericordiosos. Com os santos óleos, dareis alívio aos enfermos e também aos idosos: não vos envergonheis de tratar com ternura os idosos. Ao celebrar os ritos sagrados e elevar ao Céu, nas diversas horas do dia, a oração de louvor e de súplica, tornar-vos-eis voz do Povo de Deus e da humanidade inteira."
"Conscientes de ter sido assumidos de entre os homens e postos ao seu serviço nas coisas de Deus, cumpri, com alegria e caridade sincera, a obra sacerdotal de Cristo, procurando unicamente agradar a Deus e não a vós mesmos. Sede pastores, e não funcionários; sede mediadores, e não intermediários."
Basílica de S. Paulo Fora de Muros - Visitação e Santa Missa
"No grande desígnio de Deus, cada detalhe é importante, incluindo o teu, o meu pequeno e humilde testemunho, mesmo o testemunho oculto de quem vive a sua fé, com simplicidade, nas suas relações diárias de família, de trabalho, de amizade. Existem os santos de todos os dias, os santos «escondidos», uma espécie de «classe média da santidade», da qual todos podemos fazer parte. Mas há também, em diversas partes do mundo, quem sofra – como Pedro e os Apóstolos – por causa do Evangelho; há quem dê a própria vida para permanecer fiel a Cristo, com um testemunho que lhe custa o preço do sangue. Recordemo-lo bem todos nós: não se pode anunciar o Evangelho de Jesus sem o testemunho concreto da vida. Quem nos ouve e vê, deve poder ler nas nossas ações aquilo que ouve da nossa boca, e dar glória a Deus! A incoerência dos fiéis e dos Pastores entre aquilo que dizem e o que fazem, entre a palavra e a maneira de viver mina a credibilidade da Igreja."
"Adorar o Senhor quer dizer dar-Lhe o lugar que Ele deve ter; adorar o Senhor significa afirmar, crer – e não apenas por palavras – que só Ele guia verdadeiramente a nossa vida; adorar o Senhor quer dizer que estamos diante d’Ele convencidos de que é o único Deus, o Deus da nossa vida, da nossa história.
Daqui deriva uma consequência para a nossa vida: despojar-nos dos numerosos ídolos, pequenos ou grandes, que temos e nos quais nos refugiamos, nos quais buscamos e muitas vezes depomos a nossa segurança. São ídolos que frequentemente conservamos bem escondidos; podem ser a ambição, o gosto do sucesso, o sobressair, a tendência a prevalecer sobre os outros, a pretensão de ser os únicos senhores da nossa vida, qualquer pecado ao qual estamos presos, e muitos outros."
08/05/2013
"Homens e mulheres da Igreja que são carreiristas, alpinistas sociais, que usam as pessoas, a Igreja, os irmãos e irmãs -aqueles a quem deveriam servir- como trampolim para suas próprias ambições e interesses pessoais causam um grande mal à Igreja",
Domingo da Divina Misericórdia - Tomada de posse da cátedra de Bispo de Roma
"Talvez algum de nós possa pensar: o meu pecado é tão grande, o meu afastamento de Deus é como o do filho mais novo da parábola, a minha incredulidade é como a de Tomé; não tenho coragem para voltar, para pensar que Deus me possa acolher e esteja à espera precisamente de mim. Mas é precisamente por ti que Deus espera! Só te pede a coragem de ires ter com Ele."
"[...] deixemo-nos envolver pela misericórdia de Deus; confiemos na sua paciência, que sempre nos dá tempo; tenhamos a coragem de voltar para sua casa, habitar nas feridas do seu amor deixando-nos amar por Ele, encontrar a sua misericórdia nos Sacramentos. Sentiremos a sua ternura maravilhosa, sentiremos o seu abraço, e ficaremos nós também mais capazes de misericórdia, paciência, perdão e amor."
Durante conversa recente, pré-conclave.
"Temos que evitar a doença espiritual de uma igreja auto-referencial. Se a igreja permanece fechada em si mesma, ela fica velha. Entre uma igreja que sofre acidentes na rua e uma igreja que está doente porque é auto-referencial, não tenho dúvidas sobre preferir a primeira [opção]".
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Excomunhão
Resolvi separar meu comentário sobre a excomunhão de Padre Beto da matéria para não ficar muito grande a postagem.
Excomunhão é uma punição religiosa utilizada para se retirar ou suspender um crente de uma filiação ou comunidade religiosa.
É algo muito grave. Não quero entrar no mérito de julgar se determinada pessoa deveria ser excomungada ou não. Eu penso o seguinte: se você segue determinada religião, deve agir segundo as "regras" dela. Se você representa de alguma forma tal religião, como é o caso de padres, bispos e demais religiosos, suas atitudes são muito mais visadas e passíveis de repreensões. Se não concorda com as "regras" ou você se adapta ou saia e procure algo que lhe agrade, mas se você segue a religião, deve ser verdadeiramente inclusive sendo exemplo. Se você não é uma figura "pública" dentro da religião, você pode não ser "excomungado" por suas atitudes, mas prestará contas das mesmas a seu tempo perante de Deus.
Na religião católica, excomunhão consiste em excluir ou expulsar oficialmente um membro religioso (batizado). É uma pena eclesiástica que separa um membro transgressor da comunhão da comunidade religiosa. Pode ser aplicada a uma pessoa individual ou aplicada colectivamente. Logo, é uma das maiores penas que um fiel pode receber da Igreja. O fiel excomungado fica proibido de receber os Sacramentos e de fazer alguns atos eclesiásticos. A excomunhão faz parte das censuras no Código de Direito Canônico, sendo uma das três mais duras e severas.
A excomunhão então é uma disciplina que tem um sentido medicinal, ou seja, uma oportunidade de um afastamento das pessoas envolvidas, da comunhão de todos os bens espirituais que a Igreja oferece, para que as mesmas repensem sua atitude, e na dimensão do arrependimento, busquem a confissão e a sanação da pena, para retornar à comunhão com o Senhor e com a Igreja: “Se reconhecemos nossos pecados, então Deus se mostra fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. (Cf. 1Jo 1, 9).
O Catecismo da Igreja Católica explicita que a absolvição da excomunhão só pode ser dada pelo Papa, pelo Bispo local ou por presbíteros autorizados por eles. Porém, em caso de perigo de morte do excomungado, "qualquer sacerdote, mesmo privado da faculdade de ouvir confissões, pode absolver de qualquer pecado e de qualquer excomunhão."
O Código de Direito Canónico prevê desde 1983 os seguintes casos para a pena de excomunhão:
Profanação das espécies sagradas;
Violência física contra o Papa;
Absolvição por um sacerdote do cúmplice do pecado da carne;
Consagração ilícita de um bispo sem mandato pontifical;
Violação direta do segredo da Confissão pelo confessor;
Apostasia;
Heresia;
Cisma;
Aborto;
Tipos de excomunhão católica
Excomunhão ferendae sententiae - A que é decretada pela autoridade eclesiástica, aplicando a pessoa ou pessoas determinadas as sanções que a religião tem estabelecidas como condenação da falta cometida.
Excomunhão latae sententiae - Aquela em que o fiel incorre no momento que comete a falta previamente condenada pela religião.
Excomunhão de participantes - Aquela em que incorrem os que se associam com o excomungado declarado ou público.
Excomunhão menor - É limitada apenas à privação dos sacramentos.
Excomunhão maior - É aplicada contra os cristãos que têm incorrido em heresia ou em determinados pecados de escândalo, privando o excomungado de receber e administrar os sacramentos, de assistir aos ofícios religiosos, da sepultura eclesiástica, dos sufrágios da religião, de toda dignidade eclesiástica, do relacionamento com os demais fiéis, etc. Quando a Excomunhão Maior se pronuncia solenemente ou num concílio e vai contra a heresia, chama-se também anátema, ou seja, os excomungados são considerados amaldiçoados.
Em outras religiões também existe a sanção da excomunhão. O leitor que desejar pode pesquisar mais a respeito, e peço que caso encontre informações interessantes, deixe o link no comentário.
Excomunhão é uma punição religiosa utilizada para se retirar ou suspender um crente de uma filiação ou comunidade religiosa.
É algo muito grave. Não quero entrar no mérito de julgar se determinada pessoa deveria ser excomungada ou não. Eu penso o seguinte: se você segue determinada religião, deve agir segundo as "regras" dela. Se você representa de alguma forma tal religião, como é o caso de padres, bispos e demais religiosos, suas atitudes são muito mais visadas e passíveis de repreensões. Se não concorda com as "regras" ou você se adapta ou saia e procure algo que lhe agrade, mas se você segue a religião, deve ser verdadeiramente inclusive sendo exemplo. Se você não é uma figura "pública" dentro da religião, você pode não ser "excomungado" por suas atitudes, mas prestará contas das mesmas a seu tempo perante de Deus.
Na religião católica, excomunhão consiste em excluir ou expulsar oficialmente um membro religioso (batizado). É uma pena eclesiástica que separa um membro transgressor da comunhão da comunidade religiosa. Pode ser aplicada a uma pessoa individual ou aplicada colectivamente. Logo, é uma das maiores penas que um fiel pode receber da Igreja. O fiel excomungado fica proibido de receber os Sacramentos e de fazer alguns atos eclesiásticos. A excomunhão faz parte das censuras no Código de Direito Canônico, sendo uma das três mais duras e severas.
A excomunhão então é uma disciplina que tem um sentido medicinal, ou seja, uma oportunidade de um afastamento das pessoas envolvidas, da comunhão de todos os bens espirituais que a Igreja oferece, para que as mesmas repensem sua atitude, e na dimensão do arrependimento, busquem a confissão e a sanação da pena, para retornar à comunhão com o Senhor e com a Igreja: “Se reconhecemos nossos pecados, então Deus se mostra fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. (Cf. 1Jo 1, 9).
O Catecismo da Igreja Católica explicita que a absolvição da excomunhão só pode ser dada pelo Papa, pelo Bispo local ou por presbíteros autorizados por eles. Porém, em caso de perigo de morte do excomungado, "qualquer sacerdote, mesmo privado da faculdade de ouvir confissões, pode absolver de qualquer pecado e de qualquer excomunhão."
O Código de Direito Canónico prevê desde 1983 os seguintes casos para a pena de excomunhão:
Profanação das espécies sagradas;
Violência física contra o Papa;
Absolvição por um sacerdote do cúmplice do pecado da carne;
Consagração ilícita de um bispo sem mandato pontifical;
Violação direta do segredo da Confissão pelo confessor;
Apostasia;
Heresia;
Cisma;
Aborto;
Tipos de excomunhão católica
Excomunhão ferendae sententiae - A que é decretada pela autoridade eclesiástica, aplicando a pessoa ou pessoas determinadas as sanções que a religião tem estabelecidas como condenação da falta cometida.
Excomunhão latae sententiae - Aquela em que o fiel incorre no momento que comete a falta previamente condenada pela religião.
Excomunhão de participantes - Aquela em que incorrem os que se associam com o excomungado declarado ou público.
Excomunhão menor - É limitada apenas à privação dos sacramentos.
Excomunhão maior - É aplicada contra os cristãos que têm incorrido em heresia ou em determinados pecados de escândalo, privando o excomungado de receber e administrar os sacramentos, de assistir aos ofícios religiosos, da sepultura eclesiástica, dos sufrágios da religião, de toda dignidade eclesiástica, do relacionamento com os demais fiéis, etc. Quando a Excomunhão Maior se pronuncia solenemente ou num concílio e vai contra a heresia, chama-se também anátema, ou seja, os excomungados são considerados amaldiçoados.
Em outras religiões também existe a sanção da excomunhão. O leitor que desejar pode pesquisar mais a respeito, e peço que caso encontre informações interessantes, deixe o link no comentário.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
O Jesus do mundo
Jesus não é um hippie "paz e amor, bicho", nem um revolucionário politiqueiro. Isso são ídolos. Jesus é Deus, portanto, que o homem seja apenas aquilo que ele deve ser: um adorador!

Uma grande revista de circulação nacional estampava em sua capa, anos atrás, o rosto de Jesus rodeado por símbolos hippies, com a seguinte manchete: "Deus é pop". A reportagem tratava da espiritualidade juvenil e da maneira particular com que cada um se relacionava com o divino. A revista ainda fazia questão de enfatizar as peculiaridades desses novos movimentos, sobretudo as novidades, como altar em forma de prancha, uso de rock n'roll durante os cultos, grandes baladas "cristãs", etc.
O que a matéria reflete não é uma novidade na história. Pelo contrário, ao longo dos séculos o que mais se viu foi a tentativa de desmontar Jesus Cristo, tomando apenas partes de seu Evangelho em detrimento de outras, somente para saciar ou atender às próprias veleidades.Esses que querem esquartejar Jesus (como se não bastasse a Crucifixão), dizem aceitar o Amor, mas se esquecem que esse Amor não compactua com nenhuma forma de mal nem com o pecado. Esquecem-se que o Amor também significa compromisso consigo mesmo e com o próximo. Que a misericórdia também significa justiça. Enfim, escolhem as partes de Jesus que mais lhes convém, como se Ele estivesse exposto numa prateleira de mercado.
Essa tendência de se tomar a parte pelo todo, segundo o Papa Emérito Bento XVI no livro Jesus de Nazaré, ficou mais evidente a partir da década de 1950. Ela se reflete nas adaptações de Cristo às várias modalidades de culto facilmente encontradas hoje em dia e que acabam por revelar um dramático empobrecimento da fé cristã, devido a uma recusa à personalidade "exigente" e "comprometedora" do Jesus original.
Qual o motivo dessa recusa? A resposta pode ser encontrada nas palavras de São Paulo à comunidade dos Romanos: "Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador, que é bendito pelos séculos" (Cf. Rm 1, 25). Colocaram-se acima do Criador e fizeram-se senhores do "bem" e do "mal". E é por isso que se faz necessário aosmissionários do mundo corromper a verdadeira imagem do Salvador num garotão patético que aceita tudo pela "paz" e o "amor". A presença da Igreja no mundo é como a presença de uma mãe no quarto de um filho que aprontou. Ele sempre tentará convencê-la, seja por desculpas, seja por birras, a abonar suas traquinagens. Mas uma mãe que ama jamais o fará, quanto mais a Igreja!
Outra motivação para esta recusa pode ser encontrada nas teologias modernas que, na ânsia de "salvarem" Jesus das indagações científicas, concebem-No irreconhecível. Este mais representa um retrato ideológico que o próprio Verbo Encarnado. O patriarca de Veneza, Dom Francesco Moraglia, compara essa atitude a dos Discípulos de Emaús, pois são os teólogos que querem dizer para Cristo quem de fato Ele é:
"Vemos a imagem de uma certa teologia, mais desejosa do que iluminada, totalmente dedicada à árdua e improvável tentativa de salvar, através de suas próprias categorias, Jesus Cristo e a Sua Palavra. Mas, nesta imagem, somos representados nós mesmos, cada vez, com nossa programação pastoral, com nossos projetos e debates, à parte de uma verdadeira fé, pretendemos explicar a Jesus Cristo quem Ele é."
(Dom Francesco Moraglia)
Ora, não é o ser humano que diz a Jesus quem Ele é, mas é Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que diz quem é o ser humano. Adaptar Cristo a um estilo de vida não condizente à reta vivência cristã reflete um apego aos prazeres do mundo, no qual se faz mais importante o vício que o Cristo crucificado. Não, Jesus não é um hippie "paz e amor, bicho", nem um revolucionário politiqueiro. Isso são ídolos. Jesus é Deus, portanto, que o homem seja apenas aquilo que ele deve ser: um adorador!
Por: Equipe Christo Nihil Praeponere
Cursos Grátis
Gostaria de dar uma dica a quem frequenta meu blog. É um site que disponibiliza diversos cursos gratuitos.
O iPED - Instituto Politécnico de Ensino a Distância - é uma escola devidamente constituída e, portanto, seu certificado é realmente válido em todo o Brasil e em mais de 60 países.
Ao se matricular você tem a opção de fazer o curso gratuito, com menor carga horária, ou pagando para ter direito a maior carga horária, e mais serviços.
É só clicar no link e aproveitar
http://www.iped.com.br/afiliado/1467296
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sexta-feira, 26 de abril de 2013
Carta 4
Nunca me foi permitido despedir. Nunca tive a oportunidade de despedir-me desse tempo. Outrora imaginara ser necessário, hoje sou quase que grato por não ter me despedido, pois assim teria que ser.
Nesse caso o não-saber foi predominante. Tudo que posso dizer é que não sei. Mas lidar com isso foi um aprendizado muito grande. Me despeço aqui, grato por esse capítulo de aprendizado.
Nesse caso o não-saber foi predominante. Tudo que posso dizer é que não sei. Mas lidar com isso foi um aprendizado muito grande. Me despeço aqui, grato por esse capítulo de aprendizado.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Carta 3
Talvez essa seja a carta que mais alterações teria de acordo com o tempo. Houve época que seria de desabafo, outra que seria de desculpas e hoje é despedida.
Tudo a seu tempo, tudo na sua época. Ao contrário do que diz a música, as ações foram erradas, o tempo certo. Mas mesmo erradas foram necessárias. Eu vinha de duas ocasiões peculiares: primeiro uma sensação de "não-priorizado", achando ser incapaz, e em seguida um período em que Deus enviou um anjo para me convencer da minha capacidade. Mas não me convenci e resolvi atirar-me completamente ao mundo.
Não foi tua culpa, a culpa foi minha por ignorar tudo que eu realmente queria e cria, saindo completamente de minha frequência para atingir a tua. Me dispus a ceder, sem sequer almejar que cedesses. No fim, feri tanto quanto ferido fui, em quedas não tão necessárias, mas que me foram úteis para aprender o que quero ou não para mim. Um tempo curto em que me permiti o que de fato não quereria para mim.
Uma época que me arrancou como uma bala de meu infinito particular, que tive que reconstruir, pouco a pouco. Uma época que não volta mais, mas mesmo assim, sou grato.
Me despeço de você, não com toda a sensação de necessidade das demais cartas. Mas com a certeza de gratidão pela lição aprendida.
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Carta 2
Como me despedir quando já houve a despedida? Não sei. Me dispus a escrever essas cartas, para me despedir de épocas de aprendizado, de lições aprendidas, de crescimento pessoal. Antes de me despedir, preciso relembrar o que você significou.
Eu vinha de uma época de dúvidas, e principalmente de grandes ausências e lacunas. Uma época de um "perto longe", de prioridades difusas e principalmente uma sensação enorme de não ser prioridade. Um trecho de música que lembra bem a sua chegada: "Quando me vi tendo de viver comigo apenas e com o mundo, você me veio como um sonho bom...". E o melhor de tudo, nunca sequer deixou que eu pensasse que não passaria de um sonho bom.
Demorei muito para aprender a lição que me foi dada nessa época. Enquanto me dizia e mostrava que existia um mundo fora do mundo dos sonhos, que eu era capaz de viver nesse mundo "externo", que existiam pessoas nesse mundo que valeria a pena conhecer e conviver, eu... sonhava. Talvez se tivesse aprendido naquele momento o que me querias dizer, não tivesse caído a frente, e não teria hoje uma cicatriz.
Por um longo tempo demorei a perceber que não apenas eu aprendi alguma coisa, mas também ajudei no teu aprendizado, se em um momento você duvidou, foi para em seguida aumentar tua certeza. Gostaria de poder te dizer que aquela certeza que você teve, hoje eu a tenho. Gostaria que pudesse ver, o caminho que segui, que estivesse presente... Mas já nos despedimos e foi na hora que deveria ser. Já tínhamos aprendido e ensinado o que poderíamos. Mas minha gratidão é eterna. Deus esteja sempre contigo.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Carta 1
Fiquei pensando como começaria essa carta, sem anunciar de cara o teor dela. Na verdade, tenho poucas palavras ainda a dizer de tantas que foram ditas. Talvez essa seja a melhor maneira de começar: palavras.
Quantas palavras foram ditas, nas mais diversas horas? Palavras certas em horas erradas e erradas nas horas certas. Mas no momento pouco importa o que foi dito ou deixou-se de dizer. O passado de sonhos, promessas, planos e afins, foi tão bom quanto deveria ser, e foi muito mais importante do que possa ter parecido. Mas o hoje é mais importante.
Você tem sorte. Essa é a primeira das cartas e por isso teve direito a uma introdução elaborada, mas sincera. É provável que as próximas sejam mais diretas, mas essa merecia esse "Q" a mais. Você o merecia, não apenas pela ordem cronológica dos momentos, mas o impacto a longo prazo.
Agradeço pelos sonhos compartilhados e estimulados, pelos momentos de espera, de apreensão de alegrias e tristezas. Agradeço pela presença nos campos ilusórios, pelas ausências nos campos reais, pois ambas me fizeram valorizar imensamente detalhes que nem de longe eu era capaz de perceber. Agradeço porque mesmo que indiretamente me "deu um empurrão", mesmo que depois eu tenha caído algumas vezes, me tirou da estática e me fez poder seguir em frente.
Quero me despedir de você e dessa época que, depois de algum tempo, descobri o quanto me fez bem, o quanto me fez crescer. Valeu cada lágrima e cada sorriso. Muito obrigado.
Quantas palavras foram ditas, nas mais diversas horas? Palavras certas em horas erradas e erradas nas horas certas. Mas no momento pouco importa o que foi dito ou deixou-se de dizer. O passado de sonhos, promessas, planos e afins, foi tão bom quanto deveria ser, e foi muito mais importante do que possa ter parecido. Mas o hoje é mais importante.
Você tem sorte. Essa é a primeira das cartas e por isso teve direito a uma introdução elaborada, mas sincera. É provável que as próximas sejam mais diretas, mas essa merecia esse "Q" a mais. Você o merecia, não apenas pela ordem cronológica dos momentos, mas o impacto a longo prazo.
Agradeço pelos sonhos compartilhados e estimulados, pelos momentos de espera, de apreensão de alegrias e tristezas. Agradeço pela presença nos campos ilusórios, pelas ausências nos campos reais, pois ambas me fizeram valorizar imensamente detalhes que nem de longe eu era capaz de perceber. Agradeço porque mesmo que indiretamente me "deu um empurrão", mesmo que depois eu tenha caído algumas vezes, me tirou da estática e me fez poder seguir em frente.
Quero me despedir de você e dessa época que, depois de algum tempo, descobri o quanto me fez bem, o quanto me fez crescer. Valeu cada lágrima e cada sorriso. Muito obrigado.
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Cartas de despedida
A ideia de escrever cartas de despedida é antiga. Trata-se de uma técnica de fechar ciclos existentes.
Ciclos são etapas em nossas vidas que possuem um começo e precisam ter um fim. A vida em si é um grande ciclo, iniciado com o nascimento e que se concluirá com a morte física. Não importa se você crê ou não em vida após a morte, se crê após morrer iniciará um novo ciclo, se não crer a morte será o fechamento de seu ciclo maior.
Relacionamentos são grandes ícones de ciclos de nossas vidas. Relacionamos etapas de nossa vida com pessoas que fizeram parte dessa etapa, seja um "namoro" que passou, ou uma amizade que marcou em determinado período. Os momentos passam, e algumas pessoas também e nem sempre conseguimos nos "despedir", nos desligar do que passou, e seguir a vida. É preciso fechar os ciclos passados para que não influenciem o presente, nem desviem o teu caminho.
Já tive muitos ciclos abertos e tive que conviver com eles. Deixei que o tempo os fechasse, me "despedi" deles, e segui adiante. Custou muito, mas essa técnica foi a que mais me ajudou. Em alguns casos cheguei a enviar a carta à pessoa que caracterizou aquele ciclo, mas isso não é necessário, o importante ´e despedir-se de coração, de verdade, sentir a despedida.
O que escreverei aqui não serão as cartas que redigi na época, serão semelhantes, algumas fictícias, outras com doses de veracidade. Mesmo não crendo ter ciclos passados abertos, isso me fará perceber o quanto algum detalhe pode ter marcado sem que eu tenha percebido até o momento. No fim fará bem do mesmo jeito.
Relacionamentos são grandes ícones de ciclos de nossas vidas. Relacionamos etapas de nossa vida com pessoas que fizeram parte dessa etapa, seja um "namoro" que passou, ou uma amizade que marcou em determinado período. Os momentos passam, e algumas pessoas também e nem sempre conseguimos nos "despedir", nos desligar do que passou, e seguir a vida. É preciso fechar os ciclos passados para que não influenciem o presente, nem desviem o teu caminho.
Já tive muitos ciclos abertos e tive que conviver com eles. Deixei que o tempo os fechasse, me "despedi" deles, e segui adiante. Custou muito, mas essa técnica foi a que mais me ajudou. Em alguns casos cheguei a enviar a carta à pessoa que caracterizou aquele ciclo, mas isso não é necessário, o importante ´e despedir-se de coração, de verdade, sentir a despedida.
O que escreverei aqui não serão as cartas que redigi na época, serão semelhantes, algumas fictícias, outras com doses de veracidade. Mesmo não crendo ter ciclos passados abertos, isso me fará perceber o quanto algum detalhe pode ter marcado sem que eu tenha percebido até o momento. No fim fará bem do mesmo jeito.
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Vida...
A vida é um grande mistério...
Os porquês, os comos...
A vida não pode ser simplesmente o intervalo entre o nascimento e a morte, mesmo que as vezes pareça um rio de dor.
Não é um mar de alegria e felicidade como muitos pintam, mas um córrego pedregoso onde nem sempre podemos ficar no conforto de nosso barco, temos que andar, pisar nas pedras, correr riscos de nos machucar em pedras afiadas, nos afogar em trechos de águas mais revoltas.
Precisamos cuidar da margem onde nos apoiaremos quando precisarmos parar alguns minutos para seguir adiante logo em seguida.
Encontramos pessoas que tornarão nossas águas mais navegáveis, que passarão, outras deixarão as águas turvas e difíceis de seguir, nos dando vontade de parar de vez....
E toda essa luta para encontrar o que no fim? Não sei. Talvez uma cachoeira, um lago belíssimo ou um pântano asqueroso.
Diante dessa dúvida, o melhor é fazer com que o caminho seja o melhor possível aproximando pessoas que nos ajudem a reforçar nossa margem, a aquecer nossas águas e amenizar as dificuldades, deixando de lado as que nos prejudicam e querem nos empurrar para o fundo...
Precisamos fazer de nossa vida o melhor que pudermos.
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Cristianismo Primitivo
Quando criei esse blog nem de perto me passou pela cabeça que religião seria o assunto mais frequente. Mas tem sido devido as inúmeras reportagens que tem saído em jornais e na mídia alternativa. Hoje gostaria de levantar um assunto que me chamou muito a atenção: A volta do Cristianismo Primitivo.
Antes de qualquer comentário, é mister definir: Cristianismo Primitivo, também conhecido como Era Apostólica, é o nome dado a uma etapa da história do cristianismo de aproximadamente três séculos (I, II, III e parte do IV), que se inicia após a Ressurreição de Jesus (30 d.C.) e termina em 325 com a celebração do Primeiro Concílio de Nicéia. No início, a igreja cristã foi centrada em Jerusalém e tinha entre seus líderes Tiago, irmão de Jesus , os apóstolos e João.
Em resumo, o cristianismo primitivo foi o originário de todas as religiões ditas cristãs, não possuindo as características de universalidade ou centralidade. Existiam grupos locais e seguiam-se os costumes e hábitos daquela comunidade religiosa específica.
Creio que essa ideia de retorno ao Cristianismo primitivo tenha vindo de observar as palavras e atitudes do Papa Francisco, que tem ressaltado muito o lado espiritual em detrimento do lado canônico da Igreja. Há quem diga que ao longo prazo, o objetivo é "tirar o foco do Papa e focar em Jesus". E todas essas opiniões e teorias vão se juntando com novas interpretações de profecias e textos apocalípticos. Vamos por partes.
"Tirar o foco do Papa" é uma típica frase de quem não participa da religião, pelo menos não verdadeiramente. O foco da Igreja sempre foi Deus, sua doutrina sempre construída em cima dos ensinamento de Cristo. Mas infelizmente muitas pessoas deturpam as doutrinas e ensinamentos, e quando digo pessoas, me refiro também à alguns daqueles que deveriam guiar: alguns integrantes do clero e religiosos. Neste caso, essa "volta" seria muito benéfica, não necessariamente com a extinção da hierarquia da igreja, ou seu retorno a comunidades locais, mas sim uma valorização verdadeira da fé em si.
Quanto aos textos apocalípticos, prefiro não explanar aqui sobre essas novas interpretações, me restringindo a apenas opinar. Quem desejar ler a respeito, indico um site com bastante "conteúdo" a respeito: http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com.br/. Outras informações, basta procurar numa ferramenta de busca.
Bem, o que acho dessas profecias? Creio que alguns pontos são plausíveis, outros difíceis de crer. O melhor a fazer é aguardar, seguindo minha fé.
É importante ressaltar e diferenciar esse "retorno ao Cristianismo Primitivo" e o chamado "ecumenismo". No primeiro, valoriza-se a fé em si, deixando de lado as interpretações e leis criadas com o tempo, utilizando-se essencialmente as palavras e ensinamentos de Cristo em sua forma mais pura. O segundo, como já comentei, é uma mistura de religiões onde ninguém segue a sua própria nem a do outro.
Opinem a vontade. Gostaria de ler a opinião de vocês sobre esse possível retorno ao chamado Cristianismo primitivo. Acreditam? Como acham que seria?
Antes de qualquer comentário, é mister definir: Cristianismo Primitivo, também conhecido como Era Apostólica, é o nome dado a uma etapa da história do cristianismo de aproximadamente três séculos (I, II, III e parte do IV), que se inicia após a Ressurreição de Jesus (30 d.C.) e termina em 325 com a celebração do Primeiro Concílio de Nicéia. No início, a igreja cristã foi centrada em Jerusalém e tinha entre seus líderes Tiago, irmão de Jesus , os apóstolos e João.
Em resumo, o cristianismo primitivo foi o originário de todas as religiões ditas cristãs, não possuindo as características de universalidade ou centralidade. Existiam grupos locais e seguiam-se os costumes e hábitos daquela comunidade religiosa específica.
Creio que essa ideia de retorno ao Cristianismo primitivo tenha vindo de observar as palavras e atitudes do Papa Francisco, que tem ressaltado muito o lado espiritual em detrimento do lado canônico da Igreja. Há quem diga que ao longo prazo, o objetivo é "tirar o foco do Papa e focar em Jesus". E todas essas opiniões e teorias vão se juntando com novas interpretações de profecias e textos apocalípticos. Vamos por partes.
"Tirar o foco do Papa" é uma típica frase de quem não participa da religião, pelo menos não verdadeiramente. O foco da Igreja sempre foi Deus, sua doutrina sempre construída em cima dos ensinamento de Cristo. Mas infelizmente muitas pessoas deturpam as doutrinas e ensinamentos, e quando digo pessoas, me refiro também à alguns daqueles que deveriam guiar: alguns integrantes do clero e religiosos. Neste caso, essa "volta" seria muito benéfica, não necessariamente com a extinção da hierarquia da igreja, ou seu retorno a comunidades locais, mas sim uma valorização verdadeira da fé em si.
Quanto aos textos apocalípticos, prefiro não explanar aqui sobre essas novas interpretações, me restringindo a apenas opinar. Quem desejar ler a respeito, indico um site com bastante "conteúdo" a respeito: http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com.br/. Outras informações, basta procurar numa ferramenta de busca.
Bem, o que acho dessas profecias? Creio que alguns pontos são plausíveis, outros difíceis de crer. O melhor a fazer é aguardar, seguindo minha fé.
É importante ressaltar e diferenciar esse "retorno ao Cristianismo Primitivo" e o chamado "ecumenismo". No primeiro, valoriza-se a fé em si, deixando de lado as interpretações e leis criadas com o tempo, utilizando-se essencialmente as palavras e ensinamentos de Cristo em sua forma mais pura. O segundo, como já comentei, é uma mistura de religiões onde ninguém segue a sua própria nem a do outro.
Opinem a vontade. Gostaria de ler a opinião de vocês sobre esse possível retorno ao chamado Cristianismo primitivo. Acreditam? Como acham que seria?
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Bento XVI está gravemente doente, diz 'vaticanista'
A saúde do Papa emérito piorou muito em pouco tempo, considera a ‘vaticanista’ espanhola Paloma Gómez Borerro que falava na apresentação do seu livro ‘De Bento a Francisco. O Conclave da Mudança’.
"Em 15 dias, sofreu uma deterioração física impressionante", garantiu a jornalista, acrescentando que só se pode concluir que Bento XVI tem “algo muito grave”.
Paloma Gómez Borerro afirmou ainda que será pouco provável que o Papa emérito volte a aparecer em público.
Sobre a renúncia, a jornalista considera que foi “um cálice muito amargo” para Bento XVI e que o antigo líder da Igreja demonstrou ter uma “grande humildade”.
Fonte:http://www.noticiasaominuto.com/
terça-feira, 9 de abril de 2013
Ecumenismo
O Papa Francisco recebeu ontem (8/abril) Nikolaus Schneider, o presidente da Igreja Evangélica da Alemanha, sua esposa e uma comitiva em uma audiência privada. É a primeira desse tipo desde que o novo pontífice assumiu.
Segundo o porta-voz da Santa Sé, Frederico Lombardi: “o encontro foi extremamente frutuoso e significativo do objetivo ecumênico que também neste pontificado se leva por diante sem incertezas”.
Schneider cumprimentou o Papa pela sua eleição e afirmou ser “entusiasmante” a escolha do nome Francisco, pois lembra “um santo que fala verdadeiramente a todos os cristãos”. Schneider e o Papa falaram sobre o “valor do ecumenismo dos mártires”, recordando o sofrimento dos fiéis de várias confissões cristãs que morreram durante o regime nazista. “O sangue derramado dos mártires é algo que une profundamente as diferentes confissões cristãs no testemunho comum por Cristo”.
Em 2017, a Igreja Luterana irá comemorar os 500 anos da Reforma Protestante, que gerou a separação dos evangélicos de Roma. Schneider ressaltou que será um momento extremamente importante para a Igreja evangélica. Ambos falaram sobre os avanços no ecumenismo e nas relações entre a Igreja Católica e a tradição da Reforma.
Foi lembrada também a visita de Bento XVI a Erfurt, Alemanha, em 2011, quando o agora papa emérito se reuniu com representantes do Conselho da Igreja Evangélica Alemã no antigo convento dos Agostinhos, onde viveu Martinho Lutero (1483-1546) antes de iniciar a Reforma .(Rádio Vaticana)
Essa notícia dada pela Rádio Vaticana, me fez refletir e deu-me vontade de opinar sobre o ecumenismo. O que é ecumenismo? Ecumenismo é o processo de busca da unidade. O termo ecumênico provém da palavra grega οἰκουμένη (oikouméne), designando "toda a terra habitada". Num sentido mais restrito, emprega-se o termo para os esforços em favor da unidade entre igrejas cristãs; num sentido lato, pode designar a busca da unidade entre as religiões.
Unidade entre as religiões... Será isso possível? Em outro texto expressei-me sobre os chamados cultos ecumênicos, porém hoje quero ir um pouco além do "culto", que é apenas um momento, e se ninguém ali presente acredita, tudo não passará de um teatro.
O ecumenismo em si seria uma unidade profunda das religiões, espiritualmente e, num grau mais intenso doutrinalmente também. Nessa união haveria ganhos: diminuição de diferenças, de desacordos. Porém considero que as perdas seriam muito maiores, pois se as religiões fossem iguais seriam a mesma religião. Então nessa unificação, alguém, sairia perdendo, talvez a religião mais influente (ou poderosa) impusesse suas "regras" as demais, mas para que as demais aceitem ela própria teria que ceder em alguns pontos.
Algum dos leitores percebeu um tom de negociação no último parágrafo? Alguém discorda que para o ecumenismo essa "negociação" aconteceria? Pois é, mas esquece-se um detalhe importantíssimo: DEUS NÃO É NEGOCIÁVEL!
O Papa como líder religioso e chefe de Estado, está certo em receber representantes de outra religião e dialogar abertamente. Mas é preciso que as pessoas não confundam as coisas. Como bem lembrado na matéria, Bento XVI visitou em 2011 o Conselho da Igreja Evangélica Alemã, mas como foi noticiado na época, a visita gerou frustração por parte dos protestantes por não ter cedido às pretensões que tinham.(Leia aqui) Creio que o Papa Francisco I não fará muito diferente agora.
Sou a favor da liberdade religiosa, acho que cada um tem direito de escolher sua religião, àquela que crê que é o melhor para si. Mas sou contra misturar religiões, pois sempre haverá perdedores de todos os lados. Sou católico, me sentiria muito feliz se conseguisse "converter" todos que pudesse para o caminho que creio ser o correto. Sou ciente das minhas limitações, tudo que posso fazer é tendo oportunidade, mostrar as pessoas o que enxergo, como enxergo e o que sinto. Não sou extremista de afirmar que só quem é católico praticante vai se salvar. Acima de tudo, creio em um Deus bondoso e justo, que verá os que poderiam seguir o caminho certo e não o fizeram e aqueles que nem tiveram essa chance. Qual o caminho certo? Em resumo, o caminho é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Dom Henrique Soares da Costa: Sobre as facilidades litúrgicas -Pense um pouco

Que engano tão nocivo achar que temos que facilitar as coisas para atrair as multidões:facilitar a liturgia, fazendo dela um show de futilidades e criatividades; facilitar a moral cristã, escondendo e adocicando as exigências do Evangelho; facilitar a fé católica, escondendo seus pontos mais difíceis para a mentalidade atual. Não são as facilidades que atraem; o que atrai é o amor! Quando as pessoas amam, são atraídas e sentem prazer e alegria em renunciar e fazer sacrifícios por Aquele ao qual amam.
O futuro da Igreja não está em facilitar as coisas, mas em encantar, apresentando Jesus com toda Sua inteireza de doçura, beleza, simplicidade, radicalidade, verdade, exigências e retidão.
Talvez não venham multidões. Não há nenhum problema! O que importa é que, os que vierem, sejam tão apaixonados, estejam tão prontos a dar a vida, a perder tudo por Aquele que nos encanta, que causem espanto e admiração nos que estão fora! Somente assim o cristianismo será crível. Fora disso, existem somente truques ilusórios, que não encherão nem as igrejas nem os corações.
É tempo de acordar, é tempo de ter juízo, é tempo de voltar ao essencial, é tempo de ser fiel novamente, sendo cristão de corpo inteiro e católico sem meias palavras!
Somente para ilustrar isto, tomo a palavra do mais jovem participante do Sínodo dos Bispos sobre a Evangelização, ocorrido em Roma, no ano passado. Com santa ousadia, Tommaso Spinelli, catequista de jovens na cidade de Roma, 23 anos, falando com veemência, pediu que a catequese tenha “substância”, que os padres sejam guias fortes, audazes, sólidos em sua vocação e identidade.
“Infelizmente há padres que perderam a identidade, a cultura e o carisma… Não gostamos de padres que querem se trasvestir de jovens ou, pior ainda, adotar as incertezas e o estilo de vida de jovens… A mesma coisa quando na liturgia, tentando ser originais, caem no ridículo… Eu lhes peço que tenham a coragem de ser vocês mesmos… Não tenham medo de nos propor as verdades da fé… Temos fome infinita de algo de eterno e de verdadeiro”. E o moço terminou pedindo três coisas: (1) Aumentar a formação dos padres, não só espiritual, mas também cultural, pois nunca terá credibilidade junto aos jovens o padre que não souber dar razões daquilo que diz; (2) Redescobrir o Catecismo da Igreja Católica, principalmente em suas primeiras secções, que falam sobre a fé e os sacramentos, e são as mais lindas; (3) Cuidar mais da Liturgia: nós jovens não queremos celebrações simplificadas, aguadas, dessacralizadas, mas bem realizadas, dignas, que traduzam nossa identidade cristã!

Dom Henrique É bispo auxiliar em Aracaju-SE
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